Capítulo 16 - "O tapa"

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com: JulianaRamosAzevedo

NO DIA SEGUINTE:

Victória sentiu-se exausta, estava pronta para tomar seu café. Depois de transar com Heriberto no estacionamento, ela tinha ido para casa, os dois tinham discutido por muitos motivos, entre eles o vexame da filha no evento.

E mesmo assim, Heriberto ainda queria mais sexo. Dormiram brigados. Quando desceu para o café, ela estava sonolenta e cansada. Teria um longo dia de trabalho e queria estará em paz.

VICTORIA Bom dia! – falou sem vontade de ser gentil e olhando a mesa com todos nelas.

Heriberto não respondeu continuou com o jornal. Ele tinha uma cara horrível.

RAFAEL – Bom dia Sandoval! – ele sorriu para a mãe e brincou.

VICTORIA – Bom dia, meu filho! – olhou o filho com carinho e depois o marido silencioso. – Bom dia, filha! – olhou a filha em sua frente, estranha, com aspecto de drogada.

RAFAEL – Mãe sabe que hoje temos reunião, né? – falou atento a mãe.

VIRGÍNIA – Tudo bem com você, Victória? – falou tomando um chá e encarando ela.

VICTORIA – Temos sim, Rafael. Vamos seguir nosso cronograma eu liguei e avisei que estaremos lá em meia hora. – fez um meio sorriso ao filho, parecia ser o único com um pouco de lucidez naquele momento.

RAFAEL – Mas, então, porque desceu de pijama? – a olhou, estava com a expressão abatida.

Victória tomou seu café. Estava concentrada em olhar para Heriberto, era o cúmulo que depois de tudo que ele fizera na noite anterior, se sentisse no direito de estar aborrecido.

RAFAEL – A senhora sempre desce pronta. – sorriu e a olhou com admiração.

VICTORIA – Filho, eu estou exausta... – olhou Heriberto. – Ontem foi cansativo, estressante e eu dormi mal. – ela suspirou.

Heriberto dobrou o jornal colocando na mesa.

RAFAEL – Eu ouvi os gritos... – falou tenso.

Heriberto olhou o filho, estava sem paciência. Será mesmo que as intimidades seriam expostas ali?

VIRGÍNIA – Eu também, Rafa. – Virgínia falou comendo um pão. – Gritos e palavrões cabeludos.

RAFAEL – Eu pensei que tinha sonhado. – voltou a atenção ao pai. –Sério que o senhor não respeitou o não dela lá na empresa, pai? – ele falou cobrando o pai.

Heriberto bufou.

HERIBERTO – Isso não diz respeito a você. E muito menos a você, Virgínia. – foi grosso. Estava tenso e a flor da pele.

RAFAEL – Que isso, pai... Por que está nervoso assim? – estranhou, o pai era sempre educado.

VICTÓRIA – Seu pai não sabe o que significa NÃO! – Victoria metralhou olhando para o marido e despejando sua raiva.

HERIBERTO – Não sei? E porque se abre pra mim? – ele revidou mais grosseiro ainda.

RAFAEL – Você pegou ela na rua, pai? Está louco? – assustado com o que tinha ouvido dos gritos deles no quarto.

VICTÓRIA – Heriberto... Não me faça falar coisas na frente de nossos filhos. – ela o repreendeu.

HERIBERTO – Eles sabem muita coisa, falam coisa de mais. – olhou Virgínia.

Você e Eu, Eu e VocêOnde as histórias ganham vida. Descobre agora