Negócios entre Theo e Vick

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Entrei numa caixa de vidro, não conseguia ver nada do outro lado, mas sabia que estavam me observando e uma voz robótica soou.

- Fique parada... O piso abaixo de seus pés ira girar, não queremos que sofra um acidente.

O piso começou a girar lentamente dando visão de mim em 360 graus, conseguia ver luzes fracas do outro lado ser acionado em vermelho, e me dei conta que era o tal leilão.

 Aquilo era humilhante e fazia eu me senti uma vadia. Tive raiva daquelas pessoas, de mim mesma por me sujeitar aquilo e ainda mais de Sandy por ter mentido pra mim.

O piso parou de girar, fiquei por alguns minutos ali parada até que a porta se abriu, um rapaz muito elegante e sorridente estendeu a mão para mim.

- Venha por aqui. - Ele ficou parado esperando minha mão.

Deixei passar aquele rápido momento de perplexidade e tomei a mão do rapaz a minha frente

Fui levada de volta ao quarto e lá permaneci por muito tempo, cheguei a perder a noção da hora, até que a porta se abriu novamente, Teodoro apareceu, sorriso nos lábios, abotoando o paletó, se sentou em uma poltrona.

- Vamos falar de negócios.

- Sim, claro!

- Muito bem... - Ele puxou o ar com força, soltando devagar. - Dormirá aqui hoje, terá tudo de que precisa, roupas limpas, perfumes, langerie, amanhã partiremos para Dubai, vamos passar uma semana, terá tempo de me conhecer e eu a você, odeio fazer uma mulher se sentir um objeto, isso não é comigo, se tivesse sido comprada por outro, com certeza a essa hora já teria perdido a virgindade com um crápula, maníaco... - ele se levantou. - Na noite que for para consumar o ato, farei a transferência para a sua conta... Ele deu um passo a minha frente. - Os atrasos de sua universidade estão pagos, não deve mais nada, e estão quitados até o final do seu curso... Agora tome um banho e descanse, volto amanhã.

 Ergui uma sobrancelha e o encarei. Talvez eu devesse abraçá-lo, mas não consegui, era uma situação estranha.

- Por que Dubai? - Perguntei, enfim.

- Um lugar espetacular para se divertir e ter uma lua de mel.

Ele deu as costas.

- Boa noite.

 Lua de mel? Aquilo me soou engraçado e eu resolvi me deitar.

- Boa noite, Sr. Austin! -respondi me ajeitando na cama. Ao menos o problema com a faculdade já estava resolvido.



MATA-ME DE PRAZEROnde as histórias ganham vida. Descobre agora