Capítulo Quarenta e Quatro - E eu vejo estrelas

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Capítulo Quarenta e Quatro - E eu vejo estrelas


Alice K. Hildebrand


Na minha pressa para tomar banho e voltar logo para o Adam, eu me esqueci de pegar a roupa para me trocar. Merda.

Depois de algumas horas com familiares e amigos, com bastante agitação e diversão, eu finalmente ficarei tranquila e terei tempo sem dividir o Adam com ninguém. Pode parecer loucura - mas não é -, mas eu tenho esta vontade de ficar sempre com ele, de ficar próximo a ele, de vê-lo e tocá-lo sempre, e chega a ser um reflexo que me tira justamente o reflexo para muitas coisas ao meu redor. São coisas simples e tidas até mesmo como "bobas", mas me fazem bem, trazem leveza à alma e aquecem o coração. E eu estou parecendo uma doida romântica, manteiga derretida. E nem mesmo eu mesma me reconheço em momentos assim... Mas é sobre o Adam que estamos falando. Não teria como ser diferente, afinal.

Termino de me secar rapidamente e me enrolo na toalha para ir buscar o que vestir no closet, e, quando saio do banheiro, estranho ao não encontrar o Adam no quarto. Dou de ombros e decido procurá-lo assim que estiver devidamente vestida, mas uma pancada forte assim que atravesso a porta do closet me mostra que tal procura será desnecessária. O esbarrão contra o Garoto foi tão forte e repentino que quase - quase - me fez cair sentada no chão e derrubar a toalha.

- Ooh, Alice. E-eu não a vi. Desculpe... Eu a machuquei? - Sua voz soa envergonhada e alarmada.

Um gemido involuntário de dor força caminho pela minha garganta enquanto eu passo a mão na minha coxa, onde a pancada foi mais forte.

- Não foi nada. Estou bem.

Sorrio para acalmá-lo e subo meus olhos pelo seu corpo. Uma sacola grande na sua mão chama a minha atenção, mas prefiro deixá-la de lado e olhar diretamente nos olhos dele.

- Tem certeza? - Adam me encara desconfiado e culpado, e eu tento não rir.

Não é novidade que eu o acho adorável quando está preocupado comigo. Não que eu seja carente ou desesperada por atenção, mas eu gosto de ver qualquer demonstração de seu carinho por mim, seja com um sorriso, seja com uma preocupação simples.

Balanço a cabeça, tanto para afastar os pensamentos quanto para a sua pergunta.

- Na verdade você me machucou muito na coxa. Vou precisar de uma massagem para fazer a dor passar. - Eu tento soar inocente, mas tenho a plena consciência do meu fracasso quando Adam ri com a face levemente avermelhada.

- Ok. Posso conviver com a sua perna dolorida. - Ele ri mais ainda quando demonstro estar chocada.

- Você é um monstro! Eu preciso dos seus cuidados, pois você me machucou, mas ao invés disso você está rindo de mim! Que decepção. - Suspiro para reforçar o meu teatro, mas ele já passou da fase de cair nas minhas brincadeiras.

- Tudo bem! Tudo bem! Já entendi que você é frágil. Vou cuidar de você, senhorita. - Dito isto ele me pega no colo de repente e me leva de volta ao quarto, fazendo questão de ignorar os meus protestos.

Não que eu não goste dele assim, mas eu preciso me vestir antes de qualquer brincadeira e...

Adam mal me coloca deitada na cama e toma a minha boca num beijo lento e carnal.

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