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* Parte Henri *

Deixei as chaves do carro e do apartamento em cima da mesa e me servi de Whisky. Denise agora estava se distanciando cada vez mais de mim a cada segundo. Bebi o conteúdo do copo todo de uma vez e me servi de mais.

Um barulho indicou que não estava sozinho.

- E então - falei me virando - o que era tão urgente?

Kat estava sentada em minha cama de um jeito provocante, usava um vestido justo que deixava suas pernas bem torneadas a mostra, ela sorriu e falou.

- estava com saudades... e curiosa. Onde você estava as 2 da manhã ? Eu vim lhe fazer uma visita ..

- ocupado. - respondi terminando mais um copo e ja o enchendo.

- Com sua Denise? - ela falou ironicamente - ela ja aceitou seu pedido ?

- Não, e nem vai mais - falei respirando fundo, queria manda la em bora. - Ela não me quis.

Kat parecia sem palavras, me olhava de boca aberta.

- Se não tem mais nada a me dizer se retire por favor, não estou no clima para jogos e prefiro ficar sozinho.

- Mas você perderá seu direito ao governo.

- não me importo nem um pouco - falei bebendo mais uma vez tudo do copo.

Minha cabeça começou a girar, eu precisava dormir.

Kat se levantou e veio de mansinho em minha direção, estava descalças e a observando de perto, com nada além do vestido sensual.

- Você parece bem decepcionado.. escolheu errado. E agora está fora do jogo e de coração partido.. - Ela pos as mãos em meus ombros, estavam quentes e ela apertava de um jeito relaxante. - Denise foi uma idiota em te deixar.

- Caia fora Kat - Rosnei vendo duas Kat na minha frente.

- Não seja rude, estou sendo solidária - ela disse servindo dois copos de Whisky. - Você não pode ficar sozinho em uma noite como essa, prometo ser uma companhia melhor.

Peguei o copo de sua mão e dei um gole apreciando a bebida descer queimando tudo por dentro.

- Bom menino.. - Sussurrou Kat sorrindo maliciosamente para mim.

* Fim da parte Henri*

* Parte Estella *

Minha cabeça latejava intensamente. Bebi um copo de água e saí carregando uma pequena bolsa em direção á ala do hospital. A bolsa parecia pesar mais que o normal, com a seringa que eu iria trocar, para poder engravidar. Chegando na sala do doutor, ele sorriu para mim, sempre flertou comigo.

- Veio cedo esse mês, estella - ele falou vindo em minha direção.

Ele tinha um sorriso provocante, tinha barba aparada e olhos verdes escuro e lindos. como precisava de uma distração, sorri também.

- Venha.. sente se aqui - ele falou me conduzindo a cadeira habitual sem deixar é claro de encostar a mão em minhas costas.

- Bom vejamos 15 miligramas por mês para evitar um beber antes da hora... - ele falava assinando papeis. - devo dizer, se me permite a ousadia, que com uma mulher tão bela como a senhora seu noivo deve lhe dar trabalho.

Sorri em resposta tentando esconder a dor que latejava minha têmpora.

- Venha para a cama, pegarei a injeção.

Me levantei rapidamente e pontos pretos apareceram em minha visão, cai de joelhos e minha bolsa rolou longe.

- Estella, você ta legal ? - o Doutor veio ao meu socorro me levantando.

- Só com dor de cabeça - consegui falar sorrindo - tudo bem..

- Venha amanhã tomar a injeção, não esta em condições para toma la agora - ele falou com severidade e eu concordei. Tony iria entender.

Saí cambaleando da sala pelos corredores até o quarto que tinha a porta entreaberta. Gemidos abafados eram ouvidos. Pela porta entre aberta, dava para se ver o reflexo do espelho de nossa cama, por esse motivo a porta ficava sempre fechada.

Tony pendia a cabeça para trás, ele era o autor dos gemidos, estava se tocando ? suas mãos se moviam em quanto ele se afundava em prazer.

- Está gostando do presente ? - Ronronou Kat.

Os cabelos de Kat, agora visíveis pelo espelho mostrava o seu trabalho em Tony, meu noivo.

- Vadia - Resmunguei segurando as lagrimas.

Voltei de mansinho pelo corredor, Achava que era o suficiente para seu noivo, mesmo com as brigas ,murros e tapas que levava dele, era o suficiente, a dor ela aguentava por ele achar prazeroso. Tudo para ele ficar feliz.

Sem saber para onde ir, acabei voltando para o corredor da Ala hospitalar.

- Estella - O doutor veio em minha direção - esqueceu sua bolsa, veio busca la?

- o que? há sim - falei tentando secar as lagrimas.

- temos que conversar, venha comigo. - Ele disse sério me puxando para sua sala e fechando a porta.

- Isso rolou de sua bolsa - ele disse pegando a seringa que recebi de Tony - sabe o que é isso ?

- Algo para relaxar - eu disse percebendo a confusão que fiz. - eu ia trocar... pela injeção de engravidar.

- você quer engravidar? - ele falou perplexo, balancei a cabeça em confirmação. - Estella? isso ia te matar .

- Não... tony me entregou.. era para engravidarmos para acelerar o casamento - falei confusa.

tony queria me matar ? Era isso, queria se livrar de mim .

- Doutor acho que estou com problemas - falei começando a chorar.

Ele me olhou meio nervoso, foi até a porta e a trancou.

- Quer me contar ?

- Meu noivo disse para eu engravidar, para casarmos e saimos na liderança para ganhar o governo.. mas agora essa injeção.. agora pouco vi a sua querida amiga lhe chupando - comecei a soluçar - onde eu vim parar? eu era uma modelo de alta classe, amada e conhecida.. vim para cá para ser tratada como princesa, não traída e machucada. Não sei o que fazer doutor.

- Me chame de Dave - ele pediu colocando o braço sobre meus ombros, um gesto sem jeito mas sem segundas intenções. -A vida das moças escolhidas são duras.. Achei que soubesse, sem mais... Você está bastante abalada... posso lhe dar algo para a cabeça e para dormir. Confie em mim.

Dave jogou a siringa dada por Tony no lixo e me deu aspirinas, me levou até a cama de consulta e pegou alguns cobertores.

- Pode ficar relaxada, nada vai te acontecer. - ele falou indo até sua cadeira e sentando com as mãos na cabeça. - Não posso fazer muito por você, me desculpe.

- Você fez mais que qualquer um .. - falei secando as lagrimas.

- Pelo visto não era a vida que você esperava - Ele falou me encarando com pena.

- Vida de modelo é difícil, é ordem, contrato, foto, assedio de caras nojentos, era 24 horas nas câmeras.. achei que seria livre, mordomia e um marido lindo..

- Peço para ter paciência, e aceitar sua escolha agora - ele disse se levantando - esse é meu conselho.

- Devo aceitar que ele me traia?

- acho que não tem escolha, agora deixarei você descansar, fique à vontade.

Dave passou, fechando a porta atrás de si e me deixou em seu consultório frio e silencioso.

Me levantei, os pés tremendo de frio ao encostar no chão gelado. Fui até a lixeira e a abri.

- eu tenho escolha.

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