Capítulo 14

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Os dias foram passando desde o término com a Natasha, e a Nicole e eu fomos ficando mais próximas.
Talvez ela não seja a pessoa horrível que aparenta a ser.

Os dias que se passaram foram dias de choro e muita dor, sentir que fui traída pela pessoa que amo, e se há algo que eu não tolero é a mentira e a traição.

O celular toca e quando vou ver era o Erik ligando.

~chamada On~

- Oi Erik!
- Oi Vitória como cê tá?
- Mal e você?
- Também. Mas não liguei para isso, quando passas cá em casa para terminarmos o trabalho da escola?
- Logo pode ser Erik?
- Pode sim gatinha, mas não pense que por minha casa ser em frente à boate que vamos para a boate e não fazemos o trabalho, porque você está muito enganada!
- Está bem Erik relaxa!

~chamada Off~

Bate as 21:00h e peguei na mota para ir fazer o trabalho à casa do Erik.
Chegando na casa dele vejo a boate bombando e fico com inveja dos demais que se estão divertindo nela, mas não vou desapontar o Erik. Bato na porta e rápido ele a abre.

- Sobe aí garota vamos para o meu quarto.
- Se tu não fosses viado eu teria medo de subir.
- Se tu não fosses lésbica adoravas subir!
- Escroto!
- Grossa!
- Vamos fazer o trabalho seu louco!
-Então dê aí ideias para o trabalho.
- Vamos à varanda ver o ambiente lá fora.
- Não vamos nada seu louco!
- Então não venha idiota.
- Te odeio.
- Vitória vem aqui já ver uma coisa, rápido!
- Precisa de algo melhor para me tirar dessa cadeira de pele!
- Tou falando sério garota vem aqui rápido.
- Droga! Vou aí viado. - quando chego não acredito no que os meus olhos vêm, a Natasha estava fazendo um boquete no ex-namorado do Erik, o Jackson - meu deus Erik que horror, fecha a janela para o bem dos dois amigo.
- É triste saber que ambos namorámos com duas pessoas horríveis que só nos usaram o tempo que queriam e depois nos largaram e nos deixaram a sofrer.
- É realmente horrível sim, mas vamos terminar o trabalho Erik.
- Vamos.

Acabámos o trabalho e fui logo para casa. Assim que entro no quarto meto os fones e desabo a chorar.

Eram 07:00h e o despertador já toca, aquele inferno!
Tomei banho, fiz minha higiene, vesti e voei até à escola.
Chegando lá vejo o Jackson de mãos dadas com a Natasha, casalinho do ano!

As aulas demoraram a passar e depois fui direto para a sorveteria para o meu turno.
O turno correu normalmente e no fim fui para casa, finalmente já era sexta feira e poderia ir em alguma boate.

- Mãe logo vou sair.
- Está bem filha, tome cuidado e se cuida viu?
- Pode deixar mãe.

Já são 21:00h e vou andando para a boate na cidade ao lado. Preciso de conhecer pessoas novas, novos rostos.

A boate estava lotada e a fila estava horrivelmente grande, mas como o segurança é amigo dos meus pais, não tenho de esperar para entrar. Assim que acabo de entrar uma guria gostosa me pergunta como consegui entrar quando a boate estava cheia.

- Conseguindo!
- Mas quem é você?
- Sou uma ninguém que é filha de alguém!
- Gostei de você, qual seu nome?
- Vitória e o seu?
- Sou a Manu, o meu pai é o dono da boate!
- Que bom garota! - nesse segundo ela me beija - o que você está fazendo garota?
- Não gostou?
- Gostei, claro! Mas...
- Mas cala a boca e me beija.

Já estamos no rolo à alguns 10 minutos mas eu não posso, não consigo estar aqui.

- Desculpa Manu mas eu não posso. - e saio correndo para fora da boate.
- Mas espera, fiz algo de errado?
- Adorei conhecer você.

Peguei na moto e fui para casa, sentia a falta da Natasha e já se tinha passado cerca de um mês depois de termos terminado.

Chego em casa, deito na cama e vou ouvir música de sofrência.

Eu tou na preguiça,
Que sempre te dá.
Quando olha no relógio
Já passou das seis.
Eu tou na playlist do teu celular,
Escondido na história
Da música três.

No teu reflexo no espelho.
No teu travesseiro.
Sonho e pesadelos,
E quando acordar eu tou aí
Mesmo sem estar.

Tou naquela fome louca de manhã.
Dá vontade de comer besteira no café.
Tou naquela blusa que eu sei que é azul,
Só pra me irritar você insiste em dizer não é.

Tou na solidão do elevador.
No teu cobertor.
No filme de amor.
E quando acordar eu tou aí,
Mesmo sem estar...

Saiba que eu sempre tou aí.
Saiba que eu sempre tou aí.
Mesmo sem estar.

Que tal apostar,
Agente não se fala mais por um mês.
Você vai ver que o tempo não muda nada.
Nada.
Nada.
Eu tou aí mesmo sem estar...

...

A Paixão de um Sorriso (Romance Lésbico)Kde žijí příběhy. Začni objevovat