Eu estava em um escritório, era isso. O melhor jeito de descrever aquele local, mas era um escritório diferente.
Havia uma mesa, uma cadeira e um frigobar. Uma parede com um quatro e uma impressora. E uma montagem com a história dos meus últimos 3 anos. Meu primeiro ano na escola nova na Flórida, uma foto minha na praia e várias imagens tiradas discretamente que mostravam os pontos mais importantes de todos esses anos.
Meu estômago roncou mais uma vez, a sede me consumia e o medo de saber que lugar era esse.
A porta se abriu e Tony entrou, trancando a ao passar, trazia dois sacos nas mãos.
- onde estou? E porquê você ta me deixando assim - consegui falar com a garganta seca.
- Eu peguei você para mim, Denise. Simples assim, roubei você do meu irmão. Não que ele quise se você ainda.. - ele disse com impaciência tirando as coisas da sacola. - Coma e beba água, está ficando desidratada.
Agarrei a garrafa de água e tomei todo seu conteúdo em vários goles, respirando mais aliviada o encarei.
- você vai me machucar?
- so se fizer idiotice - ele disse guardando as coisas no frigobar.
- você já tem Estella, porque precisa de mim?
- Estella a essa hora deve estar agonizando na cama se engasgando com o próprio vômito.
- você é louco.
- só um pouquinho, pessimista, talvez ou controlador...
- me deixa ir em bora. - falei com raiva.
- não posso, há muitos fatores envolvidos agora nessa enrascada, veja so. Meu pai quer você tanto quanto meu irmão, mas não vou lhe dar esse gostinho e com você aqui Henri ta fora da jogada, nesse momento ele deve estar usando o nosso brinquedo favorito, a Kat. Temos mesmo um gosto incomum.
- eu vou para outro país, ou continente, como você quiser! - resmunguei para ele.
- Quando Estella morrer, tenho direito para pegar quem eu quiser, e eu já garanti essa vaga, você. E se acha que serei como meu irmão, está enganada querida.
Tony verificou a hora e continuou:
- tenho que ir, aproveite a estádia... E ninguém irá procurarei você aqui. E falando nisso, aqui é onde planejamos o rapto das nossas donzelas, cada um tem uma sala, a cultura exige que nos trabalharemos no plano, vasculhe tudo, é sobre você mesmo.
Tony passou fechando a porta atrás de si. Comecei a chorar, como iria escapar, precisava avisar a Henri, mas como?
Após me acalmar comecei a revirar as coisas nas gavetas e armário. Havia cadernos, e a letra de Henri em Árabe estava para todos os lados. O mais escondido possível, havia um gravador.
Dei play e ele se acendeu, aliviada que ainda tinha pilhas, comecei a ouvir.
Após alguns trechos em Árabe, reconheci o sotaque forte de Henri.
"- estou a observar Denise á quase 6 meses, ela é tão quieta e mesmo quando se solta, sabe onde é seu lugar. Meu pai desconfia que estou já a procura de uma garota, mas não quero confirmar, eu não irei me casar com alguem que me teme, ou me odeia. Eu quero alguém que me ame, e por isso lhe darei escolhas... "
A mensagem acabou e eu procurei mais fitas, e por sorte, achei uma dúzia delas. Logo pus a ouvir todas.
Algumas eram relatórios formais em Árabe e 3 eram em inglês.
YOU ARE READING
My Lord
General FictionVocê pode esbarrar em um estranho, pedir desculpas e seguir sua vida. Ou ele pode planejar e lhe sequestrar ! Denise tem sua vida roubada e transformada de uma noitada para o dia pelo estranho em que esbarrou. Um pedido, uma história, uma decisão...