i loko o koʻu mau aa koko

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I loko o Ko'u mau aa Koko; Em minhas veias.

Eu nem acredito que estamos rumo ao Havaí. Paris foi extremamente lindo e romântico. O avião está frio, meu braço entrelaçado no de Andrew. Ele está deslumbrado com a vista das águas azuis claras lá embaixo, hora ou outra me mostrando alguma ilha que ele encontrou pelo caminho.

Folheei uma revista e a guardei, logo o avião estava realizando o pouso. Andrew pegou a minha mão e assim que saímos do aeroporto, passando por inúmeras praias e árvores, pessoas de biquíni e sunga por todo lado, algumas crianças correndo atrás das outras com baldes cheios de areia molhada e gritando em um idioma parecido com o dos homens pré-históricos, chegamos no hotel. A atendente havia avisado para nos prepararmos, pois haveria uma festa á noite e que poderíamos considerar isso como uma festa de boas vindas. Assentimos e trancamos a porta do quarto.

O ar era suave e completamente tropical. As janelas nos mostravam o oceano e um pôr-do-sol de tirar o fôlego, e era a coisa mais linda que eu já havia visto. Andrew me abraçou e observou a vista junto comigo.

- Do frio de Paris para o calor do Havaí. - Ele sorriu. Assenti. - Vá se arrumar esperarei você lá embaixo. - Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha.

Coloquei um vestido azul claro, tão leve quanto a brisa lá fora. Amarrei meus cabelos em um coque e desci.

Caminhei por um corredor branco e vazio até chegar ao lado de fora. Era uma parte que ligava o hotel diretamente a uma praia, havia pessoas no mar, nas mesas, perto do palco onde duas dançarinas dançavam hula. Andrew estava parado observando as ondas. Corri e lhe abracei por trás.

- Está linda. - Ele disse quando virou e me viu.

- Vamos ver o show? - Perguntei lhe puxando para perto do palco.

- Certo, eu vou pegar alguma coisa pra gente beber. - Ele disse e soltou a minha mão, mas antes se virou. - Não feche os olhos, por favor. - Ele disse, me fazendo rir e revirar os olhos.

Cheguei mais perto do palco, uma criança puxou meu vestido, olhei para baixo e vi uma menininha por volta de seus três anos de idade, era loira com os olhos mais verdes que já havia visto na vida. A peguei no colo e perguntei onde estava sua mãe, ela apontou para uma mesa.

- Acena para ela. - Falei e dei tchau, ela fez o mesmo. A mulher que estava abraçada, provavelmente com o marido, sorriu e acenou de volta. - Vamos, você sabe fazer que nem ela? - Perguntei e apontei para uma das dançarinas.

- Não. - Ela negou com a cabeça e riu, com a mão sobre a boca.

- Como é o seu nome?

- Kaiki. - Ela disse baixinho. - Significa menininha luz e mamãe falou que eu sou o sol. - Ela disse assentindo. Sorri.

- Que nome bonito, Kaiki. - Falei e lhe arrumei o cabelo dourado. Ela riu e olhou para o palco. - Vamos aprender essa dança - Falei e imitei os movimentos conforme a música, Kaiki se moveu junto, cai na gargalhada ao ver a pequena girar e ir para a direita, se desequilibrar e cair sentadinha. A peguei e começamos de novo. Andrew chegou segurando duas taças.

- Não dá pra te deixar sozinha. - Ele riu, me entregando. - Eu te deixei aqui por dez minutos e você me arrumou uma criança.

- Olha, Kaiki. - Apontei para Andrew. - Fala oi pra ele e mostra que você dança melhor que todo mundo aqui.

- Vamos, Kaiki. - Andrew a estimulou. - Não seja tímida.

SegredosWhere stories live. Discover now