Dis mon nom

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Dis mon nom; Diga meu nome.

- Porque você não pode me falar aonde estamos indo ? - Perguntei com os braços cruzados, me encolhendo no banco do carro.

- É surpresa, Ally. - Ele riu e virou pela milésima vez em uma curva para a direita.

- Que surpresa é essa que fica do outro lado de Paris ? - Perguntei. - Estamos rodando já faz uma hora.

- Estamos chegando. - Ele riu.

- Você disse a mesma coisa há meia hora atrás.

- Calma.

- Já são oito horas da noite, Andrew. Vão nos deixar sem janta. - Falei e suspirei. Estava tão cansada de ficar sentada no banco do carro.

- Ninguém vai te deixar sem comida. - Ele riu mais alto e virou para a esquerda, estávamos no alto de um tipo de penhasco, lá em baixo havia uma cachoeira, do outro lado uma vista de toda a Paris, cidade luz. Literalmente, cidade luz. Ele estacionou o carro e sorriu. Desceu e se sentou no capô do carro cinza alugado. Me juntei a ele, depois de apertar meu braços em volta do corpo por causa do frio. Sentei ao seu lado e encostei a cabeça em seu ombro.

- Surpresa. - Ele disse, observando as luzes da torre Eiffel.

- É lindo, aqui em cima. - O abracei e ganhei um beijo no topo de minha cabeça. - Como encontrou esse lugar? - Perguntei.

- Uma vez, enquanto você lavava a louça você me disse que um dos seus sonhos era ir ver a cidade de cima. Eu não tenho um avião, Ally. Mas, eu espero que isso seja pelo menos a metade. É incrível como eu me sinto sobre você, é como se eu estivesse disposto a fazer qualquer coisa pra te ter ao meu lado ou pelo menos te ver feliz. - Ele disse com as mãos no bolso, sem olhar para mim. Sorri e lhe beijei.

- Eu me sinto assim também, mesmo sendo clichê. - Eu ri. - Acho que estará preso a mim para sempre, Senhor Nichols.

- Também acho. - Ele riu. - Você ficaria muito melhor com um Nichols em seu nome, senhorita Mitchell. - Ele sorriu.

- Isso é um pedido de casamento ? - Perguntei entre uma risada.

- Eu deixo você escolher o nome dos filhos. - Ele arqueou as sobrancelhas e sorriu.

- Audrey. - Falei rindo. - Audrey e está tudo combinado.

- Não, você sabe o significado disso pelo menos ? - Ele riu.

- Então me diga um melhor. - Balancei as pernas e dei de ombros.

- Ayla. - Ele disse convicto.

- Por que ?

- Tem um significado bonito. - Ele disse, dando de ombros.

- Qual ?

- ...

- Tudo bem, é bonito. - Sorri e lhe abracei.

- Como você se vê, daqui a uns cinco anos ?

- Eu quero estar com você, trabalhando e morando na Flórida. - Sorri. - E você?

- Eu quero estar com você. O meu futuro é você, então aonde estiver, eu estarei.

- Promete ? - Perguntei erguendo o dedinho mindinho, sorrindo. Ele sorriu e entrelaçou seu dedo mindinho ao meu.

- Prometo. - Foi o que ele disse, antes de me puxar para um abraço, depositando seu braço no meu ombro. - Eu acho que sou seu escravo. - Ele disse depois de um longo momento de silêncio.

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