Começo por iniciar isto sem sequer saber o título, ou o tema.
Sei apenas uma coisa, sei que preciso, que isto é mais do que puro prazer, que é uma necessidade inerente a mim, tal necessidade nasceu e cresceu comigo.
Não sei afastar-me dela por mais que tente.
Posso passar dezenas de dias sem escrever, mas há de haver um em que todo o desejo me irá subir às pontas dos dedos, o fogo ardente inconsistente vai subir-me pelo corpo, aquecer-me a alma, dar-me e libertar o meu desejo por isto.
Letras irão começar a aparecer, a desenrolar-se, a minha cabeça a 1000 pensando em diversas palavras, sentidos para dar ao que escrevo, inícios e finais, tudo numa mirabolante bola de palha dentro da minha cabeça.
Acalmo-me. Respiro fundo.
Observo o meu trabalho delicadamente e com olhos de lince, como se fosse a maior obra prima já alguma vez vista.
Corrijo os erros, leio e releio para confirmar se há algo que possa mudar.
Está bom. Esforço-me para ganhar coragem para o meter aqui. Não é simples.
Deixar que outras pessoas vejam uma parte de mim, o que penso, o que está dentro da minha complexa mente.
Publico-o aqui.
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Ego
Non-FictionO que sou em pedaços de papel, em linhas tortas escritas por aí. A alma diz olá, o coração diz adeus. A mente acorda. Eu apenas eu, nestes textos sou eu, e se um dia deixar de ser eu, retornarei aqui, àquilo que um dia eu fui.