Capítulo 06

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"Morder, lamber, massagear... como se joga isso?" Perguntei, lendo as faces dos dados.

Alisson olhou para cada lado da praia deserta, e voltou a olhar para mim. Com um sorriso fino no canto dos lábios, ele aproximou o rosto do meu ouvido.

"Quer descobrir como se brinca?" Ele me perguntou. "Faço em você o que os dados mandarem."

Eu li o segundo dado, que continha nomes de partes do corpo. Só então entendi o objetivo e corei intensamente. O Grande Alisson faria aquelas coisas comigo? Eu me imaginei no lugar daquelas garotas, e logo uma manchinha formou na minha bermuda, bem quando Alisson olhava lá embaixo.

Sem que eu respondesse, ele segurou minha mão e me conduziu à clareira entre as árvores.

Quando chegamos, Alisson sentou no chão de folhas e me esperou. Eu tremia tanto que não exatamente sentei, mas caí de bunda nas folhas macias. Algo me dizia que aquilo era super errado, e o constante olhar do Alisson para os arredores da praia só reforçava a minha opinião.

Eu olhei para os dados novamente, equilibrando medo e curiosidade sem conseguir que a balança cedesse para um dos lados. Tudo bem mesmo, dois homens jogarem uma coisa daquelas?

Algo me dizia que a preocupação do Alisson não vinha apenas do fato de eu ser outro homem.

"Não vou contar." Falei.

Alisson relaxou os ombros e sorriu pra mim.

"Eu sei que não vai."

Eu respirei fundo, e fechei as mãos nos dados como uma concha. Alisson mantinha toda a atenção em mim enquanto eu agitava os dois cubinhos. O que eu queria, exatamente? Descobrir o que aconteceria? Provar sensações diferentes? Ou o medo de desapontar o Alisson movia minhas mãos por mim?

Não, chega de só pensar e pensar. Eu joguei os dados, e deixei que o destino respondesse por mim.

O par de dados girou sobre a folhagem escura, sob nossos olhares carregados de expectativa. Eles pararam entre nós dois e revelaram suas faces superiores.

LAMBER dizia o primeiro.

MAMILOS dizia o segundo.

Eu mantive meu olhar nos dados, assustado demais para encarar Alisson e descobrir a reação dele. Como assim? Lamber o quê?? Eu não fazia idéia se era bom, então se Alisson não quisesse, tudo bem.

Antes que eu conseguisse voltar a respirar, um par de mãos empurrou gentilmente os meus ombros. Eu ergui os olhos e vi o rosto do Alisson quase grudado ao meu. Seus olhos escuros cintilavam, finos e difíceis de interpretar. Ele mordiscou o próprio lábio, umedecendo-o até que brilhasse, e se acomodou sobre mim.

Podendo ouvir o bater do meu próprio peito, eu senti a folhagem fria nas costas. Minha respiração acelerou, e meu olhar tornou-se fixo naqueles lábios molhados, que me pareciam mais rosados e carnudos do que nunca.

Não conseguia acreditar naquela proximidade toda. Eu podia sentir seu cheiro de maresia e suor, um aroma tão delicioso que eu aquecia e tremia em igual medida. Nunca me aproximei tanto de outra pessoa. De outro cara. E o primeiro a tocar em mim seria o Grande Alisson, eu não sabia nem o que pensar.

Considerei me beliscar para saber se era mesmo um sonho, mas Alisson entrelaçou os dedos nas minhas duas mãos, segurando-as acima da minha cabeça e me imobilizando. Ele baixou a cabeça no meu peito, e eu tranquei o ar, enlouquecendo de tanta ansiedade.

Grande Alisson admirou meu peito por alguns segundos, tão próximo que sua respiração fazia cócegas. Ele subiu uma lambida pelo meu biquinho rosa e eu me contorci todo, gemendo e jorrando quente no avesso da minha bermuda.

O Preço da Adoração (AMOSTRA)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora