Capítulo Quarenta e Quatro - E eu vejo estrelas

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E céus! Não consigo respirar!

- Hmmm... Eu acho que preciso de mais alguns desses para me recuperar totalmente. - Digo ofegante, ainda sem conseguir recuperar o fôlego.

Nós dois estamos na mesma situação, aqui: respiração pesada e falha, rostos avermelhados e olhares turvos.

- E eu acho que posso lhe dar mais alguns desses... - Adam sussurra num fio de voz e não demoramos a voltar a nos beijar.

Ele me beija de forma lenta, intensa e, ao mesmo tempo, delicada e carinhosa. Ele deixa a sua mão vagar pelos meus cabelos presos, pelo meu pescoço livre de qualquer barreira, pelos meus ombros e braços livres para ele, pelas minhas costas acima da toalha...

E por que o meu corpo inteiro está pegando fogo, agora?

Por que parece que o meu coração irá explodir?

Por que parece que o - nada - simples beijo não é o suficiente para mim?

Dou graças quando ele se afasta minimamente de mim e se larga ao meu lado na cama para podermos respirar, pois a minha falta de sanidade me tomou até mesmo a capacidade de respirar. Após um longo momento em silêncio para recobrar nossa consciência, eu viro o rosto para olhá-lo e sou a primeira a falar:

- Você está melhorando nisso, Garoto. Melhorando muito. - Mordo o seu lábio inferior para reforçar as minhas palavras.

Ele ri baixinho e não perde a oportunidade de brincar comigo:

- E antes eu era ruim?

Mesmo sabendo ser brincadeira da parte dele, eu não deixo de rir e explicar:

- Você sempre foi muito bom, sim, mas antes você era mais contido e puramente romântico. Hoje você me toca e beija com mais intensidade, sem ressalvas. Ainda é o mesmo romântico incurável, mas está um pouco mais carnal. - Pisco-lhe um olho para suavizar a sua timidez. E ele dá o sorriso envergonhado que é a sua marca registrada.

- Você gosta que eu toque em você? - Ele me olha com curiosidade e diversão. - Sempre pensei que você fugisse de contatos humanos.

E eu solto uma sonora e sincera gargalhada assim que suas palavras ganham sentido. Adam ri me acompanhando, e vejo que ele só disse para me provocar.

- Eu realmente fujo de contato humano. Odeio a forma irritante que as mãos suadas dos humanos têm de me alisar sem parar. - Eu começo a alisar de forma nada delicada o rosto e, em seguida, o braço dele para mostrar como é irritante a prática de alisamento. E, mais uma vez, o Adam ri, achando graça das minhas palhaçadas. - Você tem a forma de pegar com firmeza e vontade. - Pego com firmeza no seu braço que alisei anteriormente e desço o toque firme para o seu peitoral largo e em seguida para as suas costas. - Você é um humano agradável. Muito agradável. - Enfatizo lentamente e sorrio com malícia para ele, principalmente depois de vê-lo ficar envergonhado.

- Você quer que eu me sinta um pervertido, não é? - Adam retorce a sua boca e começa a se levantar.

Eu dou uma risadinha antes de falar:

- Eu quero que você seja um pouco pervertido comigo. Isto sim.

Assisto com prazer a vermelhidão tomar seu pescoço, rosto e a orelha.

- Você é de lua, agora eu tenho certeza. - Ele diz risonho e volta a me olhar. - Um dia me quer inocente, outro dia me quer pervertido. Mulher, eu estou tendo a certeza de que você me quer apenas pelo meu corpo. - Ele diz em provocação e eu rio alto.

Para acalmar a minha risada descontrolada e esganiçada, Adam me beija a boca e se afasta.

- Você tem a melhor forma de me calar, sabia disso? - Confesso e sorrio como a tola apaixonada que eu sou. - Mas você está bem errado na sua fala. Eu gosto da sua inocência. Se você não fosse assim, eu não gostaria de você.

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