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Passaram se dois dias desde que vi Henri, fui ao spar, escolhi roupas e organizei o armário que percebi ter peças escolhidas por mim mesma aos montes. Li muitos livros e fiquei ainda mais deprimida, eu tinha a sensação de estar magoando ou pior, iludindo Henri.

Alguém bateu a porta e entrou antes de eu se quer responder.

- Bom dia, linda. - Era tony, de bermudas e blusa polo. Estava sorrindo maliciosamente me deixando extremamente inquieta.

- olá, Tony. O que faz aqui?

- Henri não te falou ? - ele disse surpreso - vamos à um almoço em família, e como você é praticamente da família..

- certo - resmunguei.

Henri havia me deixado de fora?

- você não vai assim, vai ? - ele perguntou olhando minhas roupas.

- vou me trocar - falei Corando.

Esperei ele sair e fui ao armário. Escolhi uma blusas com caimento nos ombros e calças justas.

Tony me esperava a porta e assim que saí, pegou minha mão e saiu me condunzindo. Me levando ao grande restaurante que já havia ido, fomos para uma área mais particular.

O pai de Henri conversava abertamente com Estella, os dois bebiam Champanhe . Herin não tinha chegado.

- olá querida - O pai dele falou. - sente se do meu lado, futura nora..

Me sentei meio insegura e ele segurou minha mão.

- não precisa ficar nervosa, vamos pedir. Se formos esperar por Henri morreremos de fome..

Quando nossos pedidos chegaram Tony perguntou:

- o que pretendia fazer da vida, Denise?

- queria ser veterinária - respondi.

- Quer? - Estella falou me olhando. - ou queria?

- Queria eu acho.. - falei Corando.

- acho que isso são boas notícias.. - o pai dele disse me dando um sorriso frio. - espero que me tragam vários netos, quero isso aqui cheio..

Me limitei a sorrir.

- e sua família? - Tony perguntou com interesse.

- Pais divorciados, moram um longe do outro.. nada de mais. - falei desconfortável com todo o interrogatório e atenção.

- divórcio .. - refletiu o pai de Henri . - aqui esse costume não existe, sob pena de morte.

- até que a morte nos separe - brindou Estella e eu sorri meia nervosa.

A porta do restaurante se abriu e Henri entrou como um furacão até nossa mesa. Quando viu o almoço em família olhou confuso.

Tony abaixou a cabeça e seu pai riu maliciosamente para Henri.

*Conversa em Árabe*

- o que está acontecendo aqui? - Henri exigiu saber.

- um jantar em família.. so faltava você. - seu pai falou sorrindo.

- você me deixou um bilhete, você disse que a pegou - Henri falou alterando a voz.

- peguei a emprestado - esclareceu Tony falando pela primeira vez - esqueci de escrever isso..

- sente se Henri, vamos partilhar um bom jantar...

Henri, com uma raiva imensa virou se pela primeira vez para Denise, ela parecia perdida, simples e inocente ali no meio.

- Vamos Denise - Henri falou em inglês.

*Fim da conversa em Árabe*

- vamos denise - Ordenou Henri friamente.

Me levantei meio aliviada meio nervosa.

- foi um bom jantar.. obrigada senhor. - respondi e ele me olhou sorrindo.

- me chame de Carl.. - ele disse passando o dedo pelas costas da minha mão.

Henri saiu em disparada e eu o segui para o corredor até o elevador.

Quando as portas se fecharam, Henri virou arfando para mim. E me puxou para si. Ele me deu um longo abraço apertado, passou as mãos pelos meus cabelos e percebi sua tensão ir diminuindo.

- Achei que tinham feito algo com você. - sussurrou ele.

- estou bem - garanti, me afastando desconcertada.

- percebi - disse ele me olhando.

O elevador chegou no andar de sua casa, as portas se abriram e entramos. Mas já havia alguém lá.

- Kat? - Henri perguntou surpresa.

A Kat, abriu um largo sorriso e veio abraça lo. Tinha uma pele negra e cabelos cacheados preto e brilhosos. Seu sorriso largo mostrava em destaque seus dentes brancos entre os lábios Vermelho escuro.

- Olá Henri - ela falou, sua voz era calma e decidida. - há quanto tempo..

- sim, sim - ele disse sorrindo de um jeito bobo e ansioso.

- o que andou aprontando? Vejo que tem uma nova amiga..

O tom de sua voz e o seu olhar me deixaram com vergonha, como se eu fosse um pedaço de carne podre.

- essa é Denise - apresentou Henri, parecia desconcertado.

- Sua noiva? - ela perguntou para mim, mas não consegui responder.

- ainda não - disse Henri abaixando a cabeça.

- que bom - ela murmurou sorrindo - vim aqui dar as boas vindas, de volta ao lar.. agora vou me acomodar, sabe onde me encontrar ..

Ela lhe deu um beijo no canto da boca e saiu.

Um silêncio constrangedor pairou sobre o cômodo.

- é uma velha amiga - comentou Henri Corando mesmo sem eu perguntar nada.

- eu percebi - disse friamente. - e uma amiga íntima..

- foi há muito tempo.. foi com com ela que eu .. - ele começou parecia querer sorrir.

- Então o que ela faz aqui? - falei cortando aquele assunto.

- Eu não sei - ele disse sério.

- com certeza que não - falei me levantando, porquê estava com tanta raiva? - estou indo para meu quarto, va atrás da Sua kat.

Saí em direção ao elevador sem olhar para trás, mas assim que entrei pelo reflexo do espelho, Henri me olhava triste. E quando as portas se fecharam, eu percebi que estava com ciúme .


As coisas estavam tomando um rumo próprio e possivelmente trágico, quer decida eu ou não. Eu tinha que fazer minha escolha, e logo.

My LordWhere stories live. Discover now