Capitulo Três

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         Acordo em um lugar totalmente diferente. A última coisa de que me lembrava era de ter apagado logo depois do mini xerife ter atirado no contaminado. Estava na parte de baixo de um beliche, deitada no colchão duro com um cobertor cobrindo meu corpo. De fato, isso é uma prisão, pois estou dentro de uma cela.

Não havia muitas coisas ali. Tinha uma mesinha, o beliche, uns cobertores e um espelho. Havia algumas roupas femininas sobre uma cadeira encostada em um canto da parede. Havia também uma cortina que cobria a grade da cela, provavelmente para dar mais privacidade.

Foi ai que algo estalou em minha mente. Eu não sabia quem eram essas pessoas e o que elas queriam comigo. Tateio a cama e meu corpo em busca de minha arma ou minha faca. E como eu esperava, não as encontro, o que só fez meu desespero ficar maior.

      Escuto vozes no corredor, se aproximando cada vez mais, e me jogo na cama rapidamente, me cobrindo outra vez com o cobertor e finjo estar dormindo.

-Mas pai...- diz uma voz que já conhecia, deve ser o garoto insuportável.- ela poderia ser uma ameaça! Não pode confiar em todos!

-Carl, mesmo que fosse, não tinha o direito de apontar uma arma pra cabeça dela. Ela não estava te fazendo mal algum. É apenas uma criança, como você! Quando vai aprender que nem todos são ruins? - diz a voz forte e calma de um homem.

-A culpa não é minha se ela estava atirando feito uma louca, chamando atenção de todos os Walkers da floresta!

-Seguiu ela?

-Quando vi que ela estava perto demais da prisão, segui sim.

-Ah Carl, o que foi que eu disse sobre...

-Espere um pouco. Olhe bem pra ela.- diz o insuportável.- Ela não está dormindo porcaria nenhuma!

         Sinto ele me balançar e me levanto num pulo, o empurrando para longe de mim.

-Tire as mãos de mim seu idiota, ou eu cumpro minha promessa de quebrar seu braço!-digo pulando da cama e me afastando o máximo possível daqueles dois. Sinto minhas costas baterem contra a parede gelada de concreto. Esse era meu fim.

-Olá Alice.-diz o homem gentilmente. Ele tinha uma aparência cansada, e seus olhos eram tão bonitos quanto os de Carl, aliás, ele era muito parecido com o garoto.- É um prazer conhecer você.

-Eu até poderia dizer o mesmo, mas não faço a menor ideia de quem você seja. Quem é você?- digo na defensiva. Qual é, eu nem conhecia o coroa.

-Sou Rick Grimes. Ah, ja deve conhecer meu filho, Carl.

-Infelizmente.- murmurou e o Grimes filho revira os plhos azuis.    

-Quantos Walkers já matou?

-Vários.- vai começar a palhaçada de novo? Mas que saco!

-E pessoas? - diz o homem.

-Três.

-Por que?

-Ja respondi isso pro seu filho.- digo revirando os olhos. Não gostava de ser questionada, mas mesmo assim, respondo ao homem. -Duas por que estavam se transformando e uma por defesa.

-Quantos anos tem?

-Quinze.

-Ok. Você parece uma boa pessoa, é uma criança. Tem família? Está perdida?- ele pergunta e eu sinto um nó se formar em minha garganta ao lembrar de Negan.

-Não tenho mais ninguém. Todos morreram. - minto.

-Olhe, sei que mal nos conhece. - sensato. -Mas pode ficar conosco se quiser. Não somos pessoas ruins.

𝙰𝚙𝚘𝚌𝚊𝚕𝚒𝚙𝚜𝚎 • 𝚃𝚆𝙳Onde as histórias ganham vida. Descobre agora