Alisson olhou para mim, depois para o envelope, apertando os lábios. Por fim ele jogou o envelope na mesinha de canto e me fuzilou com o olhar, duas assustadoras esferas negras e dilatadas.

"Estou cansando disso, novinho. Eu sou o Grande Alisson. Eu surfo, eu ganho prêmios, e eu molho o pau em todas as gatinhas dessa cidade, entendeu? Não sou nada além disso."

Eu baixei a cabeça, fitando o envelope com o canto do olhar. Alisson escreveu o endereço em uma letra de forma bonita e delicada, e grudou os selos no topo bem alinhados, do menor ao maior. Não parecia o tipo de carta de alguém que não dava a mínima.

Ainda assim, eu não queria o Grande Alisson brigando comigo, e perceber isso fez meu coração apertar.

"Desculpa, vou fingir que não vi nada." Falei, me sentindo um covarde.

Alisson baixou os olhos ao longo do meu corpo, e enfim avistou minha parte animada, que eu não conseguia conter. Ele se aproximou de mim, um passo após o outro, e parou na minha frente.

Nossos olhares permaneceram cruzados, e nós mergulhamos no silêncio total do quarto à meia luz. A vitória de antes deveria encher Alisson de alegria, mas suas pupilas dilatadas pareciam duas fendas abissais, tão profundas que eu poderia afundar nelas para sempre.

Eu queria perguntar. Eu devia perguntar. Mas as drogas aqueciam meu corpo além do controle, e pelo volume esticado na sunga à minha frente, eu sabia que Alisson sentia o mesmo.

Apressado, eu desci a sunga do Alisson até os joelhos, salivando ao ver o enorme mastro saltar e bater contra seus pelinhos crespos.

Se isso era tudo o que eu podia fazer pelo Alisson, eu faria. Eu faria qualquer coisa.

Eu segurei na base quente e entreabri os lábios, mas quando aproximei o rosto Alisson segurou meu ombro no lugar. Eu ergui os olhos para ele, confuso.

"Deita." Ele disse. "Mas vai ser nosso segredo. Pra sempre. Ouviu?"

Meus olhos se abriram do tamanho de pratos, e um arrepio de emoção percorreu todo o meu corpo.

"S-s-sim,senhor." Gaguejei, recuando na cama.

Eu deitei de peito sobre os lençóis macios, e espiei por cima do ombro Alisson engatinhar atrás de mim. Eu queria. Eu queria tanto que meu corpo todo tremia, e meu pré-gozo fazia uma poça no colchão.

Não sei o que eu fiz de certo, mas ia mesmo acontecer. O Grande Alisson ia se satisfazer com o meu corpo.

Quando já estava ajoelhado entre as minhas coxas, Alisson observou as minhas costas magricelas e coçou atrás do pescoço, estalando a língua nos dentes.

"Cara, isso é meio gay demais... Não quero virar veado." Ele suspirou, e eu me aterrorizei ao vê-lo prestes a mudar de ideia.

Faz o que quiser de mim, eu quase gritei, mas me contive. Ansioso demais, eu ergui meu quadril e empinei a bunda, rezando que isso fosse convencê-lo, e não o contrário.

Alisson finalmente tocou em mim. Ele segurou uma nádega em cada mão e apalpou, brincando com a maciez, e com a textura lisa da minha pele de boneca.

Eu escondi o rosto do colchão, engolindo meus gemidos no temor que isso fosse assustá-lo. Eu queria satisfazer o Alisson como todas aquelas mulheres. Não era culpa minha ter nascido homem.

Alisson afastou minhas nádegas, e girou o polegar no meu asterisco.

Não aguentei, dei um gritinho de êxtase e estremeci todo, gozando nos lençóis. Alisson percebeu e continuou massageando lá atrás, até meu orgasmo atingir níveis inacreditáveis.

O Preço da Adoração (AMOSTRA)Where stories live. Discover now