Havia um dia e meio desde que havíamos deixado o Havaí e aquela paisagem paradisíaca e chegado ao meu apartamento em L. A.
Eu estava vestindo uma calça rasgada de cor preta e uma camisa com a imagem da banda The 1975 estampada.
Natalie arrumava seus cabelos loiros em frente ao espelho do meu quarto e Kourt terminava de trançar o cabelo. Logo mais estávamos onde prometi levá-las. No ponto mais alto da cidade que eu consegui achar, depois de rodar uma hora e meia com carro.Me sentei com os joelhos na altura dos meus seios e encarei as luzes piscando cidade a baixo.
- Isso é incrível. - Natalie disse enquanto se sentava.
- Como encontrou esse lugar? Kourtney perguntou sorrindo.
- Nós não rodamos mais deviam hora a toa. - Falei e dei de ombros. - Andrew me levou em um lugar como esse quando estávamos em Paris. -Sorri.
- Nos conte sobre a viagem. - Pediram juntas. Eu ri e as encarei.
- Eu já contei cinco vezes. Foi mágico. Parecia um sonho. - Eu sorri. - O que vocês fizeram enquanto eu estava fora?
- É horrível dormir com a Natalie, ela pega todo o edredom para ela. - Kourt lamentou. Rimos.
- Vocês dormiram na mesma cama?
- Ela estava com medo, porque segundo ela minha casa é toda de madeira e podiam entrar lá a qualquer momento. - Natalie riu.
- Todas as casas são feitas de madeira, Kourt. - Eu ri.
- Mas a dela é diferente, é enorme e todo aquele toque rústico me assusta. - Ela deu de ombros e abriu um pacote de batatas fritas.
- Semana que vem eu quero apresentar o meu namorado para vocês. - Natalie disse e sorriu.
- Só semana que vem? - Perguntei.
- Ele está viajando e só volta terça. - Ela deu de ombros.
- Podíamos fazer, sei lá, um jantar. - Dei a ideia. - Eu posso cozinhar.
- Sim, aquele seu macarrão por favor, se tornou o meu prato preferido. - Kourt disse sorrindo ao morder outra batata.
- Sim, ótima ideia. E quem sabe eu posso trazê-lo aqui. - Natalie falou e pegou uma batata.
- Não, sem garotos aqui. Esse vai ser o nosso lugar. - Eu falei e ri.
- Ally está certa. Nós precisamos de algo melhor que uma rehab para nos conectar. - Kourt riu. Assenti.
- Tudo bem, sem garotos. - Nath levantou a mão em defesa e sorriu. - Só a gente. Sempre. - Ela disse e nos deu um abraço gentil.
Após termos voltado para casa, eu me sentei para ler meu livro. Só estávamos eu e Kourt em casa e ela estava em seu quarto. Então, toda a imensidão branca da sala era só minha por algumas horas. Me sentei no assento de couro que havia perto da janela e abri o Red Roses.
"Escolhas
A maior verdade que escutamos é, as escolhas fazem a nossa vida. A vida é uma consequência das nossas escolhas e nós consequências da nossa vida. As escolhas que fazemos, serão o nosso futuro. As escolhas que fazemos serão o nosso destino. As escolhas sejam elas boas ou ruins, serão nossas memórias. Serão cheias dessas, iremos fazer escolhas certas ao longo do caminho, mas iremos fazer escolhas erradas também, cabe a nós decidirmos se vamos ficar no chão ou ir adiante e fazer melhor, cabe a nós decidirmos se vamos nos dar uma segunda chance. Cabe a nós decidir vencer, temos apenas que lembrar que nem o céu é o limite. Nós fazemos o nosso limite e não existe limite se não quisermos. Tudo é só uma questão de escolha. "
O fechei e observei a paisagem pela janela. O texto estava certo. Cabe a nós decidirmos a nossa vida. Eu olhei ao redor do cômodo branco, para os porta retratos, com uma foto minha e da Kourt no dia em que ela ganhou um troféu por ser a melhor na equipe de vôlei. Minha e do Andrew no dia em que fomos ver a torre Eiffel, eu não havia perdido tempo quanto ao quesito revelar fotos. Minha, da Nath e da Caroline num dia qualquer na faculdade . Jason havia batido a foto. Minha e da Zoe em mais um dia no lago. Todas elas, já são memórias. E foram as minhas escolhas um dia. É tudo isso, que estou vendo agora, vivendo agora, um dia vai se tornar uma memória também. Fato.
Ouvi um barulho de porta se abrindo e logo pude ver Kourt ir na cozinha e voltar alguns minutos depois com uma xícara e uma carta.
- Chegou ontem à tarde, eu esqueci de te entregar hoje de manhã. - Ela esticou o braço e me deu a carta.
Retirei o selo e retirei um pedaço retangular de papel com uns enfeites do lado.
"Senhorita Mitchell, está convidada para o meu jantar em comemoração ao meu 65º aniversário em minha residência às 7pm.
Conto com a sua presença.
Com carinho, Dylan Nichols."
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Segredos
RomanceNós não controlamos o destino. Absolutamente não. Existe uma linha tênue entre o seu destino e você. Estão ligados e uma hora irão se encontrar. Acontecimentos geram mudanças, e mudanças geram escolhas, e escolhas geram consequências, Ei de que cada...