Passava das primeiras horas da manhã quando Henri apareceu. E eu ja tinha tido todos os tipos de pensamentos e decições, ainda tentava entender esse lugar mas a certeza que eu tinha era das várias histórias tristes de diversas mulheres que ali viviam.
- Podemos ir se quiser - ele falou oferecendo o braço e eu o aceitei sem dizer nada.
Desde à saída de Dafne pensei muito sobre a proposta e tudo mais, em como todos não tiveram escolhas ao contrario de mim.
Chegamos á porta do meu quarto sem eu perceber.
- Gostou da noite ? - ele finalmente falou.
- foi agradável - falei distraída - vai querer entrar ?
- Claro.
Entramos em meu quarto e nos acomodamos, logo tirei os sapatos alto e desfiz a trança.
- Fica mais linda de cabelos soltos - ele falou me observando eu sorri sem jeito.
- Seu pai parecia diferente hoje - falei pensando - desde a outra vez em seu quarto..
- sim, ele sabe fingir bem.. mas ele gostou de você . - ele disse como se isso não o agradace.
- não sei se fico feliz ou assustada.
- é melhor os dois - suspirou ele - Tony não gostou muito, Estella costumava ser o centro das atenções..
- Mas não fiz nada - exclamei.
- foi educada, gentil e verdadeira - ele falou dando um sorriso torto - tudo o que Estella não é.
Não falei nada e ficamos em silêncio por um tempo, estava pensando se poderia falar sobre o que Dafne disse ou não.
- Conheci uma moça hoje - comecei e ele me encarou.
- não precisa dizer mais nada. - ele suspirou e continuou - ela perguntou com você foi raptada?
- com assim ? - falei confusa.
- as mulheres que tem a sorte de achar outra que fale o mesmo idioma ver ali uma amiga, mesmo que mau se encontrem, so em eventos e assim saem contando a vida uma para outra. Tem certos senhores que proíbem suas mulheres de conversar com qualquer outra pessoa.
- puxa - falei me abraçando, me sentia vulnerável. - não se conseguiria viver desse modo.
- mas eu não sou assim - ele apressou se a falar.
- não estou falando de você. quis dizer qualquer um desses senhores nojentos. - me apressei a falar. - você é diferente.
- não vou mentir para você - ele disse me encarando com certas tristezas - há mulheres que cometem suicídios, tentam matar seus maridos ou tentam se expor.
Após ver minha cara de assustada ele aproximou se de mim.
- não quero que fique com medo, nunca lhe faria mau. E eu preciso de você .. porque eu não quero ver mais pessoas sofrendo como minha mãe sofreu. - ele disse segurando minha mão - quero fazer daqui um local melhor.
Concordei com a cabeça sem conseguir falar mais nada.
- é melhor eu ir - ele falou após um tempo.
- ok - falei o levando até a porta.
- Espero que tenha ficado tudo bem entre nos - ele falou pegando minha mão.
- sim, eu estou feliz por ter sido sincero.- falei forçando um sorriso, depois dessa revelação, tudo podia ser pior para mim.
- então boa noite - ele disse passando um dedo em meu rosto, um calafrio subiu pelas costas até o pescoço. - Denise ?
- Sim?
- Posso te pedir um beijo ? - ele sussurrou já perto de mim
- Sim - falei.
Seu hálito era quente em contato com minha boca seca, ele me beijo explorando minha boca lentamente, fechei os olhos e aproveitei o beijo. Levando suas mãos para minha cintura, ele me puxou colando seu corpo ao meu. O beijo ficou mais intenso, colocando uma das mãos em meu cabelo, despejou beijos em meu pescoço deslizando a manga de meu vestido.
Fechei a porta do meu quarto novamente o puxando para mim em direção a cama. Henri me deito sobre a cama e sem parar os beijos subiu sobre mim, me encaixando nele comecei a desabotoar sua camisa logo revelando seu tórax. Passei o dedo por toda a extensão e ele sorriu.
- Vai querer continuar, Denise ? - sussurrou ele em meu ouvido.
Abri os olhos e vi o que estava fazendo.
- é melhor não - falei me sentando tentando não ficar vermelha - não agora ok ?
- Quando quiser - ele falou fisivelmente desapontado - vou indo em bora então.
- Certo - falei agradecendo pela pouca luz não mostrar meu rosto corado.
- obrigado pela noite - ele falou.
- obrigada você - falei sorrindo.
Ele me roubou um selinho e sorriu.
- Boa noite, Denise.
Fechei a porta e tentei por a mente para trabalhar, tirei meu vestido e me joguei na cama onde encontrei a camisa de Henri.
Sem pensar levei ela ao nariz, droga o que eu estava fazendo? Queria minha liberdade, viver sem muita responsabilidade ou depender de ninguém. Mas a quem eu queria enganar ? Estava começando a se apaixonar por Henri.
*Parte Henri com o pai *
- A festa está uma maravilha pai - Tony falou fechando a porta.
- Claro.. realmente filhos, estou orgulhosos de suas noivas,lindas e agradáveis.
- Pediu ela em casamento Henri ? - tony perguntou interessado.
- não - henri respondeu se servindo de whisky.
- Henri ... - Seu pai rosnou fechando os olhos. - até quando esse teatro vai durar ? Case se com ela, ela ha de aceitar.
- não farei assim meu pai - Henri falou.
- Então vou ser mais direto - ele disse se levantando - tem até o fim do ano, dois meses para casar se com ela. Se não, Tony casará com Estella que ficará tão bem ao lado do líder, está me entendendo ?
- Sim - Henri falou com frieza.
- e tem mais - ele continuou severo - desista dela, e ela não entrará em um avião... E sim irá direto para minha cama.
As entranhas de Henri se contorceram de raiva, mas ele nada demostrou.
- certo pai - ele falou bebendo sua bebida de uma vez.
- Ela é delicada, e tímida, e não percebe o quanto é bonita.. so pode ser pura e de uma inocência.. - ele suspirou e deu um sorriso que me deu vontade de socá lo- escolha filho.
Após sair da sala me deparei com Denise sentada a observa tudo, distante. Ela não percebia ou não ligava para o quanto ela era linda e cativante. Meu pai não tocaria nela, e se fosse de sua escolha, ela iria em bora. Mesmo que levasse meu coração com ela.
* fim da parte Henri *
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My Lord
General FictionVocê pode esbarrar em um estranho, pedir desculpas e seguir sua vida. Ou ele pode planejar e lhe sequestrar ! Denise tem sua vida roubada e transformada de uma noitada para o dia pelo estranho em que esbarrou. Um pedido, uma história, uma decisão...