Não sei o que estou fazendo. Ao mesmo tempo em que quero que ele fique o mais longe possível, gosto da proximidade quando estamos assim. Por que ele tem que me deixar tão confusa?

  Levo as mãos à sua nuca e continuo o beijo, que começa lento, mas vai se tornando mais intenso com o passar dos segundos. Sinto sua língua percorrer o interior da minha boca, ao mesmo tempo em que sinto sua excitação encostada em mim, o que me excita mais e me deixa molhada. Como todas as outras vezes em que fico tão próxima assim dele.

  Desço uma das mãos até sua ereção, passando a mão e apertando o seu membro duro por cima da calça. Ele solta um gemido na minha boca.

  — Vamos subir. — fala com a boca ainda na minha. — Fica no meu apartamento essa noite. — pede, de um jeito nada mandão e autoritário, o que me surpreende.

  — Tenho que trabalhar amanhã. — digo com a mão ainda sobre a sua calça.

  Ele puxa o meu lábio com o dente. — Eu sou seu chefe. Você não precisa ir.

  Minha Nossa Senhora das Mulheres que ficam loucas com caras malucos e sexy, por favor me ajuda. Não sei o que dizer e muito menos o que sinto por ele. É um misto de raiva e desejo, uma mistura que não sei dizer qual é. Só sei que, mesmo depois de tudo o que aconteceu, não deveria voltar ao seu apartamento. 

  Concordo com a cabeça e nos separamos, indo andando lado a lado até a portaria, com uma nuvem de desejo no ar, mas nos comportando como se nada estivesse acontecendo.

  Por que ele me deixa assim?

  — Zé, você pode guardar o meu carro depois, por favor? — pede de modo educado, jogando a chave para o porteiro, que a pega no ar habilidosamente.

  — Claro, senhor Alexandre. — concorda.

  Não consigo não revirar os olhos ao ouvir o porteiro chamá-lo de senhor. Isso é tão estranho!

  Ele aperta o botão do elevador e enquanto esperamos, tento não olhar para ele. Contrariando todas as outras vezes que queria o máximo de distância possível, hoje quero ficar o mais perto que puder. E não posso agarrá-lo aqui.

  O elevador chega e após entrarmos e a porta se fechar, meu olhar se encontra com o seu, que está mais escuro que o normal.

  — Não dá para esperar mais. — fala, me agarrando e me levantando de modo que fique com as pernas em volta da sua cintura.

  Envolvo os braços em seu pescoço e começamos um beijo intenso, com nossas línguas se entrelaçando e percorrendo o interior da boca do outro. Aperto as pernas na sua cintura e sinto sua ereção, o que faz com que uma pulsação comece a se espalhar de minha boceta para todo o meu corpo.

  Ele anda, me encostando na parede do elevador e descendo os lábios até o meu pescoço, por onde passa a língua e dá algumas mordidinhas que fazem com que todos os pelos que tenho no corpo se arrepiem.

  Passo as unhas pela sua nuca, descendo a mão e passando as unhas pelas suas costas.

  A porta do elevador se abre no andar de seu apartamento e saímos do elevador, eu enroscada em sua cintura e com o vestido no quadril e ele com sua excitação cada vez mais protuberante.

  Ele leva uma das mãos ao bolso e tira a chave para abrir a porta. Aproximo a minha boca da sua orelha, passando a ponta da minha língua por ela e mordendo-a.

  Um barulho de algo se batendo me faz perceber que ele já abriu a porta, e alguns segundos depois já estamos dentro de seu apartamento com a porta fechada.

  — Vamos ficar aqui. — falo, apontando para o sofá. Em parte porque não quero voltar ao quarto, e também porque o quero dentro de mim o mais rápido possível.

  Ele dá alguns passos até ficar em frente ao sofá e se inclina, me colocando sobre ele.

  — Vire. — ordena. Pronto. Estava demorando. —É só para abrir o seu vestido. — explica ao ver minha testa franzida.

  Viro e ele leva uma das mãos até o fecho e o abre, descendo o vestido e me despindo.

  Quando viro novamente para ele, ele está me olhando do jeito mais intenso que alguém já me olhou antes.

  — Também preciso. — digo, sentindo o desejo aumentar cada vez mais.

  Uma expressão confusa passa pelo seu rosto. — Precisa do que? — pergunta.

  Mordo o lábio. — Que você me foda.

  Seu olhar se estreita um pouco e tenho a impressão de ver um dos cantos da sua boca se levantar em um quase sorriso. Mas não tenho certeza.

  Em um gesto rápido ele se despe de sua camisa e em outro, mais rápido ainda, do seu sapato e sua calça.

  Fico ainda mais molhada ao ver sua cueca marcada por sua excitação. Ele está tão duro que fico excitada só de olhar. E, não sei como, ele consegue ser ainda mais lindo e gostoso sem roupa.

  Ele se aproxima do sofá, parando na minha direção e olhando nos meus olhos.

  — Você quer que eu te foda? — pergunta, mais parecendo estar pedindo permissão do que estar querendo me ouvir implorar por ele.

  — Mais do que tudo. — respondo, puxando-o para cima de mim.

  Não sei de onde tirei esse raio de resposta e não quero nem pensar em quão idiota soou. Na verdade, não quero pensar em nada. Quero apenas senti-lo dentro de mim. 

Meu chefe dominador (Degustação)Where stories live. Discover now