Mundos Opostos

Capítulo 57

POV Athena

- Segundo esse documento da S.H.I.E.L.D., em 2006, os mutantes foram ameaçados por essa tal cura. - falo para Will que está pilotando o Quinjet. 

- Uhmm. O que mais tem nesse documento? - ele pergunta.

- Bem, aqui diz que a Worthington Labs era a responsável pela cura. Mas então o Magneto e outros mutantes foram para a central da empresa com o objetivo de matar o próprio Worthington. Os dados não estão completos, mas parece que o cara sobreviveu. Os mutantes bons, tipo o Wolverine e a Tempestade, também foram pra lá e impediram que isso acontecesse.

- Isso foi em 2006? - Will pergunta - Eu tinha tipo, 12 anos. E você tinha onze, não é? Nós nem éramos agentes da S.H.I.E.L.D.

- É mesmo, nem nos conhecíamos, e... - paro de falar quando leio os detalhes do documento em meu celular - Ai meu Deus!

Will olha pra mim assustado.

- O que foi? O que você leu aí, Athena? - ele pergunta.

Leio mais uma vez para ter certeza, e então conto para Will.

- Aqui diz que... Que foi nesse ano que Jean Grey morreu. - olho para Will - Foi nesse ano que a mãe da Emily morreu.

Will fica sem fala. Ele abre a boca para falar alguma coisa, mas nada sai. Então ele apenas suspira.

- Será que a Emily sabe disso? - ele pergunta - Quer dizer, esse documento é confidencial não é?

- Talvez o Charles Xavier tenha contado pra ela naquele tempo que ela ficou lá no Instituto. Mas ao que tudo indica, ela não sabe. Se ela soubesse ela teria falado logo de cara que a cura era da Worthington Labs. Ela só soube da cura por causa do sequestro.

- Você vai contar?

Paro pra pensar. A Emily tem o direito de saber. Mesmo que seja um arquivo confidencial. Além do mais, eu e Will já estamos quebrando regras indo até essa ilha mesmo. Contar sobre um arquivo secreto não vai piorar as coisas.

- Vou sim. Ela merece saber.

Nós passamos o resto da viagem em silêncio. Até avistarmos a ilha.

- Uou, eu pensei que a cede tinha sido destruída. - Will exclama.

- Bem... Parece que a Lara esteve ocupada nesses últimos anos.

Assim que pousamos, podemos ver o tamanho da construção. Um muro de pelo menos três metros de altura cercava o lugar, com apenas uma entrada visível e torres de vigilância. Somente uma delas estava ocupada, com um homem armado.

- Isso é estranho. - Will fala - Ainda tem homens aqui. Será que ainda estão fabricando a "cura"?

- Bem, se não estivesse não precisariam de seguranças. Pelo menos parece que não são muitos. - respondo.

- Lara disse mais alguma coisa sobre o porquê dela ter sequestrado a Emily? Tenho certeza que ela não mencionou essa ilha.

- Não mesmo. No início pensamos que ela só havia raptado a Emily por causa dos parentesco mutante dela e dos poderes. Eu pensei "Vai ver ela só é uma doida que queria uma mutante poderosa para causar destruição". Mas agora, não é isso que parece. Tem alguma coisa a mais aí.

- Talvez uma vingança? - Will chuta.

A situação é tão improvável que eu dou risada.

- Vingança contra quem? Contra a Emily? Ela se culpa por tudo! Não deve querer bater nem em um mosquito. Meio improvável.

- É, tem razão, seria ridículo. Sabe o que mais é ridículo? Nós dois sermos pegos aqui e viramos prisioneiros.

- É mesmo. Então vamos deixar de falação e mãos a obra.

Nós dois saímos do Quinjet e andamos em direção a torre de vigia ocupada por um homem uniformizado. Will atira nele um dardo sonífero e o homem cai desmaiado. Pego meu celular e hackeio o sistema de segurança do lugar.

- Umm... Isso está fácil de mais. - murmuro.

- Bem, eu levaria na boa se pelo menos dessa vez nós pudéssemos entrar e sair sem sermos vistos. - Will sussurra de volta.

O portão, que era convenientemente automático e ligado ao sistema de segurança, foi fácil de abrir. Em seguida, passamos por um pátio vazio e entramos em um corredor com várias portas trancadas. Nenhum sinal de alma viva, nenhuma armadilha, nada. Minha desconfiança só aumenta quando achamos o laboratório.

- Se afasta, vou atirar na fechadura. - Will ergue a arma.

- Espera! - eu sussurro e levo a mão até a maçaneta. Assim que giro, a porta se abre. - Ok, isso já é demais. Eles deixam só um guarda na entrada, nenhum empecilho até aqui, e a porta ainda por cima está destrancada. Por que só essa porta está destrancada? Justo a única que nos interessa! Não estou acostumada a sair de um lugar sem briga!

Antes que eu possa falar mais alguma coisa ou que Will possa me xingar por falar tão alto, uma voz fala atrás de nós no corredor.

- Não se preocupe com isso, minha querida. Você não precisa se preocupar mais com isso, já que você não vai sair daqui.

E então, 20 de guardas armados invadem o corredor.