6. Yo soy masoquista

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- Porra, Jungkook! - Jimin gritou.
Já faziam seis horas que estávamos jogando Overwatch sem parar, e eu estava ganhando de lavada nas horas. Jimin grunhia indignado enquanto assistia seu personagem agonizar em direção a morte, mais uma vez, na tela da televisão.
- Você está com zero de piedade hoje!
- Eu nunca tenho piedade.
- Hoje tá fora do normal! Tem algo te incomodando?
- Sim, você não parar de perguntar se está tudo bem.
- Só estou sendo um bom hyung, cuidando do estado emocional e psicológico do meu dongsaeng.
- Eu já disse um milhão de vezes que estou bem, hyung. Não precisa se preocupar.
Poucos segundos depois de dizer isso, (s/n) apareceu na porta.
- Omma e Appa trouxeram pizza.
Nós nos levantamos, caminhando em direção a sala de jantar, onde senhora e senhor Park nos esperavam com duas caixas de pizza. Eu os cumprimentei com uma reverência respeitosa, como sempre fazia, e tomei conta das caixas. Peguei dois pedaços de uma vez para não ter que pegar mais tarde. Estava uma delícia. Ao menos aquela preciosidade salvou dez minutos do meu tempo. Engoli uma Coca-Cola e voltei quase sem falar nenhuma palavra pro quarto de Jimin.
Quando ele retornou, continuamos jogando por umas três horas, até os pais dele baterem na porta e avisar que em breve iriam dormir e não queriam que fôssemos dormir tarde. Concordamos embora soubéssemos que ficaríamos acordados até bem tarde.
Ou ao menos era o que eu achava, até virar pro lado e ver Jimin dormindo como um bebê enrolado nas cobertas, me dando pena de acordá-lo. Respirei fundo, desligando o videogame e pegando as duas garrafas de Heineken que consumimos secretamente. Levei-as até a cozinha, na volta topando diretamente com (s/n), que quase caiu para trás por causa do encontrão.
- Desculpe - transferi sem muitas emoções.
- Não tem problema - ela respondeu.
Retomei meu rumo, mas fui interrompido pela mão dela no meu pulso.
- Jungkook... - Ela chamou.
- Sim?
- O que está te incomodando?
Eu a olhei de relance. Sério?
- Quer mesmo saber?
- Claro, caso contrário não teria perguntado.
- Pois bem, você está me incomodando.
O rosto dela se contorceu imediatamente em confusão.
- Como assim?
- Você me escutou.
- Mas... O que isso quer dizer? O que eu fiz?
- O problema é meu, não precisa ficar preocupada.
- Tem a ver com Changkyun?
Neguei, contando mais uma mentira.
- Tem sim - ela constatou.
- E se tiver? - Retruquei, perdendo a paciência.
- Não tem nenhum problema. Só acho fofo você estar com ciúmes.
- Eu definitivamente não estou com ciúmes de você.
- Então por que está incomodado com ele?
- Porque... Porque sim. Não te interessa.
- Já que você está se recusando a responder, vou assumir que está mesmo com ciúmes.
- Pode fazer o que quiser. Tem a liberdade para acreditar no que achar melhor.
- Pois bem, eu acredito que eu realmente passo melhor meu tempo com ele do que com você.
Aquela foi a gota d'água de todas as gotas d'água de todos os potes existentes no rio da minha paciência. Eu simplesmente não conseguia acreditar. Rapidamente a prendi contra a parede, segurando seus pulsos na parte debaixo de seu corpo. A respiração controlada dela batia no meu rosto, apenas me incentivando a continuar. Aproximei minha boca do ouvido dela.
- Mentirosa - falei sílaba por sílaba, lentamente.
Pressionei meus lábios na orelha da garota, que tremeu sobre meu toque.
- Você sabe que está mentindo.
Movi meus lábios pelo rosto dela lentamente, beijando em seguida cada olho dela levemente, descendo até chegar em seus lábios.
- Eu também sei que você está mentindo. E eu vou te dar motivos pra comprovar a minha crença.
Dito isso, finalmente beijei-a. Confesso que tinha sentido saudades daquilo. Mesmo que só tivessem se passado uma semana e meia. Eu ainda mantinha os pulsos dela presos na minha mão, o que a impedia de encostar em mim. Sem deixar que ela tivesse sua diversão no beijo, tratei de separá-lo logo de uma vez, substituindo minha boca por meus dedos. Ela me observou enquanto eu chegava mais perto, colocando minha perna por entre as dela e a puxando, fazendo com que ela sentasse em minha coxa.
- Motivo número um: quando nos beijamos, você sempre quer mais. - Grudei nossos lábios mais uma vez, durante poucos segundos, apenas para largá-los e observar ela se esticando para mantê-los juntos por mais tempo.
Colei meu nariz na pele sensível do pescoço dela, absorvendo cada centímetro cúbico de aroma doce que eu podia entranhar nas minhas memórias. Deixando-me levar um pouco, comecei a sugar a pele, sabendo que algum hematoma eventualmente surgiria. Não era problema pra (s/n), ela sabia escondê-los muito bem. Parei, alguns segundos depois, para observar minha obra de arte.
- Jungkook... - Ela chamou em um tom agoniante.
- Shh, (s/a). - Tapei sua boca com dois dedos. - Que falta de educação interromper o monólogo dos outros. Ainda mais quando estão apresentando uma teoria tão importante.
Ela assentiu, parando de murmurar e colocando as mãos em meus ombros como ponto de apoio.
- Motivo número dois: ele não te conhece como eu conheço. - Apertei com força uma parte da cintura dela que a fez grunhir como um gato. - Aposto que ele não sabe disso. Tô certo?
Ela assentiu, fincando as unhas em meus ombros quando sentiu meus dedos invadirem o seu short de pijama.
- Por favor - ela pediu.
- Eu ainda não terminei. Você está sendo muito mal educada. - Comecei uma ritmo lento e constante no ponto sensível dela. - É aqui que você gosta, não é?
(s/n) sacudiu a cabeça, mordendo o lábio para não soltar nenhum som indevido, dado o lugar onde a situação estava se desenrolando. Percebi que aquele lugar era digno de muitos riscos, por isso parei o que estava fazendo, recebendo um gemido de desaprovação em protesto.
- Aqui não - comentei. - Seus pais podem escutar.
- Eu não ligo. - Me puxou para um beijo ardente, o qual apenas intensificou o calor nas minhas partes baixas. - Quero que essa tortura termine de uma vez.
Dito isso, (s/n) me puxou pela mão até o quarto dela, onde a primeira coisa que fez depois de trancar a porta foi tirar a minha camisa. Ela passou as unhas pelo meu abdome, fazendo os músculos da região se contorcerem. Depois ela se grudou em mim, e como sua cabeça batia no meio do meu tronco, começou a espalhar chupões por lá. Foi um momento em que fiquei fora de mim, esquecendo completamente o propósito de tudo aquilo e aproveitando a sensação. Quando retomei minha consciência, a afastei, a deitando lentamente na cama, depositando beijos em sua barriga a medida que ia tirando suas roupas.
- Motivo número três: ele não vai te fazer sentir tão bem da maneira que eu vou agora.
Ela me puxou mais uma vez, tentando me comover, e daquela vez eu deixei. Deixei que ela abrisse minha calça, jogando-a pra longe junto com minha cueca e percebesse que eu não precisava de preparação. Visto isso, (s/n) entrelaçou suas pernas em meu quadril, encostando nossas intimidades, fazendo com que ambos gemessemos ao mesmo tempo.
- Chega desses motivos idiotas - ela pediu, continuando a se esfregar em mim. - Eu já entendi que é de você quem eu preciso.
Eu a olhei sentindo um alívio imenso por não precisar mais tentar demonstrar meu desespero, e finalmente adentrando-a.
Embora mais relaxado e definitivamente me satisfazendo naquele ritmo suave, eu estava com raiva. Estava com ciúmes. Eu tinha que fazer ela entender isso. Me curvei sobre ela, apoiando-me na cabeceira da cama, começando a ir rápido e com bem mais força. (s/n) aprovou a atitude, começando a gemer gradativamente mais alto. Notando o perigo da situação, juntei nossos lábios, tapando nossos barulhos inconvenientes. Isso se sucedeu até ambos atingirmos nossos ápices. Me segurei para não desabar sobre ela, mas a garota me puxou contra seu corpo. Eu ri contra a pele dela, que demorou um pouco para me acompanhar.
- Você entendeu o que eu quis dizer?
Ela me beijou suavemente.
- Entendi sim, oppa.

Playing With FireWhere stories live. Discover now