Capítulo 4

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P.O.V Dakota Johnson

Quando pequena meu sonho era ser médica, mas quando perdi  minha mãe, em um acidente de carro me dei conta do quanto a vida é injusta, pois nem eu nem meu pai merecíamos ficar sozinhos. Quando o desgraçado do motorista foi condenado há pouquíssimos anos de prisão por seu crime, Don entrou em depressão e eu resolvi que seria policial para não deixar que mais pessoas inocentes se ferrassem na mão desses bandidos. 
Em meio a tudo isso, uma pessoa nunca saiu do meu lado. E era Jamie, meu amigo da vida toda. De homem, com certeza ele foi e é meu melhor amigo, sempre me apoiando e vice-versa, nunca deixou de ser alguém importante para mim. 
Há algum tempo descobri que sou apaixonada por ele, mas tive de manter esse sentimento em segredo de tudo e de todos. 
Primeiro, porque ele estava casado com outra mulher. 
Depois porque quando se separou, iniciei um relacionamento com outro homem e fiquei sem coragem de me declarar, até porque o rapaz com quem estava era do bem e não merecia que o magoasse, pelo menos não naquele momento. 
Sofri calada todo esse tempo, tentando afogar esse amor que tenho no meu peito, mas não foi nem um pouco fácil. 
Fiz de tudo para esquecê-lo. Namorei outros caras, transei e experimentei quase todo tipo de relação, mas não adiantou de nada porque sempre me pegava  pensando nele dia e noite, mas parecia que ele me via apenas como amiga. 
Quando Jamie me chamou no estacionamento, tive a maior surpresa da minha vida. Ele estava tão diferente. Mais bonito, mais sexy, charmoso. Não que já não fosse bonito antes, mas é que agora está de tirar o fôlego! Gostoso pra caramba. 
Já estava me preparando para me declarar, quando o vi na balada se pegando com outras garotas. Fiquei com uma raiva daquelas, mas passou. Como cobrar algo dele se ele não conhecia meus sentimentos? Seria muito nada a ver. 
Quando Jay me convidou pra jantar, fiquei tão ansiosa! Passei horas procurando uma roupa para usar. Queria estar linda para ele. Optei por um vestido preto sexy, pois sei que essa cor cai muito bem em mim e me deixa sexy.
Quando meu Dornan favorito tocou a campainha, meu coração se acelerou. Demorei um pouco para abrir, pois estava dando uma última olhada no espelho, pra ver se fiquei bem. Abri a porta e vi o quanto ele estava lindo e sedutor.
Fiquei um tempo parada, olhando para aquele rosto belo, milimétricamente perfeito e  aquele corpo que cada vez mais ficava torneado. O meu desejo era de agarra-lo ali mesmo mas sei que não deveria. 
Se controle Dak, se controle.
O chamei para entrar e ele começou a dizer umas coisas estranhas e que confesso, estavam me deixando maluca. Fomos jantar e ficamos trocando olhares o tempo todo, até que ele disse que tinha uma coisa pra me dizer.
Quando ouvi de seus lábios "Eu te amo, Dakota", fiquei sem reação. A única coisa que consegui fazer foi chorar. Eu nunca imaginei que ele tivesse esse sentimento por mim. Era recíproco e perdemos anos e anos de bons momentos que poderíamos ter tido. 
Antes que pudesse lhe dizer alguma coisa, ele me puxou para um beijo. Desejava aquilo há tanto tempo e queria aproveitar cada segundo ao lado dele. Primeiro Jamie  me deu um selinho demorado e se afastou. 
Ficou me olhando assustado, acho que esperando que eu lhe desse uma bofetada, mas como não dei, voltou a me beijar dessa vez, com mais intensidade, mais vorazmente. Nossas línguas travavam uma batalha da qual as duas saíriam vitoriosas. 
Ele parecia meio receoso em me tocar, mas eu já estava maluca! Esperei a vida inteira por isso e agora não vou deixar passar a oportunidade, por isso vou com isso até o fim. 
Minhas mãos foram logo para debaixo da camisa dele deslizando sobre aquele abdômen com algumas gordurinhas, mas confesso que gosto disso. Ele foi me levando até a sala e nos deitamos no sofá, ele por cima de mim, mas sem colocar todo o seu peso sob meu corpo. 
Podia sentir sua ereção por dentro da calça e aquilo me deixou ainda mais excitada para tê-lo dentro de mim, ainda mais quando Edward começou a beijar e dar chupões no meu pescoço. 
— Jamie... - Gemi. 
Ele continuou distribuindo beijos e carícias pelo meu colo, enquanto eu arranhava suas costas e bagunçava seus cabelos. 
Fomos incomodados por um irritante barulho. Era o celular dele que se afastou de mim e tirou de seu bolso o telefone, dando uma olhada para a tela e fazendo uma careta de fustração.
— Desculpa, tenho que atender. - Lamentou sem jeito. Reparei em seu rosto que estava bem corado.
Achei tão bonitinho!
— Tudo bem. - Respondi ainda ofegante.
— Alô? Agora? O que aconteceu? Ok, estou indo para aí. Avise o resto da equipe. Até! - Desligou e sentou-se no sofá. 
— O que foi? - Perguntei curiosa. 
— Temos um novo caso. Parece que tentaram matar o prefeito e assassinaram a esposa dele. O filho dos dois está desaparecido, temos que ir. - Me levantei do sofá assim que ouvi aquilo. 
— Está bem. Vou me trocar, Jamie. Já volto. - E saí de perto dele, indo para meu quarto. Coloquei uma calça jeans,  camiseta roxa e um casaco cinza, além de botas de cano alto. Prendi meus cabelos num coque, peguei minha arma, distintivo, documentos e voltei para a sala. 
Jamie estava olhando para a janela, mas ao ouvir meus passos se virou para me ver. 
— Jamie, acho que temos que conversar. - Falei séria.
— Eu sei, mas agora temos que trabalhar. - Respondeu desviando o olhar e indo para a porta.
— Como quiser. - Concordei dando de ombros.
[...]
Fomos no carro dele. Praticamente calados até a casa  do prefeito. Estava sem saber o que fazer, se fosse em outro momento estaríamos conversando como amigos que sempre fomos, mas agora não somos só amigos, na verdade nem sei o que realmente somos. 
Chegando lá, nos deparamos com Victor, Eloise e Luke.
— O que ouve? - Jamie perguntou olhando para seu cunhado. 
— Alguns homens armados invadiram a casa do prefeito por volta das sete horas e levaram o filho dele, de onze anos. Esfaquearam ele e sua esposa que estavam no quarto. A mulher morreu, mas o prefeito foi levado para o hospital em estado grave.  Victor está falando com uma  testemunha, a empregada da casa. - Falou apontando para o moreno que conversava com uma senhora. 
— Luke, vá até o hospital e tente ver se consegue alguma coisa com o prefeito. - Jamie ordenou e ele fez sinal de positivo com a cabeça e se afastou indo até uma das viaturas. - Dak, dá uma olhada lá dentro. 
— Okay. - Me afastei deles, fui até uma das viaturas pegar uma câmera, entrei na casa e  comecei a tirar fotos do local quando Eloise desceu as escadas da mansão e se aproximou de mim. 
— Achei alguns fios de cabelo no quarto do garotinho. São loiros e semelhantes ao do Connor, filho do prefeito. Vou mandar para análise dos peritos. 
— Por quê a perícia ainda não chegou?
— Estão ocupados em outra cena de crime e você sabe que na nossa cidade tem poucos recursos. 
— Okay Elô. - Continuei tirando fotos e subi as escadas até o quarto do casal. 
O corpo da senhora ainda estava lá e como os legistas já iriam retirar, aproveitei para tirar umas fotos pra facilitar o trabalho da perícia. O quarto estava cheio de sangue e a cena me pareceu muito semelhante com a de um caso anterior. 
— Você estava com o meu irmão? - Eloise perguntou curiosa.
— Eu? Por que diz isso? - Me fiz de desentendida.
— Vocês chegaram no mesmo carro e tem um chupão enorme no seu pescoço. Tá rolando algo que não sei? - Perguntou com um ar malicioso na voz.
— Vamos focar no nosso trabalho, Eloise. Depois conversamos sobre isso.
— Então tem novidades. - Concluiu.
— Tenho sim! - E sorri, quando Jamie entrou no quarto com uma cara nada boa. 
— Está tudo bem maninho? - A loira pôs a mão sob o ombro dele. 
— Eu já vi isso. Esse caso é simplesmente idêntico ao da Amy, a única diferença é que um dos pais sobreviveram por muito pouco.
— Se forem os mesmos criminosos, podemos estar lidando com serial killers.

Espero que tenham gostado meninas 💚
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