Capítulo 16

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Natasha ON

Não pode ser.
O meu mundo está perdido.
Eu tenho de resolver esta situação, estou a sair prejudicada por algo que não tem nada a haver comigo.

Vitória ON

Semanas se passaram e já estava um pouco melhor da minha desilusão amorosa.

Sinto-me tão mas tão sozinha, e ainda por cima agora que vou morar sozinha sem ninguém.
Vou adotar um cachorro, algum animal que precise de dono, que esteja sozinho, assim como eu.

Que cheiro a cão molhado!

- Bem vinda ao canil, em que posso ajudá-la?
- Bom dia senhor, o meu nome é Vitória e eu queria adotar um cachorro.
- Siga-me.

Que cachorro lindo, pelo cinzento e os olhos da mesma cor. Pequeno, mas que irá ficar grande.

- Senhor, aquele cachorro cinzento é de porte grande?
- Ele é um American Staff, vai ficar enorme, mas este tipo de cães são muito fies aos donos e adoram crianças.
- Eu quero ficar com ele se fosse possível.
- Só tem de fazer o registo ali na entrada.
-Obrigado.


Fui para casa com o cachorro e decidi dar o nome de Átila.

- Mãe, pai, este aqui é o Átila, vai ser o meu companheiro quando me mudar.
- Mas filha você não se está a precipitar?
- Pai eu sei o que quero, você apoia e a mãe também, vou me mudar.
- Quando começa as mudanças?
- Este fim de semana, tenho folga lá da sorveteria.
- Está bom.

O fim de semana chegou e o dia esperado de começar as mudanças chega. Carrego tudo para o camião das mudanças e vou em rumo até a minha nova casa mais o meu companheiro.

Arrumo tudo no sítio e limpo o pó da casa, abro as janelas e as varandas e fico apreciando a vista privilegiada que eu consigo obter através do meu apartamento.

Tenho um apartamento tão grande, vou me sentir ainda mais sozinha, a sorte é que não existe melhor companhia que a de um animal.

Duas semanas se passaram e eu não tinha notícias da Natasha e a Nicole tinha se aproximado um pouco, talvez consigamos ter uma amizade.

O trabalho na sorveteria está a ser exausto, o verão começou e há mais clientes, sozinha não dou conta do recado. Tenho de falar com a minha patroa para ela me arranjar um ajudante.

- Boa tarde Júlia tudo bem?
- Olá Vitória, precisava de conversar contigo.
- Vai me despedir?
- Longe disso! Tu és um enorme pilar nesta sorveteria, queria perguntar algo.
- Está à vontade.
- Tu tens um curso de contabilidade não tens?
- Sim.
- Queria te promover para minha secretária, serves à mesma ao balcão, mas ajudas na burocracia da sorveteria, ganhas mais grana e tens um horário mais flexível.
- Por mim tudo ótimo, mas eu precisava de uma ajuda, sozinha não dou conta do recado.
- Já tratei disso, arranjei uma nova empregada, que te irá facilitar muito a vida, ela chama-se Leonor e está na sala dos arrumos à tua espera, preciso que a orientes é que expliques como é que isto funciona por aqui.
- Está bem Júlia obrigado.
- Obrigado eu.

Chego na sala dos arrumos e não acredito no que vejo, a Leonor é uma mulher linda, ruiva com os cabelos encaracolados, olhinho verde é uma boca bonita.

- Tudo bem? Sou a Vitória e sou eu que te vou orientar por aqui.
- Olá! Sim tudo bem agora! Sou a Leonor, prazer.
- Prazer é na cama guria rsrs. Sou a Vitória. Vamos ver como se trabalha?
- Vamos.

O expediente terminou e a Leonor é muito legal, descobri que mora aqui à pouco tempo, está solteira, e curte da fruta, também gosta de ppk rsrs.
Ela me passou o seu contacto porque pode ser preciso.

Semanas se passaram e eu já tinha esquecido a Natasha.
Tenho uma ótima amizade com a Leonor que é uma louca sexy.

~chamada ON~
- Vitória?
- Leonor?
- Podes me ajudar?
- O que se aconteceu? Porque é que tu estás chorando?
- Os meus pais me puseram na rua.
- O quê? Porquê?
- A minha ex namorada falou para eles que eu sou lésbica.
- Onde estás?
- Em frente à sorveteria.
- Até já.

~chamada OFF~

Pego a Leonor e trago ela cá para casa.

- Podes ficar cá o tempo que precisares. Irei estar aqui para tudo o que tu precisares.
- Obrigado, eu nem sei como te agradecer.
- Não precisas agradecer.
- Preciso sim e eu até sei como te posso agradecer...
- Como?

Ela se levanta do sofá e senta no meu colo, morde a minha orelha e sussurra:
- E se falássemos sobre isso no teu quarto?
- É algum assunto delicado?
- Bastante...

Pego ela no colo e beijo a boca dela. Vou em direção ao quarto e deito ela na minha cama, arranco as roupas dela e ela as minhas e perdemos a noção do tempo...

A Paixão de um Sorriso (Romance Lésbico)Where stories live. Discover now