Conversando com Sandy

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Gargalhei alto e tentei não me mostrar incomodada com a última parte.

- Ele garantiu que seria exclusivamente meu, se eu for exclusivamente dele.

Sandy parou a subida do Rashi a boca franzindo o cenho.

- Eu não acreditaria nisso se fosse você. - E finalmente enfiou o bolinho na boca.

- Eu não tenho ilusões românticas com o Theo... - Ela ergueu os olhos. - ... Com o Theodoro.

- Theo... Sei...  - Sandy apoiou o cotovelo na mesa apontando o Rashi para mim. - Você gosta dele, está apaixonada por que o cara foi muito bom de cama e te levou para um lugar incrível e te fez se sentir respeitada... Mas quando pisar naquele apartamento de novo, provavelmente nem vai encostar as mãos em você e vai te jogar aos leões para ser comida de todas as formas e ele se satisfazer com o seu sofrimento e prazer... por que não dá pra negar, aqueles seguranças nem deixa falar, é um enfiando na tua boca, outro no seu rabo e outro... Bem você sabe onde...⁠

Encarei Sandy, sem saber se acreditava no que ela dizia, ou se a mandava a merda, por acreditar que ela estava sendo invejosa e tentando me manipular.

-Eu vou pagar pra ver, Sandy! - Eu disse com um sorriso. Eu era muito boa em dissimular os meus sentimentos. - E só pra constar, eu não estou apaixonada por Theodoro Austin. Eu não sou uma mocinha romântica e você sabia, aliás...- encarei o seu cenho franzido. - Acho que você é quem esta morrendo de amores por ele.

Sandy me encarou séria, engoliu em seco.

- Sim... Não vou negar que gosto dele, e faria de tudo para ficar com Theodoro Austin... Ele poderia até ficar sem dinheiro, não me importo. - Ela deu de ombros fazendo um bico. - Mesmo não me tocando, ele me faz gozar de um forma que ninguém consegue... eu gosto do jeito que ele me olha me vendo transar com outros homens, quando ele bate na minha cara e me chama de puta, vadia... - Ela me encarou. - No dia que entrar na sala de tortura dele, nunca mais será a mesma depois que sair de lá.

- Você é maluca! - Tremi só de imaginar a cena. Theodoro tinha rendido o coração de Sandy e eu já imaginava que ela estivesse arrependida por ter me apresentado a ele.

- Sua hora chega, Sandy!

- Não... Já desisti de pensar nisso, já basta a sua presença na sala, me olhando enquanto gozo com uma máquina... chicotadas no meu sexo, beliscões doloridos nos meus mamilos, até hoje só senti a boca dele num mamilo meu, isso foi a primeira vez que fiquei com ele, achando que seria comida. no fim me vi amarrada, suspensa, completamente imobilizada, levando chicotadas no meu sexo e depois a máquina com dois pênis me comendo, o pior nem é isso, é aquele maldito vibrador... - Ela revirou os olhos. - Deixa eu parar de falar, por que já estou ficando molhada. - Ela riu.

- Você, definitivamente é maluca! - Voltei a comer. Aquelas fantasias me incomodavam e eu não seria mais uma submissa em sua vida. - Acho que já podemos ir né.

- Hummm... Claro... - Sandy olhou para o garçom que já abriu um sorriso enorme para ela, se aproximou da mesa. - Trás a conta pra gente.

- Hoje não vai pendurar? - O rapaz parecia interessado.

- Não... Hoje estou com pressa, mas outro dia quem sabe. - Sandy piscou para ele e riu.

- Já trago...

Sandy me olhou sorrindo.

- Ano que vem me mando dessa Cidade, monto meu escritório de arquitetura e nunca mais ninguém vai ser a minha perereca. - Ela parou para pensar. - É... Já posso aposentar e me guardar.

- Acho que você já tem grana suficiente pra parar. Você é ninfomaníaca, Sandy.

- Não sou não!... - Ela disse engraçada. - Eu só acho que a vida é tão boa para não... Curtir.

Rimos juntas, a conta chegou e seguimos para casa e eu estava aflita, Sandy correu para o banheiro e voltou com o resultado.

- E então, eu estou ferrada?

- Não esta GRAVIDAAAAAAA.... - ela pulou de alegria. - Há... Ficar grávida na primeira transa não é legal... - Ela se jogou na cama rindo. - Aliviada?

- Muito! - Me joguei ao seu lado e a abracei. - E aí, cadê aquelas pílulas?

- Vamos a pílula. - Puxei do criado mudo e lhe entreguei. - São 13 horas, tem que tomar sempre neste horário. - Ela me advertiu. - São 28 pílulas, tome um a cada dia até terminar a cartela.

- Ok! Vou tomar um banho. Não posso perder mais aula.

Me arrumei e seguimos para a aula. Eu me sentia tranquila e aliviada por não estar grávida e seria bastante cautelosa com os remédios dali para frente. Eu pensava em como Theodoro reagiria a isso. Provavelmente, ele ia tentar me convencer a não tomar os remédios e gerar um filho dele, mas eu não queria ter um bebe, pra ser tirado de mim quando o pai dele se cansasse de estar comigo.

Segui para o apartamento ao fim da aula. Sandy se preparava para mais uma noite e como sempre estava incrivelmente bonita e incrivelmente vulgar.

-Tem cliente pra hoje?- na verdade, eu queria saber se ela ia encontrar o Theodoro.

- Tenho... - Ela terminava de retocar o batom. - Um figurão quer alguém para sudomiza-lo... Hoje eu desconto tudo que me fazem. - Ela me olhou sorrindo. - Quando digo tudo, é tudo mesmo, pena que não tenho uma máquina potente, adoraria ver aquele velho nojento sendo socado. - Ela soltou uma gargalhada. - Vai ligar para o... Theo?

- Não! - Menti. - Vou preparar o esboço de uma maquete e preparar slides pra um seminário. O Kaden me colocou no grupo dele esse período que eu estava ausente. Foi gentil da parte dele, então tenho que fazer a minha parte

- Muito bem... - Ela se virou para me mostrar seu look. - Estou bem... Gostosa?

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