Chapter 18

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“Só nos damos conta da falta que a pessoa nos faz até a perdermos. ” A frase mais verdadeira e sensata, aquela que se vem a repetir vezes sem conta na minha cabeça. Nunca pensei que aquela miúda que desprezei, que maltratei, fosse afinal algo tão importante para mim.

“ 95...”“96...”“97...”“98...”“99...”“E... 100.” Levantei-me do chão frio e passei uma pequena toalha verde pelas gotas de suor da minha testa, fazer exercício físico sempre fora uma maneira de deitar cá para fora, receios, medos, raivas. Agarrei-me a um pedaço de ferro saído do tecto, e , puxei-me para cima, suportando o meu peso nos braços, e levantando-me mais 15 vezes. Desci daquilo e passei novamente a toalha por mim, estava estafado. Fui á casa de banho, liguei a água quente do polibã, e , olhei-me ao espelho, fiz a barba, despi a minha roupa e entrei dentro do polibã. Ao fim de 10 minutos saí debaixo da água quente, cobri a parte de baixo com uma toalha, e sequei ao de leve o meu cabelo com outra. De repente, a porta abre-se e de lá entra a pequena Amber.

“ Amber o que é que eu te disse á cerca de entrares sem bateres á porta?” tentei fazer um tom severo, sem êxito porém. Amber tapou instantaneamente os olhos.

“Desculpa Harry. Mas preciso de falar contigo.” Ela murmurou ainda de olhos tapados.

“Vai para o meu quarto e espera por mim que eu estou mesmo a ir. ” Ela não disse nada, apenas saiu.

(...)

“Maddie precisamos de falar. ”

“Sobre? ”

“Dá para te encontrares no Starbucks comigo, daqui a 10 minutos? ”

“Claro... Harry estás a deixar-me preocupada. ”

“Até já Maddie. ”

Desliguei a chamada.

Não passaria de hoje.  Tem de ser, para seu bem, e , acima de tudo para MEU bem.

“Vou sair, não sei quando volto.”  Disse a Olívia que se encontrava com Amber e Susan na sala.

Peguei  nas minhas chaves que tinham um porta-chaves qualquer dos Rolling Stones e afundei-as juntamente  com a minha carteira no fundo dos bolsos das calças justas que usava. Vesti um blusão preto por cima de t-shirt em ‘v’ branca e usei um gorro igualmente preto que prendia alguns caracóis selvagens que insistiam em cair na minha testa. Estavam uns 3 graus negativos mas, com aquele blusão não tinha frio nenhum, e, aliás, aqui em Londres as lojas e os cafés estão sempre muito quentes.

Entrei dentro do carro, e, logo a música You Found Me dos The Fray soou por todo o meu carro. Sussurrava alguns versos que me ia lembrando, e , rapidamente estava enfrente do estabelecimento verde. Estacionei o carro, e , saí, olhei  e vi que Maddie estava em frente dele a acenar-me com a sua mão magricela. Engoli a seco, e , calmamente dirigi-me a ela. Vá lá Harry, não sejas coração mole. Por favor. Por ti.

“Bom Diaa.” Ela disse na tentativa-falhada porém-  de me beijar. “Ui, alguém acordou com os pés de fora.” Disse-me sarcasticamente. “outra vez.” Disse, mas agora entre dentes. É verdade, afinal, já não a beijava á um mês.

“Vamos entrar.” Apenas disse. Sentámo-nos numa mesa a um canto.

“ Bom dia. Que desejam?” Um empregado loiro de olhos azuis e alto perguntou.

“ Eu era um frapuccino de caramelo com um queque de chocolate.” Pedi.

“Não sei...” Maddie disse. “O que me aconselha? ” Ela voltou-se para o empregado.

“ Milkshake de caramelo é óptimo.” Ele sorriu e piscou o olho a Maddie. Ela olhou para mim, e, acho que ela estava á espera de algum tipo de reacção ciumenta da minha parte. Nada. Se ele quiser ficar com ela, que fique, eu agradecia.

“ Milkshake de caramelo será então. E um croissant de ovo por favor.” Ela sorriu e o empregado saiu. “Oh meu deus, que atiradiço aquele empregado.”

“ Por amor a deus Maddie, ele estava só a tentar ser simpático” Eu meio que estava a constatar o obvio.

“Por tu seres tão ingénuo é que eu já...” Ela calou-se a meio, ficando nervosa. E com cara de quem disse asneira.

“ Tu já o quê Maddie? ” Perguntei intrigado.

“ Eu já...”

“Desembucha Maddie.”

“Harry, eu traí-te. Mas foi só um caso de uma noite, eu, eu juro, não significou nada para mim.”

“Que vaca. Oh meu deus Maddie, eu com tanto medo de te magoar, e, afinal, eu é que andei a ser a cara podre, para não dizer pior. ”

“Não te faças de vitima, tu e a Elena, não me venham dizer que eram só bons amigos.”

“Éramos, e sabes porque é que não somos mais? Porque tinha medo que te chateasses, e desistisses de viver, medo de te magoar.” Estava perplexo.

“ Harry o bonzinho da história, vais dizer que não ouve nem um beijo?”

“Não,não houve. E sabes porquê? Porque eu tinha uma namorada, e pensei o quão seria mau traí-la, afinal de contas, tu andavas-me a trair. Esquece Maddie acabou. ”

“Não Harry, não podes fazer isto.”

“Já fiz.” Tirei da carteira 10 pounds (10 libras) e pus em cima da mesa. “Tem um bom dia Maddie.” Dei o sorriso mais cínico que tinha e saí. Estava chateado, ela traiu-me, eu feito estúpido este tempo todo a fazer de tudo para que não a magoar e ela andava-me a por os cor*os.

Não consigo mentir, eu estou feliz, porque, eu ia acabar com ela hoje, meio que assim não foi minha culpa, ela não pode usar isso contra mim, pode? Claro que não.

“Este será apenas o começo .” Escrevi uma mensagem a Elena e enviei.

“Hum? Traduz.” Ela respondeu.

Nada respondi, apenas conduzi para o único sitio que precisava agora. Para a casa da minha miúda.

** Heyy, lamento estar pequeno, mas, como disse é para por mais rápido. Em relação aquela gralha que fiz sobre a Melissa, considerem-na mais nova que elena, uns meses porém, mas que esta na mesma no grupo do Harry. E desculpem :( foi algo que não planeie bem... 

 Love yaaa <3 **

When the love isn't easy♥ - YMMFG Sequel (ACABADA)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant