Capítulo 18

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Os dias se foram passando e eu fui ganhando intimidade com a Leonor e proximidade com a Nicole.

A Nicole está diferente, melhor... Sei lá...

E a Leonor é uma gostosa safada que dá para uns role..


Os dias se vão passando e a minha vida emocional vai melhorando, vejo a Natasha na escola mas já não me importo tanto como antes importava.


~Nicole ON~

~chamada ON~

- Alô?

- Alô Nicole é o Jackson, preciso de te contar novidades.

- Fala.

- Então eu continuo a "namorar" a Natasha. Mas tu sabes que não gosto dela e que a minha única intenção é magoar aquela pessoa que tu sabes, nem que para isso tenha de recorrer aos estupros e tareias.

- Jackson esse não era o nosso acordo, estás a passar das marcas, eu estou quase a conseguir a Vitória de volta, ela já não está na da Natasha, não quer saber dela. Não tens de magoar a moça nem de a estrupar. Promete-me que não magoas a Vitória.

- Sabes que não te posso prometer nada, a Vitória é o meu alvo, e só páro quando tiver a vingança que eu quero.

~chamada OFF~


Ele não pode magoar a Vitória...

Vitória ON

As minhas responsabilidades na sorveteria estão cada vez mais elevadas, mas a grana ao final do mês é cada vez mais elevada também....

- Leonor vamos andando para casa? O expediente já terminou.
- Vamos sim.
- A Nicole avisou que não dormia hoje em casa.
- Então temos a casa toda só para nós?
- Temos!

Chegando no apartamento sinto um cheiro forte a sangue...

- Vitória não vais acreditar!
- No quê?
- O Àtila está morto no teu quarto!
- O quê? O meu cão? O meu Átila? Morto?
- Vem cá por favor.
- Meu deus! Quem teria coragem de fazer isto ao pobre animal? Alguém matou o Àtila. Ele está todo ensanguentando.
- Será que foi a Nicole?
- Achas Leonor?
- Olha não sei!
- Vou lhe ligar.

~chamada ON~

- Nicole, sou eu. Quando saíste de casa como é que estava o Àtila?
- Deitado no sofá porquê?
- Porque cheguei agora a casa e ele estava morto todo ensanguentado.
- Quando eu saí de casa ele estava vivo, eu juro!
- Depois conversamos.

~chamada OFF~

- E agora Vitória?
- Agora temos de o enterrar Leonor. O animal não vai ficar aqui.
- Não chores.
- Como? O animal nunca fez mal a ninguém e matam-no.
- Eu sei, por favor não chores.
- Vai buscar uma pá que está na dispensa. Eu vou buscar uma toalha para o enrolar.

Foi um sentimento de perda terrível, nunca estamos preparados para a morte, seja de um ente querido ou de um animal. A morte vem de repente e leva aqueles que nós amamos. Não estamos preparados nunca, o ser Humano não está psicologicamente preparado para a morte, todos nós morremos, todos nós poderemos um dia assistir à morte de alguém que nos era querido, mas nunca estamos preparados. Sabemos que aquela pessoa vai morrer porque todos morremos, ninguém é imortal, mas mesmo assim, quando a morte leva a pessoa é um sentimento de perda. Mesmo que seja morte por causa de uma doença terminal, nós sabemos que a pessoa está a morrer mas não somos capazes de aceitar que a pessoa vai partir ou já partiu. Não faz parte de nós aceitar isso. A vida é cruel e a morte não perdoa. Não aceitamos a morte mas temos de viver com ela e seguir em frente. Por mais dolorosa que seja, por mais que nos custe, temos de a aceitar, pois ela está presente no nosso dia-a-dia.

As lágrimas escorrem-me pela cara enquanto enterro o meu camarada, o meu cão. Não há palavras que descrevam o quanto doloroso é enterrarmos alguém que é nosso, que amamos, que gostamos.

- Vamos para casa Vitória.
- Vamos Leonor.

- Deita aí no sofá, vou fazer um chá.
- Obrigado.
- De nada. Toma.
- Mais uma vez obrigado Leonor.
- De nada, queres deitar no meu colo?
- Pode ser.
- Suspeitas de alguém?
- Não tenho nenhum suspeito, não tenho inimigos, pode ser algum vizinho, mas o animal não fazia barulho.
- Já pensaste que pode ser alguém a querer te fazer mal?
- Se querem fazer mal a mim, porque é que fizeram mal ao cão em vez de fazerem logo diretamente a mim?
- Podem querer te ver sofrer, magoando aqueles que tu amas.
- Então achas que me querem atacar?
- Eu acho que sim...
- Então...
- Então?
- Então se mataram o animal, quantas mais mortes irão haver pelo meio para me torturarem mais? E quem poderá estar por detrás disto?
- Isso eu não te sei responder...

A Paixão de um Sorriso (Romance Lésbico)Όπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα