Capítulo 3 - "Loira Peituda"

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com: JulianaRamosAzevedo

...

Victória trabalhou até às sete da noite e como não chegava, Heriberto foi até a empresa para buscá-la. Ela também não estava lá. Ele ligou para o celular dela e não houve resposta. Foram muitas ligações antes dele começar a se enfurecer com aquela situação.

A mente dele vagava por todos os cantos onde ela poderia estar e o que estaria fazendo naquele tempo. Atormentado pelo ciúme e sentindo que iria explodir, ele decidiu voltar para casa, mas antes, passou em um bar.

Sozinho, cheio de raiva e medo de imaginar o que se passava com a esposa, ele se entregou ao álcool. Num dado momento foi descoberto por olhos interessantemente azuis. Começou a conversar com uma linda e jovem mulher, Antonela, cheia de curvas e sorrisos que fizeram ele se esquecer de todos os problemas que tinha em casa.

Desejando alguma chance com ele, a jovem o abraçou e impregnou a roupa dele de perfume e também deixou rastros de seus fios longos e loiros.

Quando já passava das onze, Heriberto chegou em casa. Victória o esperava desde as oito. Rafael lhe contara que o pai havia saído em busca dela, mas não havia retornado ainda. O filho era descuidado com as palavras e sempre dizia coisas que se arrependia depois.

O táxi o deixou em frente à casa e ele entrou em cantando. Victória o viu da janela, observou cada passo dele e aquela alegria infundada. Sabia que ele tinha bebido, dava para ver.

Cantando: "E quando der conta já passou, quando olhar para trás já fui embora."

Abre os braços ao entrar no quarto e vai em direção a Victória. Ela bufa ao vê-la daquele jeito. Ele tenta abraçá-la e ela sente o perfume de outra. Empurra o corpo dele de imediato, que desequilibra e quase cai.

VICTÓRIA – Que cheiro de puta é esse, seu cretino? – falou furiosa observando o rosto dele.

Ele ri e tenta beijá-la.

VICTÓRIA – Com que mulher você estava? – insistente.

HERIBERTO – Vem me dar, Victória! – ele enrola a língua e acena para ela de modo obsceno segurando em seu corpo.

VICTÓRIA – Me larga e fala logo! – se desvencilha dele enraivada.

HERIBERTO – Eu estava com uma loira bem peituda. – falou fazendo gestos com as mãos e enrolando-se para falar.

VICTÓRIA – Cafajeste! O que você está falando, Heriberto? – respira nervosa, os olhos pegaram fogo.

HERIBERTO – Você não queria saber com quem eu estava? – riu debochado olhando para ela, estava sempre linda, não importava o momento.

Victória viu os fios loiros na camisa dele. Sentiu o corpo inteiro responder de raiva. Pegou um fio.

VICTÓRIA – Esse cabelo é da vagabunda? – estendeu a ele que com toda certeza não estava enxergando.

HERIBERTO – Provavelmente... – ele riu enquanto sentava-se na cama abrindo a camisa.

VICTÓRIA – E você diz isso assim com essa calma, Heriberto? – fica de frente para ele e cruza os braços.

Ele olha os seios dela com desejo. Eram lindos e atrativos e agora ele os queria mais do que quando eram mais jovens.

HERIBERTO – Bem maiores que os seus! – riu, sabia que iria aborrecê-la. – Eram enormes, meu Deus!

Você e Eu, Eu e VocêWhere stories live. Discover now