Mas, depois de caminhar muito tempo, o pequeno príncipe enfim descobriu uma estrada. E todas as estradas levam aos homens.
— Bom dia — disse ele, ao encontrar um jardim florido, cheio de rosas.
— Bom dia — disseram as rosas.
O pequeno príncipe olhou para elas. Todas eram muito parecidas com a sua flor.
— Quem são vocês? — perguntou, estupefato.
— Somos rosas — disseram as rosas.
— Ah! — exclamou o pequeno príncipe...
E sentiu que era infeliz. Sua flor tinha lhe contado que ela era única de sua espécie em todo o universo. E ali estavam outras cinco mil, todas parecidas, num só jardim!
Disse, então, para si mesmo: "Ela morreria de vergonha se visse isso... começaria a tossir muito, fingindo morrer para fugir do ridículo. E eu me sentiria obrigado a logo cuidar dela, pois, do contrário, ela poderia se deixar morrer de verdade..."
Depois, ainda pensou: "Eu me achava rico por ter uma flor que pensava ser única no mundo, e possuo apenas uma rosa comum. Com ela e os meu três vulcões, que batem nos meus joelhos, não chego a ser um príncipe muito importante..." E, deitado na relva, ele chorou.
ESTÁ A LER
O Pequeno Príncipe
FantasyAutor. Antoine de Saint-Exupéry Tradução e Adaptação. Leila Villas Ilustração. José Márcio Nicolosi Editora. Girassol Maurício de Souza Começada:21/11/2016 14:09 Terminada: Em andamento