Yan e a liberdade condicional

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- Mulher!... - Jean sorri e balança a sobrancelha e faz Yan rir desconcertado.

- Nunca mais vou me casar!... - Diz ele desanimado. - Não tenho sorte... Todas que eu me apaixono e quero construir uma vida... Morrem!

- Que horror!... - Jean termina de por á ultima camisa e fecha as portas. - Não generalize assim sua vida!... Pode muito bem encontrar alguém que não vá morrer!

- Só se fosse à loura platinada com raiva do mundo e dos homens!... - Diz ele de supetão.

Jean começa a rir sem parar e Poe a mão na cintura e o olha achando divertido.

- Você tem razão!... Às vezes acho que ela nem de homem gosta!... - Ele ri.

- Puta merda!... - Ele passa a mão no rosto. - Célia quando me apresentou os pais foi uma festa, todos achavam que ela era gay, só por que dividia o apartamento com uma amiga de faculdade... - Ele balança a cabeça se divertindo ao se lembrar daquele dia.

- Jura?!... Célia, Gay?!... - Jean ri mais ainda. - Realmente os pais dela não a conheciam!

- Por que fala isso?... - Yan o olha desconfiado.

- Bom!... - Ele coça a cabeça. - Ela e Sammy tiveram um namorico rápido quando treinou com a gente para se tornar uma agente infiltrada da INTERPOL.

- Então... Ela era agente mesmo?!

- Sim!... Mas era confidencial Yan, para todos ela era apenas uma estudante de advocacia e mecânica.

- Que... Filha da mãe!... E ainda namorou o Sammy?!

- Não foi bem um namoro... Foi... - Ele fica sem jeito.

- O que estão falando de mim?... - pergunta Sammy entrando no quarto.

Yan e Sammy se encaram, e ele acha estranho o olhar do amigo.

-Por que nunca me disse que teve um caso com Célia?... -Pergunta Yan chateado.

-Por que não foi importante!... Só você conseguiu aguentar aquele gênio do cão!... - Diz ele se virando e voltando para a sala, Yan vai a traz.

- Gênio do Cão?... - Yan pega em seu braço. - Me explique esse gênio, por que não o conheci!

- Célia era arredia, Yan!... Não era tudo que aceitava e me encarava quando se sentia contrariada ou pressionada!... Quis Célia como você quis, mas ela me rejeitava e me queria... Até que foi embora, sem dizer adeus!... Essa era Célia!... Mas depois descobri por que era assim!... Um tal de Eduardo vivia perseguindo e não dava paz... Resolvi esquecer... Era doentio ver Célia ser dominada tão fácil.

- Você conheceu esse cara?!... Acha que mesmo comigo o amava?!

- Não!... - Sammy sorri passando tranquilidade. - Ela realmente te amou!... Era visível em seus olhos e o que ela fez por você, muitas não fariam!... Rarven foi uma destas que se mandou e te largou no meio do fogo cruzado, mas Célia!... Essa apanhou muito para não te entregar!

Sammy enxuga o canto do olho ao se lembrar de como ela estava pendurada e praticamente morta e sem conseguir segurar ele chora.

- Nunca mais quero ver o que eu e Jean e Gaby vimos naquele navio... Jamais vou me esquecer da cena. - Ele se senta no sofá.

- Me conte como ela estava?... O que fizeram com ela pelo amor de Deus!... - Yan se senta a sua frente, sua voz era de suplica.

- Não consigo contar!... Mas acredite... Foi horrível e não queira saber, nunca queira saber... - Ele se encosta e olha para fora, o dia estava lindo, mas fazia frio e secas as lágrimas.

- Jean?... Conte-me!...- Yan o olha sobre o ombro.

- Melhor não Yan!... Conserve sua imagem na memória, viva e alegre como sempre foi!

- A ultima vez que vi Célia ela me expulsou de casa...

- Bem!... Essa parte eu explico!... - Jean se senta a sua frente. - Assim que desceu do carro tivemos uma conversa, eu a informei de que você vinha se comunicando com seus pais por e-mail e através destes e-mails você foi descoberto e já sabiam onde acha-lo e precisávamos tirar você de casa, Célia insistiu em ficar e por você para fora, seria a única maneira de te proteger... Falei para não fazer isso, mas ela queria terminar logo com esse sofrimento e fez o que fez.

- Foi minha culpa!... - Ele passa a mão nos cabelos exasperados.

- Não foi sua culpa... Uma hora ou outro eles te achariam, era questão de tempo!

- O que aconteceu?... Como pegaram Célia?

- Ela não conseguiu chegar ao quarto de segurança... Foi baleada superficialmente, mas conseguiu matar um... No navio ela matou três!... - Ele sorri. - Célia era boa no gatilho!

- Imagino!... Gostaria de vê-la em ação, deve ser emocionante!... – Ele sorri. - Essa moça... Biderman!... O que aconteceu com ela?... Me disse que também foi vitima desses canalhas!

Sammy e Jean se olham e Jean volta a olhar para Yan e respira fundo e se cala e balança a cabeça negativamente.

- Também não vai me contar sobre isso?!

- Não!... - Jean baixa a cabeça demonstrando tristeza.

- Ela não namora?... Não tem ninguém?

-Vive para o trabalho e tem sede de vingança que nos assusta até!

Yan franze o cenho, queria entender melhor.

- Diz que só vai esperar o julgamento... E vai matar Jacob... Ela mesma disse isso a ele quando ficou cara a cara no presídio logo que chegou...

- Acha que fará isso?

- Acho!... - Diz Jean torcendo a boca.

- Jesus!... - Yan Poe o braço no encosto do sofá e fica pensativo. - Pode ser presa por isso e perder a patente e o emprego.

- Não tente entender a mente de Julia!... Não vai conseguir!... - Diz Sammy.

- E você conhece bem a mente dela?

- Não!... Mas já vi mulheres vingativas... E são pior que monstros famintos!

Todos se calam, Sammy se levanta e vai para a cozinha e esquenta o almoço que tinha na geladeira de um restaurante próximo dali e chama todos para comer.


YAN (volume 1)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora