Capítulo 14

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  Ele está me olhando de um modo que mostra que não está nada feliz com o que está ouvindo. Mas o que eu posso fazer? Ele está aqui ouvindo porque quer. Eu não o convidei para vir aqui e muito menos pedi para que ele prestasse atenção na conversa. Se está fazendo isso é porque quer, então não posso fazer nada.

  — Te ligo antes para combinar. — Fábio fala.

  — Tudo bem. — concordo — Qualquer coisa eu te ligo.

  Um silêncio se faz do outro lado da linha por alguns segundos. — Não vejo a hora de te encontrar. — ele fala.

  Dou um sorrisinho. — Também não vejo a hora. — digo e nos despedimos, encerrando a ligação.

  Alexandre está sério e com os olhos tão escuros que parece o capeta.

  — Com quem você estava falando? — pergunta.

  Ele estava prestando atenção na minha conversa, está na minha porta sem ser convidado, e ainda quer saber com quem estou falando. É muita audácia.

  — Ninguém que te interesse saber. — respondo.

  Ele franze a testa, me olhando de um jeito ainda mais encapetado e entra no apartamento.

  Viro para ele. — Você não foi convidado a entrar.

  — Quem precisa de convite para entrar é vampiro. — fala de modo rude.

  — E quem entra sem ser convidado mostra que não tem um pingo de educação. — rebato e percebo que essa coisa idiota esta parecendo uma discussão infantil.

  Bufo e bato a porta. Será que ele não cansa de ser inconveniente e irritante? Mas que inferno!

  Tinha me esquecido que estava de toalha e ao lembrar que estou praticamente despida, aperto os braços ao lado do meu corpo. Ficar nua aqui é o que menos quero, ainda mais com esse... ele aqui.    

  — Onde você está indo? — pergunta ao me ver saindo da sala.

  — Me vestir. — digo.

  — Prefiro você assim. — fala, deixando o tom rude de lado e assumindo um tom sexy.

  Fecho os olhos, respirando fundo e entro no quarto sem dizer nada.

  Por que ele tem que ser tão bipolar? Eu, sinceramente, não entendo.

  Sento na cama por alguns segundos, ainda enrolada na toalha, pensando em como devo ter dançado pole dance na cruz, porque só posso ter feito uma coisa dessas para merecer isso.

  Levanto e vou até o guarda roupa pegar algo para vestir. Abaixo ficando em uma posição meio constrangedora, caso estivesse em um local público. Pego uma calcinha e antes que eu possa levantar, sinto uma mão na minha cintura e um corpo se encostando no meu.

  Droga, droga, droga! Como ele entrou aqui? Eu nem ouvi a porta se abrir.

  Levanto imediatamente, mas ele sobe um dos braços até embaixo do meu peito, me segurando e impedindo que eu me vire.

  Ficamos nessa posição por alguns segundos, nossos corpos encostados, ele apertando meu quadril e esfregando sua ereção em mim.

  — Além de entrar sem ser convidado, você invade o meu quarto? Quem você pensa que é? — pergunto, tentando me concentrar em mandá-lo para puta que pariu ao invés de me perder ao senti-lo tão perto.

  Tento ir para frente, mas ele me segura.

  — Sou alguém que quer foder você. — diz com a boca perto do meu ouvido.

Meu chefe dominador (Degustação)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora