5

976 72 10
                                    

O pânico me preencheu. Onde eu estava? Porquê a porta estava trancada?

Me sentei na cama ansiosa e com bastante medo, olhei para um canto do grande quarto e vi uma coisa familiar: minha mala.

Corri até ela e ela estava do mesmo jeito que eu a deixei, procurei meu celular mas não estava ali. Óbvio que não, se eu havia sido sequestrada eles haviam tirado meu celular.

O pânico tomou conta de mim, o que eles queria comigo? O que poderiam fazer?

A porta se abriu e eu me levantei, assustada.

Uma mulher, baixa e branca entrou de avental trazendo uma grande bandeja.

- ei - exclamei me aproximando - onde estou? Quem é você ? O que querem?

A mulher me olhou confusa, e disse:

- não entender você, desculpe - fez uma reverência, e saiu.

Olhei para a bandeja, meu estômago roncou, corri para ela e comecei a me servir. Quando estava satisfeita, lembrei que precisava de respostas.

Bati na porta para chamar atenção de quem estivesse do outro lado.

Pouco depois a porta se abriu e a mesma mulher entrou.

- por favor- peguei em seu braço, ela soltou as toalhas limpas no chão - me diga onde eu estou! Que lugar é esse?!

A mulher balançava a cabeça assustada, ela não me entendia.

Ela correu para a porta mas eu a segui.

- me dê respostas! - reclamei furiosa mas vi que não ia dar em nada.

- senhorita Denise, vejo que já está de pé - um sotaque reconhecido falou.

Henri estava passando pelo corredor do quarto em que eu estava. Ele falou rapidamente em outro língua, árabe? E a empregada saiu.

Eu o encarei meio com raiva meio assustada.

- pode me dar respostas? - falei agressiva mas ele so deu um sorriso.

- podemos entrar e conversar se quiser.. - ele ofereceu apontando para o quarto, parecia burrice mas se quisessem me machucar, já havia de ter feito.

Entrei e ele me seguiu, fechando a porta ao passar.

- porque estou aqui? Cadê meus amigos? Onde é aqui? O que quer de mim? - falei tudo isso rapidamente e ele se sentou em uma das cadeiras acolchoadas que havia no quarto.

Após um minuto, ele respondeu:

- É perfeitamente normal que fique confusa, vamos lá - ele começou, parecia está se divertindo. - você se encontra em Dubai, na minha casa.

Como é? Dubai? Só podia ser loucura, antes que pudesse falar algo, ele continuou:

"- seus amigos creio eu, estão ótimos no hotel em Orlando. - ele deu um sorriso sem convicção e terminou - e o que quero de você, Denise. É lhe oferecer uma proposta.''

- uma proposta? - perguntei cautelosa.

- uma proposta - confirmou ele sério.

- o que acontece se eu não aceitar? - perguntei com medo.

Ele refletiu um pouco e falou:

- receio que terei que pensar em um meio de contornar isso . - ele se levantou e veio ate onde eu estava sentada, na beira da cama - mas primeiro, a proposta.

Ele me fitou por um minuto e eu estava curiosa mais do que com medo.

- minha proposta é: casa comigo?

Encarei ele por alguns segundos e caí na gargalhada.

Ele me olhou curioso e percebi que não era brincadeira.

- o que?! É sério - perguntei séria.

- claro que é Deni, porque brincaria com isso?

Fiquei calada, não tinha como responder aquilo.

- e então? - ele incentivou.

- e então o que? Não vou casar com você, um estranho - disparei e ele me olhou com aquele jeito levemente surpreso e educado.

- porquê? - ele falou se levantando.

- por que não é assim que as coisas funcionam, você so pode ser louco.. Casar com você siginifica o que? que serei sua empregada pelo resto da vida e lhe farei favores sexuais ?

- é normal por aqui esse tipo de casamento.. - ele começou - é como um trato. Não tem nada com ser empregada ou meretriz. Aqui não há escassez de Empregadas e bordeis, pode acreditar. Será um trato onde você vai ser minha esposa.

- eu não sou daqui, e não quero casar com você - falei decidida - quero ir para casa !

- para quê? - ele falou sério - para viver sua vidinha boba sem rumo? Vai atrás do Sam e casar com ele sem ama lo?

A raiva subiu em minha mente.

- saia daqui - falei apontando para a porta - Saia agora ! Seu idiota ! você acha que é quem ? Chega e fala assim comigo não tem esse direito !

Ele se levantou educadamente e se dirigiu a porta.

- voltaremos a nos falar depois, por favor se mantenha no quarto e não seja grossa com a lira - ele falou formalmente.

- Saia ! - exigi e ele se retirou.

Respirei fundo e peguei água gelada de uma jarra.

Como eu iria sair dali?

Só Henri poderia me tirar dali, quando ele volta se, iriamos conversa novamente e eu pediria educadamente para ir em bora. aquilo só podia ser loucura, casar com ele sem sequer conhece lo de verdade, sem entender nada do que estava acontecendo, ele realmente achou que eu aceitaria ?

Me deitei na cama e comecei a pensar, olhei meu quarto e vi o quanto era chique.. Henri era rico, sem dúvida nenhuma.

My LordOnde as histórias ganham vida. Descobre agora