Luna.

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Sábado, 16:00h, 30 de janeiro de 2027.

O dia estava sendo corrido - desde compras no supermercado ate pagamento de contas - e haveria uma festa social na mansão dos Lovato Valderrama e eu não teria tempo nem pra me coçar. Estava indo ver a minha bonequinha - antes da minha verdadeira correria começar - já que mal daria tempo de ficar com a mesma, Isabella ou simplesmente minha Isa. Assim que entrei em seu quarto - me assustei um pouco ao ver tudo fechado e sem iluminação alguma - ouvi um choro baixinho e me aproximei da cama.

--- O que houve baixinha? - sentei ao seu lado.

Ela se assustou um pouco, se encolheu mais um pouco e proferiu um : nada.

--- Ei, eu sou sua amiga, lembra? - falei carinhosamente, alisando o topo de sua cabeça.

--- Minha mãe. - ela sussurrou.

Bufei.

Maldita mulher!

--- Calma! - falei, suspirando.

--- Ela me odeia! - ela fungou, e me abraçou.

A agarrei, forte. Doía vê-la assim. Isa se demonstrava forte, mas no fim chorava todas as noites.

--- Não fique assim...- pedi.

--- Eu só queria que ela me amasse um pouco, entende? Que ela se importasse comigo e me notasse. - ela soluçou.

--- Eu amo você, Isa!

Afaguei suas costas e cantei baixinho. Logo vi que sua respiração estava mais calma e percebi que havia dormido.

--- Vou cuidar de você! - sussurrei.

A ajeitei na cama e lhe dei um beijo na testa da mesma. Fiquei imóvel ao perceber uma marca vermelha em seu pulso, levantei um pouco a manga do seu blusão e vi muitas delas. Meu sangue subiu, meus punhos se fecharam e hoje eu perderia meu emprego.

Saí dali, furiosa. Sabia exatamente onde a mesma estava e fui ao seu encontro, entrei em seu escritório, sem bater, ela me olhou por cima do óculos, me fuzilando.

O que pouco me importava.

Ela já ia falar e eu a interrompi com um berro, enfurecidamente.

--- Você é um monstro! - apontei o dedo em sua cara.

RaptadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora