Capítulo 26

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Fiquei sem acreditar no que eu vi. Ele ali na minha frente me oferecendo ajuda pra passar protetor.
Vou matar a Juliana, foi a primeira coisa que eu pensei. Lógico que isso é coisa dela.

Mesmo não aceitando a ajuda dele, ele se sentou e ficou me encarando, e depois de um tempo começou a falar.

Não vou ser boba de cair no papo dele. Segurei o choro o máximo que eu consegui, tudo que eu não queria era que ele me visse chorando.
Mais chegou uma hora que não aguentei.

- Por favor Talita fala comigo.

- O que você quer que eu fale Rafael?

- O que você quiser. Desabafa comigo.
Fala tudo que você sente.

- Pra mim é muito difícil.

- O que, falar se me perdoa ou não?

- A questão não é essa.

- Então me fala.

- É tudo muito estranho Rafael. Do nada você voltar a ter contato comigo. Quem me garante que amanhã ou depois você não vai embora de novo.

- Eu garanto.

- Já acreditei em você um vez. Eu mudei minha vida por você. E de nada adiantou.

- Eu já te falei que eu errei em te largar. Estou aqui te pedindo perdão.
Você nunca errou Talita?

- Já errei sim. Mais nunca de um jeito que pudesse machucar alguém.

- Por tudo de bom que vivemos, eu te peço uma chance.

- Tudo de bom, que não valeu de nada na hora de você me largar.

Realmente vai ser difícil fazer ela me perdoar.
Mais eu vou conseguir provar pra ela que eu mudei.

- Almoça comigo?

- Vou almoçar com a Ju.

- Então deixa eu almoçar com vocês?

- Você quem sabe. Mais deixo bem claro que é só um almoço com sua irmã. Nada além disso.

- Um almoço entre amigos.
Vamos buscar ela na escola?

- Vai você, eu te espero aqui.

- Para Talita, não tem nada demais.
Já vou mandar mensagem pra ela nos esperar lá na porta da escola.

Como ela não falou nada, aceitei que sua resposta foi um sim.
Levantei e dei a mão pra ela ajudando ela a levantar.
Pensei que ela não fosse aceitar minha ajuda. Pensei errado.
Quando ela pegou na minha mão minha vontade era de puxar ela e dar um beijo naquela linda boca, mais me controlei.

Quando chegamos no carro eu abri a porta pra ela.
No caminho eu fui puxando assunto com ela. Perguntei da mãe e da avó dela.
E deixei o Kaio por último.

- Ele deve estar querendo me matar né?

- Como você ficaria se fosse com a Ju?

Fiquei sem saber o que falar.

- Responde Rafael. Se fosse com a Juliana você ficaria feliz?

- Não.

- Então, ele também não.

Chegamos na porta da escola da Ju, mais ela não tinha saído ainda.
Melhor pra mim, tenho um tempinho a mais só com ela.

- Já sabe onde quer almoçar?

- Não sei. Não combinei lugar com a Ju.

- Pode escolher.

- Ali a Ju. Vamos deixar ela escolher.
Ela respondeu abrindo a porta do carro.

- Onde você vai Talita? Perguntei segurando ela pelo braço.

- Pro banco de trás.

- Para de bobeira. Falei passando por cima dela fechando a porta.

Ju entrou no carro e já foi perguntando.

- Que milagre é esse vocês dois vindo me buscar?

- Encontrei a Talita na praia e me convidei pra almoçar com vocês.

- Nossa que legal, eu estudando e vocês na praia.

- Você não sabia que ele estava na praia né dona Juliana?

- Não sabia Tá.

- Sei.

- Rafa tenho que passar em casa pra trocar de roupa.

- Sim senhora.

Quando chegamos no prédio eu falei pra Ju subir e troca de roupa, queria ficar mais um tempinho a sós com a Talita.
Mas a Ju resolveu chamar ela pra subir também.

- Vamos Ta, é rapidinho.

- Seus pais estão aí?

- Acredito que sim.

- Então eu vou, quero ver eles.

Então vamos né. Elas sempre resolvem tudo.
Quando entramos, meus pais estavam na cozinha preparando o almoço.

- Pai, mãe vem aqui ver a nossa visita.

Quando eles chegaram na sala a Ju tinha escondido a Talita atrás da cortina. Eles não viram ninguém e ficaram sem entender.

- Que visita Juliana? Minha mãe perguntou

- Essaaa. Ela gritou puxando a Talita de trás da cortina.

Talicks " Uma Nova Chance Para O Amor"Onde as histórias ganham vida. Descobre agora