Capítulo 58 - "O antro"

676 63 11
                                    

Escrito com 

Heriberto e Virgínia saíram de casa arrumados e felizes levando as duas senhoras que não se falaram durante a viagem, mas quando chegaram ao shopping grudaram no braço uma da outra e começaram a falar dos homens e até mexer com alguns. Elas rodaram admirando as lojas e os homens e começaram a rir e de novo ficaram amigas porque elas eram assim.

Heriberto e elas almoçaram por ali mesmo. Viram um filme cheio de sangue graças a escolha de Beth e Teresa, riram, comeram pipoca e mimaram a neta dando tudo que queria. Não deixaram Heriberto pagar nenhum presente de Virgínia. Tudo elas pagavam competindo quem dava mais presentes a neta, mas deixaram que ele pagasse todos os delas. Até um chapéu fizeram Virgínia comprar e botas de vaqueira.

Foram no salão e deram uma repaginada em Heriberto e Virgínia. Compraram um perfume delicioso para Heriberto e até cuecas novas. Fizeram Heriberto passar muita vergonha o chamado de bebê a todo momento. Para Victória compraram apenas um salto alto lindíssimo a pedido de Virgínia porque Beth não queria.

Tereza achou um paquera bem no fim da tarde, mas Beth atrapalhou. Vitória estava enlouquecida, tudo um caos na casa de modas, Antonieta estava doente e ela estava sozinha. Pepino estava dando uma de suas crises e a coleção estava atrasada. Por duas vezes, ela tentou comer e não conseguiu. Então, as horas foram passando e tudo que tinha para resolver foi resolvendo.

Quando voltaram para casa já era quase nove da noite, rindo e felizes. Heriberto até esqueceu de sua dor nas costas depois da massagem que recebeu. Victória depois de olhar a hora, , ver as modelos saírem, suspirou e olhou o celular, tinha ligado seis vezes para Vivi e ela não atendeu e mais seis para Heriberto que também não tinha atendido.Heriberto depois de jantar com suas mulheres subiu para tomar um banho.

Victória suspirou e olhou os papéis sobre a mesa e agradeceu ter conseguido terminar. Pegou suas coisas e foi embora, estava esgotada. Quando chegou em casa deu de cara com sua mãe.

TEREZA – E depois ainda me liga chorando porque brigaram, Victória?– a confrontou de cara.

VICTÓRIA – O que foi, mamãe?– ela suspirou e jogou a bolsa no sofá se sentando exausta. – Vai me cobrar também?

TEREZA – Olha a hora que você está chegando, minha filha! Uma hora ele vai cansar! – falou tensa e preocupada com a filha.

VICTÓRIA – Mãe, eu tive muito trabalho, estava em Cancún tudo se acumulou. Se cansar? E os plantões dele com as piranhas do hospital ? E ele fica três dias, mamãe fora de casa. Eu também posso me cansar! – arisca como sempre era.

TEREZA – Minha filha, resolva aos poucos não deixe seu marido tão sozinho. Aliás quem é Alessandra? – olhou a filha de modo direto vendo a reação dela.

VICTÓRIA – Tem semanas que ele passa cinco dias! Cinco dias fora! – ela respirou fundo. – O que tem essa vagabunda? – os olhos ficaram diferentes na hora.

TEREZA –Ela ligou duas vezes e falaram por um bom tempo.– falou verdadeira, a expressão de Victória mudou na hora.

VICTÓRIA – O que? Heriberto atendeu? – surpresa e sentindo raiva imediata.

TEREZA– Se ele fica fora de casa é porque a mulher nunca está. Filha onze da noite e você trabalhando? E ainda o quer em casa? Nem eu ficava! – foi direta e honesta com a filha, não aprovava a forma como estava levando a vida.

Victória bufou e sentiu seu coração acelerar, a maldita mulher não dava trégua. Foi até o bar e pegou uma bebida forte e tomou.

VICTÓRIA – Mamãe, eu não sou uma doméstica, Heriberto sabe a mulher que tem!– suspirou.– Ele atendeu!

Você e Eu, Eu e VocêWhere stories live. Discover now