PARADA LGBT

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-ooOoo-


Se eu disser que eu dormi estarei mentindo.

Passei a noite toda em claro olhando para o teto e pensando no Sr.Maldonado, agora me explica, por que nosso coração faz nós nos apaixonarmos por pessoas impossíveis? Meu Deus, tanta pessoa que passou pela minha vida, porque tinha que ser logo ele?

Talvez meu coração saiba quem é a pessoa certa?

Não, com certeza ele não sebe. Se soubesse eu nunca teria me apaixonado pelo Lucas, Everton, Bruno, Paulo, Marcos, Pedro, Junior, Julho, Augusto, Anderson... Na verdade eu estou falando nomes aleatórios, mas minha vida foi exatamente assim.

Os olhos estava fixado no meu celular e u estava a todo momento esperando tocar, mas nada. Olhei no relógio e vi que era mais ou menos 09:00 e ele ainda não tinha ligado. Será que eu devia ligar? Não, definitivamente não. Não posso parecer tão desesperado quanto já mostrei estar.

Eu...

— Aaaaaaah — eu gritei assim que celular tocou na minha mão. — É ele caralhete, calma... Respira Vincent, vamos fingir quem nem nos importamos. Não é assim que ele faz comigo?     

Eu deixei tocando e logo caiu na caixa postal. Não se passou três minutos e ele me ligou de novo. Eu fiz uma voz grossa mostrando que tinha acabado de acordar e decidi atender fingindo que eu não sabia quem era.

Mas na verdade sabia muito.

Muito mesmo.

MUITÃO.

— Pronto!

— Vincent?

— Quem é?

— Cesar!

CARALHO ELE SE CHAMA CESAR! SE BEM QUE CHAMÁ-LO DE SR. MALDONADO É SUPER SEXY, MAS CARALHO, IMAGINA GEMER ESSE NOME ENQUANTO ELE ESTÁ ME FODENDO LENTAMENTE E EU PASSANDO AS UNHAS NAS SUAS COSTAS MUSCULOSAS. CARALHO QUE VONTADE DE DAR!

— Vincent, está ai?

— Claro Sr. Maldonado, desculpa. É que o sinal aqui está um pouco ruim. Então, que posso ajudá-lo?

— Estou ligando para falar sobre a parada! — ai meu caralhete, ele vai desistir. — Estava pensando se podemos nos encontrar na estação consolação. Como eu estou morando em um hotel ali perto, acho que será mais fácil pra mim.

O meu amor está morando em um hotel? Coitado, ele não merece isso. Merece tirar aquela mulher horrorosa e aqueles filhos ingratos da casa e morar lá comigo... Quer dizer sozinho. Ou comigo, será que ele vai me pedir em casamento logo?

— Vincent, está ai?  

— Estou sim, desculpa. Bom, fica perfeito pra mim!

— Então nos vemos lá?

— Tudo bem, até daqui a pouco.

Eu desliguei o celular e me joguei no sofá.

— Eu superei... Eu não gosto mais dele... Ele é apenas uma paixonite... Obrigado mesmo consciência, você serve para muita coisa mesmo!  

...

Eu estava me olhando na frente do espelho e por algum motivo aparente eu estava um pouco gay, talvez muito gay! Será que é a bermuda rosa agarrada? Ou será que é a regata escrito "Eu Chupo Rola Sim".

— Mas eu chupo... Então não tem problema.

Peguei a minha mochila, um óculos escuro, minha camera e meu celular. Respirei fundo e fui a caminho da parada que ia marcar a minha vida. Talvez não marcasse muito, talvez r. Maldonado nem ligasse para a minha existência, mas a esperança é a ultima que morre.

Os Homens da Minha Vida!Where stories live. Discover now