My Lord

3

A viagem não foi nada longa e logo chegamos no hotel onde iríamos nos hospedar.

- Cara - josh disse olhando o hotel - seu padrasto não economizou em nada com seu presente.

- ele não é meu padrasto - falei saindo do carro e pegando minha mochila.

- com esse presente, eu o chamaria de papai - Marta disse e eu acabei rindo.

Entramos no hotel e fui direto a recepcionista. Era um local totalmente luxuoso e claro, era lindo. Me peguei pensando pela primeira vez o quanto haviam gasto nesse presente.

- temos a reserva de dois quartos no nome do sr jason forbes - falei e a recepcionista foi verificar.

Dou uma boa olhada em volta e alguns hóspedes andando para lá e para cá. Perto das poltronas de espera vejo um cara bastante familiar. Mas de onde o conheço? Não faço ideia, de repente ele vira pra mim e sorrir. Viro de costas assustada fingindo que não o vi.

- aqui estão senhora - ela me entrega as chaves.

Agradeço e vou até a Marta e os meninos.

- você está com uma cara esquisita - marta diz me avaliando - o que foi?

- nada de mais - tento disfarça sorrindo e olhando em volta, mas não há sianis do cara - vamos?

Fomos para os quartos e deixando nossas coisas corremos pra piscina do hotel para conversar sobre ir ao parque no outro dia.

- não vou acordar cedo - falou Marta passando filtro solar.

- A qual é, não quero perder tempo dormindo, quero aproveitar. - reclamei para ela que so deu de ombros.

- relaxa, nos vamos ok? - Sam disse colocando as mãos nos meus ombros.

Entrei na piscina para escapar dele, pensando novamente nesse possível pedido,não estava animada. Estava bom do jeito que estava.

Voltamos para os quartos quando já estava bem tarde e Marta puxou o josh para um dos quartos e se trancou com ele lá.

É, ela realmente fez isso comigo.

Furiosa e com medo do pedido de Sam entrei no outro quarto.

Nunca havíamos ficado desconfortável perto um do outro mais ali, realmente havia uma tensão.

- Vou tomar banho - falo e passo para o banheiro sem esperar respostas.

Fico em baixo da ducha um bom tempo e quando não dá mais para ficar lá saio e encontro sam deitado em uma das camas mexendo na tv.

- Tem programas legais aqui - diz ele sem olhar pra mim.

- é tem sim - falo passando por ele e indo até minhas roupas.

- ta tudo bem com você Deni? - pergunta ele se levantando e vindo ate mim.

- o que? Esta sim - falo tentando não ficar nervosa.

Ele me olha mais um pouco e põe as mãos no meu rosto e me beija devagar. Não sei porque mais retribui, talvez eu quissesse um pouco.

- vou tomar um banho e quero falar uma coisa com você - diz ele e eu so consigo balançar a cabeça.

Ele entra no banheiro e eu rapidamente troco de roupa e saio do quarto. Não sei exatamente o porquê fiz isso mas andei sem perceber até a recepção.

Havia pouco movimento alí então fui para a área externa me arrependendo de não ter pego um casaco.

Me sento em uma cadeira perto da piscina e torço para ele não me procurar aqui. Um vento frio arrepia meus braços e eu tento pensar em um modo de escapar daquele pedido sem magoar o Sam.

- está uma noite fria para ficar tão exposta não acha? - diz um cara de sotaque forte a umas 3 cadeiras da minha.

- é .. um pouco não sei - falei pondo os dedos na cabeça, estava começando a sentir uma leve dor.

- está tudo bem senhorita? - ele disse ainda parado no mesmo lugar, no fundo da minha mente ele me era muito familiar, mas de onde?

- é .. não - falo finalmente - não sei porquê mas nunca quis um relacionamento sério. So minha faculdade, minha vida... - parei um pouco pensando naquilo, o que eu realmente queria da minha vida após a faculdade de medicina veterinária?

- você está perdida? - diz ele em to curioso se aproximando e se sentando ao meu lado.

- é normal não ter um plano pro futuro? - lhe pergunto.

- algumas pessoas preferem aproveitar a vida à só ter planos para o futuro. - diz ele encarando o céu. - qual delas é você?

- nunca parei para me divertir sem pensar nos problemas, até aqui. - digo suspirando.

- isso é triste, um mundo todo para você.. e você não ver - diz ele.

Quando finalmente percebo que estou me abrindo pra um estranho olho pra ele que parece calmo e levemente curioso.

- quem é você?

- Sou Henri - ele responde se levantando - nos vemos por ai, Denise.

E sai caminhando despreocupadamente.

Fico ali pensando em tudo e não me dou conta que o estranho sabe meu nome.

E continuo sem saber porque acho o seu rosto tão familiar.