A leve brisa do vento que nos acaricia a face
Como se todo o tempo do mundo fosse impossível de alcançar
Como se o tempo parasse naquele exacto momento
E agora tudo o que vejo em meu redor é uma lembrança.
A saudade que tenta colmatar a minha dor e só a aguça
Mas esse tempo incólume tem um fim.
Sou o senhor do tempo, aquele que decide quando
o tempo corre como se tivesse atrasado
aquele que o faz parar e ficar preso num momento.
O tempo é meu servo,
obedece-me com prazer.
Foi criado para mim, e para todos aqueles,
que como eu,
um dia tiveram a audácia de querer voltar atrás.
Manipulando o tempo como se fosse um pião
Sempre a girar, quando queremos
e para onde o queremos lançar.
Prendemos-nos a nós e à nossa mente ali
ali sendo aquele momento que queremos
e ali ficamos
Ali sendo o sítio onde nos desperdiçamos.
Mas o tempo não pode parar,
por mim, por ti, por ninguém
E o tempo revolta-se contra mim
Rompe as amarras que lhe pus
Foge, avança, deixa-me desamparado
E agora sou eu atrás do tempo que deixei para trás
Ali, onde me perdi.
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Ego
Non-FictionO que sou em pedaços de papel, em linhas tortas escritas por aí. A alma diz olá, o coração diz adeus. A mente acorda. Eu apenas eu, nestes textos sou eu, e se um dia deixar de ser eu, retornarei aqui, àquilo que um dia eu fui.