Capítulo 28 - Culpado ou Inocente?

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— Boa noite, meu filho! – Retribuiu.

Claro que isso me deixava bastante entristecido, já que esperava uma reação mais pacífica da minha mãe. Assim como muitos homossexuais, também tenho medo de acabar distanciando as pessoas que eu mais amo de mim por apenas ser diferente dos que são considerados pela sociedade como normais. Nós não somos?

— Merda de vida! – Reclamei para mim mesmo.

Liguei o ventilador que já estava para lá de Bagdá e precisava comprar outro urgentemente. Deitei a minha cabeça no travesseiro e meus pensamentos começaram a voar, voaram como uma folha de papel nas ruas em dias que ventam bastante. Fechei meus olhos e meu primeiro pensamento foi no Max, ele que estava há vários dias agindo como se fosse outra pessoa, mais ciumento, mais autoritário e cada vez mais paranoico, e eu cada vez mais afastado dele pela junção de coisas que ele andou fazendo, eu coloco muita areia entre nós dois, mas ele sempre está com uma pá para tira-la, ou melhor, tentar tira-la. Eu ainda não defini que tipo de sentimento eu tenho pelo bonitão dos olhos azuis, meu carinho por ele é verdadeiro, meu tesão também era verdadeiro porque ele provoca isso nas pessoas, não como o Hugo provoca, mas o Max também tem seus atributos, e bota atributos nisso.

— Ai, Max! Cadê aquele Max que fez meu coração dar algumas palpitadas? – Sussurrei.

Fechei meus olhos novamente e deixei o sono me vencer.

— Essa merda!

Referia-me a porta do guarda-roupa que se abriu quando estava quase pegando no sono.

— Tenho que mandar seu José dar uma olhada nessa porta que agora inventa de abrir sozinha.

Disse fechando a porta que guardava as minhas melhores camisas em alguns cabides.

— Logo agora que já estava quase dormindo, agora tenho que implorar para o sono chegar – Disse irritado.

Após alguns minutos de sono, acordei novamente com a maldita porta se abrindo sozinha, e sempre com um barulho irritante que ela fazia ao abrir. Um misto de irritação e estranheza se formou em mim.

— Se essa porra – Disse fechando a porta com força — continuar abrindo assim, hoje eu não durmo.

Foi só virar o meu corpo que a porta se abriu novamente com aquele barulho irritante.

— Ah, não vai fechar? Ok!

Abri a outra porta, fui até uma caixinha de madeira que guardava algumas coisas e de lá tirei uma pequena chave, conhecida como Chave Colonial, que servia para móveis antigos como o meu guarda roupa. Enfiei o objeto na fechadura e dei duas voltas para garantir, puxei a porta para ver se estava devidamente trancada, deixei a chave na fechadura mesmo e voltei para cama.

— Quero ver essa porra abrir! – Dei um riso de vitória.

— QUE MERDA É ESSA?

Me assustei, arrepiei-me todo quando a chave caiu violentamente na cerâmica desgastada do meu quarto e a porta abriu como se alguém tivesse abrindo a porta do móvel com força. Peguei o smartphone que tinha ganhado recentemente do meu irmão, liguei a lanterna do mesmo e foquei no guarda-roupa antigo que estava a uma certa distância da minha cama, não havendo nada ali. Me lembrei do filme de terror que tinha assistido em que uma mulher horrorosa pulava de cima do guarda-roupas para atacar uma criança.

 Me lembrei do filme de terror que tinha assistido em que uma mulher horrorosa pulava de cima do guarda-roupas para atacar uma criança

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Por Amor (Livro 1)Where stories live. Discover now