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Acordei no outro dia sem saber exatamente a hora, tomei um banho e deixaram meu café da manhã na pequena mesa junto a um bilhete.

Passarei ai as 10:00, temos que conversar.

Henri.

Revirei os olhos e comi meu café da manhã. Exatamente as 10 horas alguem bateu a porta.

- entre - falei e Henri entrou fechando a porta ao passar.

Eu ri um pouco do seu visual casual, não tinha visto ele sem terno e foi uma surpresa ve lo de jeans escuro e camisa de linho.

- espero que tenha dormido bem e esfriado a cabeça - ele disse andando até a janela.

Fechei a cara para ele.

- dormi maravilhosamente bem, e você sabe o motivo para eu estar de cabeça quente.

- sinceramente não, geralmente, as mulheres aceitam sem pensar duas vezes - ele disse observando o trânsito passar.

- então já fez esse pedido a outras? - perguntei curiosa.

- eu não, mas outros sim. - ele disse andando até uma cadeira.

- você não é o único que deixa as mulheres bebâdas e as rapta e pede em casamento?

Henri sorriu e falou:

- eu ja encontrei você bêbada, não pode me culpar por isso, ainda mais que você me deu indícios de interesse em minha pessoa...

Fiquei um pouco vermelha.

- você se aproveitou de mim em quanto eu não estava lúcida! - exclamei com raiva mas ele parecia está se divertindo. Suspirei cansada daquela conversa sem sentindo - você não pode me deixar ir em bora?

Seu sorriso se desfez.

- porquê quer tanto ir? Não gosta daqui? Se sente presa? O que há? - ele perguntou e lágrimas chegaram aos meus olhos.

- só não é aqui meu Lugar - falei secando as lágrimas. - é errado, você me tirou da minhda vida e me trouxe para esse quarto fazendo pedidos impossiveis !

- por favor querida.. me dê uma chance - Henri se aproximou e segurou minha mão - eu preciso de sua ajuda..

- como assim? Você é poderoso, rico. Me sequestrou em um avião particular ..- falei com raiva por ter chorado.

- foi um jato - ele corrigiu e ao ver minha expressão continuou - não que venha ao caso mas você não entende, muita coisa depende de você.

Olhei para ele sem entender nada.

- Henri isso não vai dar certo - comecei e ele se levantou passando a mão na nuca, estava ficando irritado. - você me força a vim aqui, me pede em casamento, diz que precisa de mim. Você está me assustando, por favor.. entenda. Não sou assim - falo me levantando Também - quero fazer minha própria vida. Mas posso te ajudar em troca de minha liberdade..

Ele me avalia por alguns instantes e diz:

- você só será de grande ajuda se casar comigo - ele falou friamente, seu sotaque quase incompreensível mostrava sua irritação - venho aqui novamente a noite.

E saiu fechando a porta.

Isso não estava dando certo, tentei ser gentil, tentei ser compreensiva, ele não pode me casar a força. Ele tem que me deixar ir..

Olhei para a porta e pensei: ele não deve ser o único a falar inglês aqui, eu iria escapar com ou sem sua ajuda..

[...]

Na hora do almoço, a porta foi novamente aberta e uma empregada trouxe minha comida. Me encolhi, perto da porta em silêncio. Ela entrou rapidamente e depositou a bandeja na mesinha, o mais silencioso possivel, sai fechando a porta atrás de mim. Corri desesperada por vários corredores, estava ficando sem ar. Onde era a saida ?

Ouvi um barulho conhecido: o elevador, virei mais um corredor até ver o elevador se abrindo, fui rapidamente em sua direção na esperança de pega lo vazio, mas obvio que não estava, dei de cara com um cara que me segurou pelos braços - Opa - ele falou me segurando firme. - Cuidado na proxima.

Era alto e magro, usava roupas casuais e não parecia ter mais que 19. Seus cabelos castanhos despenteado lhe dava um ar de rebelde. Era muito atraente.

- Desculpe.. - balbuciei e tentei entrar no elevador, mas ele ainda me segurava.

- Quem é você ? - perguntou ele me encarando, seus olhos escuros eram frios e curiosos. - e para onde vai?

O que eu poderia dizer ? antes de conseguir juntar algumas palavras..

- Denise - o sotaque de Henri foi como alivio, e tambem terror. - O que pensa que está fazendo ?

- Henri - o cara disse finalmente me soltando - onde arrumou essa gracinha ?

- Não é da sua conta Tony - Henri disse friamente e se virou para mim - me acompanhe.

- Até depois Denise.. - Tony disse gritando.

Fui em silencio seguindo Henri para onde deveria ser meu quarto.

Ao entrar, a empregada parecia desesperada. Falando em Árabe rapidamente Henri a dispensou. Quando ela saiu fechando a porta atrás de si, Henri se virou para mim:

- O que você estava pensando ? - Ele falou friamente, ele estava furioso. 

My LordWhere stories live. Discover now