Tortuga e a comunidade preparam surpresa

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Ao colocar o terno com calma e se olhando no espelho se lembrou de quando decidiu se casar com Rarven e de relance viu sua imagem ao seu lado, sorrindo feliz e ele sorriu com ela, seria seu casamento como se nada daquilo estivesse acontecido e não teria conhecido Célia, como era linda, inteligente, brava e teimosa, mas era gostosa e sabia fazer amor, era fogosa e se deliciava em seus braços, valia a pena estar se casando com Célia, o protegia, lhe deu uma família que o ama como filho e se lembrou de seus pais, gostaria que estivessem lá para verem e compartilhar deste momento, mesmo que seja de mentira, uma forma que os amigos arrumaram para agradecer Célia que sempre foi prestativa e atenciosa com todos, sua casa quando vazia era abrigo para mulheres com problemas com o marido quando se separavam e recebiam ameaças e ficam lá até arrumarem um local, ajudava com ações na justiça e nunca cobrou nada de ninguém, era uma ótima advogada mesmo não sendo formada, mas trabalhava com o advogado da empresa de seu pai, por isso conseguia registrar ações; Assim que se viu pronto sorriu para ele mesmo e Tortuga o tirou de dentro da casa e o levou para a igreja do pai.

Célia lutou para não por o vestido de noiva, mas acabou rendida e a vestiram e se olhou no espelho, era um tomara que caia justo de cetim branco, Maria ajeitou seu cabelo e fez um belo coque e enfiou o véu embaixo do coque e puxou para frente uma parte, a maquiagem foi leve e deram destaque ao batom vermelho acetinado e a viraram para o espelho que se espantou a se ver tão linda e elegante, sentiu vontade de chorar e se lembrou de Renato dizendo como gostaria vê-la vestida de noiva, a musica já estava escolhida, só faltava se formar e esperar mais um ou dois anos para se casarem, não tinham presa, queriam ter condições para isso, Célia mesmo sendo filha de pais ricos, não gostava de se aproveitar disso, gostava de trabalhar, para aceitar o apartamento foi uma briga, aceitou por que a deixaram pagar por ele todos os meses, sem juros é claro, mas ela trabalhou e pagou. Maria a abraça ao perceber que queria chorar e Selma fez o mesmo.

_ Não pode chorar agora!... Deixe para chorar quando ver o noivo e ele disser sim!

Célia ri ao ouvir aquilo e enxuga o canto do olho.

_ Tem que ser assim mesmo não é... Por que se ele disser não, aí eu posso chorar!

_ Isso mesmo!..._ Selma ri com ela.

As duas a ajudam a sair de casa, Sandra está parada em um táxi em frente à casa de Célia achando que Renato está com ela e se espanta ao ver Célia linda de noiva e sorrindo contente, um cortejo de mulheres da comunidade foi a traz dela cantando uma musica regional do nordeste, Célia recebe o buque das mãos de uma menina e ela se abaixa para beijar a pequena e agradece e mostra o buque para todos e vê Sandra dentro do táxi e para e sorri, fala algo para uma das senhoras que olha para o táxi e concorda com a cabeça e vai até ela, enquanto isso todas as mulheres abraçavam Célia e desejavam felicidades.

_ Venha!... Célia pede para nos acompanhar para o casamento!... _ Diz Maria apoiando a mão na janela.

Sandra consente com a cabeça e desce do táxi assim que paga e as segue, sua barriga esta pesada e Célia não diz nada, apenas sorri e segue cantando com todas, á igreja está lotada e ela sorria contente, tudo estava sendo divertido e a posicionaram na porta da igreja, iria entrar sozinha, respirou fundo, Sandra ainda a olhou desconfiada e foi puxada para entrar na igreja e foi o que fez, entrou procurando por Renato, mas não achou e se sentou bem na frente com Selma e Maria e aguardou.


YAN (volume 1)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora