Raptada

Você merece, meu amor.

Marissa no shopping é tipo, arrastão. Ela leva tudo e mais um pouco e eu, bom, sou super básica. Comprei lingerie e um vestido rosa bebê. Não gosto muito de rosa, mas esse estava lindo e combinaria com os sapatos de cor bege que eu havia comprado.

Bom, eu estava horrível, sem maquiagem e por tanto quase ninguém me reconhecia - eu disse quase. Coloquei um band aid no queixo e pra quê? Pra disfarçar o furinho no queixo - é não sou normal. Callahan ria o tempo todo da minha loucura.

--- Dem's, você é bem lerda. Como achou que isso mudaria algo?

--- Me deixa, Callahan. - mostrei-lhe o dedo.

--- Dem's impossível não te reconhecerem, sua bunda não facilita. - ela gargalhou e eu lhe dei um soco no braço.

---Te fuder, Callahan. - andei na frente e bufei.

Logo cheguei ao estacionamento e Marissa me acompanhou. Ela me abraçou e fez cosquinhas em mim e eu ri.

--- Golpe baixo, Callahan. - revirei os olhos.

--- Dem's...- ela meio que sussurrou.

--- Que? - falei confusa.

--- Tem paparazzi ali.

--- Bosta! - retirei o band aid. --- Melhor irmos.

Acelerei os passos e Callahan fez o mesmo e fomos ate seu carro. Marissa destravou e entramos no carro e logo ela deu partida.

--- Detesto eles. -comentei.

--- Imagino.

--- Sei que é o trabalho deles e respeito, as vezes. - dei de ombros e Marissa riu.

--- Muito. - ela ironizou. --- Igual o dia do parque que você mostrou o dedo pra eles disfarçadamente, não? - ela riu.

--- Mereceu. - bufei. --- Uso minha educação com quem merece. E, as vezes eles não merecem, alem de tirar fotos terríveis das pessoas, eles ainda inventam fofocas.

--- Concordo. - ela ligou o radio. 

--- Vamos deixar esses animais pra lá e vamos fazer o que fazemos de melhor. - ela sorriu. --- Loucuras. - ela completou.

Ficamos cantando feito loucas e assim, fomos ate minha casa.

--- Ate, marida! - falei rindo.

--- Ate, gostosa! Cuida dos nossos filhos. - ri.

--- Pode deixar, boa noite.

Ela assentiu e eu entrei em casa e estranhei está um pouco escuro e adentrei a cozinha. Havia uma mesa linda, a luz de velas e ao lado havia o meu anel.

--- Wilmer? - chamei e logo senti braços me envolverem por trás e o seu cheiro. --- Ta perfeito.

--- Você merece, meu amor. - me virou e tomou meus lábios.