Capítulo Trinta e Nove - Sobre cuidados e sugestão

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Panic acena a cabeça, mas não diz nada. Porém, agora, há um esboço de sorriso no seu rosto.

— Alice considera bastante você, o Travis... Vocês deveriam ir. Ela vai gostar.

Ele agora sorri um pouco mais amplo, como se estivesse se divertindo.

— Festas não são para mim. — Diz apenas.

O silêncio volta ao carro e só é quebrado pelo alerta de mensagem no meu celular.

***

AH: Hey, Garoto!

Acabei de sair do avião.

***

Tento não sorrir, mas é impossível.

— Ela chegou! — Informo a ele, com a esperança de que ele acelere o máximo possível.

Funciona.

***

AB: Estamos a caminho!

Já disse a antes e vou repetir: estou com saudades.

***

AH: Pois diga quantas vezes quiser! Não me canso de ouvir/ler.

Também estou morrendo de saudades da sua boca deliciosa.

Não demore!

***

Alice sendo Alice...

Panic estaciona logo no portão do aeroporto, para que eu desça logo, antes de ir procurar um lugar para estacionar.

Corro para dentro do local, não me importando com o fato de não conhecer nada por ali. As placas podem me guiar... Viro à direita, em caminho do saguão lotado, e não demoro a enxergar o topo da cabeça do segurança brutamontes da Alice, lá embaixo. Procuro pela escada mais próxima e corro, me esforçando ao máximo para não perdê-lo de vista. Corro e me desculpo com as pessoas em quem esbarro no meio do caminho, mas não posso perder tempo.

E finalmente a vejo.

Meu coração bate forte. Minhas pernas fraquejam. E o famoso frio na barriga aparece quando Alice ergue os olhos diretamente para mim e sorri. Ela sorri demonstrando todo o amor e saudade que sente, refletindo o meu olhar.

Ando mais apressadamente, já que ela não pode correr até mim devido aos seus saltos gigantescos.

Quando enfim estamos frente a frente, Alice solta a sua bolsa no chão e pula nos meus braços e me abraça com força. Enterro meu rosto em seu pescoço e inalo profundamente o seu perfume. Céus! Como eu senti falta do seu cheiro!

Eu começo a rir e a distribuir beijos por todo o seu pescoço e logo Alice se junta a mim com o seu riso.

— Mal passamos cinco dias longe um do outro e estamos assim. Imagina se fosse mais tempo? — Ela diz, rindo.

— Senti a sua falta, mesmo assim. — Digo e me afasto para olhá-la nos olhos. Seus olhos brilham e sorriem. — E você estava viajando por lugares nada seguros. Além de sentir sua falta, eu fico preocupado.

Ela viajou para o Oriente Médio. Alice disse uma vez que sempre se interessou pelos monumentos históricos, e com estes grupos terroristas guerreando por lá e destruindo vários dos patrimônios, alguém teria que reformá-los, reconstruí-los, e Alice se "candidatou" à vaga e foi fazer um estudo do local. Tenho a plena certeza de que eu ganhei alguns fios brancos de cabelo nesta semana que está se acabando.

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