Capítulo 170

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O mês de agosto está sendo muito especial, ver a alegria do Rafa no dia dos pais me deixou muito feliz, depois tivemos o aniversário do meu sogro que pra comemorar ele escolheu jantar fora só nós seis mesmo. Ele fala seis por que ele já inclui o Davi em tudo.

Hoje já é dia vinte e cinco e como a médica disse a qualquer momento o Davi pode nascer. Não parei de trabalhar ainda por que eu estou me sentindo bem e isso me causou uma bela briga com o Rafa que me chamou de irresponsável por ficar saindo de casa, ele chegou a marcar uma consulta com minha médica pra ver se ela me convencia a ficar em casa, mas a própria disse que se é um serviço que não me esforço não tem problema, e que era pra ele ficar tranquilo que tanto eu quanto o nosso filho estávamos muito bem. Que a partir desse momento é esperar a vontade dele nascer, mas se isso não acontecesse até o dia primeiro de setembro teríamos que fazer cesariana.

Mas pra falar a verdade não sei se vai ser necessário. Hoje acordei sentindo uma dor diferente, não muito forte. Fiquei deitada mas um pouco e passou.

Levantei tomei um banho e me arrumei pra ir trabalhar. Fui até a cozinha e só encontrei minha sogra.

- Bom dia dona Márcia.

- Bom dia minha filha, dormiu bem?

Resolvi falar pra ela que senti uma dor estranha, mas queria ter certeza que o Rafa não estava mais em casa, se não ele já ia querer me levar para o hospital.

Quando ela me falou que ele ja tinha saído, eu contei que senti dor hoje quando acordei.

- Ta você pode estar entrando em trabalho de parto.

- Será dona Márcia? - Eu perguntei assustada.

- É possível, está na data que a doutora falou. Será que não é melhor você ficar em casa hoje?

- Acho que não precisa, estou bem agora.

Conversamos mais um pouquinho e eu fui até o quarto pegar minha bolsa,  quando estava pronta para sair sentir a mesma dor de novo e a dona Márcia estava do meu lado.

- To achando que tem gente querendo vir a mundo.

- O que eu faço dona Márcia? - Perguntei assustada

- Não precisa ficar com medo. Volta pro quarto que você não vai sair de casa assim pra trabalhar. Eu ligo pra João e aviso que você não vai.

Normalmente eu vou com meu sogro pro serviço, mas hoje ele foi mais cedo por que tinha uma reunião.

Fiz o que ela falou e voltei pro meu quarto sem dor nenhuma agora. Não demorou muito ela apareceu rindo no quarto falando que meu sogro entrou em desespero achando que o Davi ja estava nascendo e queria até vir pra casa.

- O Rafa tem a quem puxar. - Eu falei pra ela.

- Falando em Rafa, não é melhor ligar pra ele?

- Eu prefiro esperar mais um pouco dona Márcia, vai que é alarme falso, o bichinho vai morrer do coração.

Passei a manhã toda sobre os cuidados da minha sogra que não me deixava muito tempo sozinha, ela não queria demonstrar nervosismo pra eu não ficar nervosa também, mas ela estava bem ansiosa.

Acabei dormindo um pouco e quando acordei vi que ja estava quase na hora  do Rafa chegar da faculdade. Me levantei para ir ao banheiro, mas nem deu tempo de chegar, quando estava no meio do quarto senti um líquido escorrendo em minhas pernas, e comecei a gritar a dona Márcia que não demorou muito para aparecer.

- O que aconteceu? - Ela perguntou assim que entrou e me viu parada apoiada na cômoda. - Sua bolsa estourou.

- Liga pro Rafa. - Eu disse chorando, acho que de medo. Medo de não dar tudo certo.

- Fica calma Ta, eu vou ligar pra ele e já vamos para o hospital.

Ainda bem que eu estou com a minha sogra que é a pessoa mais calma que eu conheço, só ela pra conseguir me acalmar.

Talicks " Uma Nova Chance Para O Amor"Onde as histórias ganham vida. Descobre agora