Amor Por Acaso

17. Noite Das Garotas

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Enquanto Evelyn permanecia deitada na enorme cama de casal do quarto de Anna, o ambiente tranquilo era interrompido apenas pelo tic-tac do relógio de parede. Os raios de sol da tarde filtravam através das cortinas entreabertas, criando padrões de luz e sombra no teto branco. O quarto exalava uma sensação de calma e expectativa, enquanto Evelyn, com os braços cruzados atrás da cabeça, contemplava o teto com uma expressão pensativa.

Já se passavam quase vinte minutos, e a morena estava impaciente aguardando sua irmã se aprontar para a despedida na boate Rouge. Hailey havia ligado para uma das proprietárias do local para reservar a festa. Evelyn não conseguia conter a ansiedade e já estava pensando nas surpresas que prepararia para sua irmã. Enquanto aguardava, ela pegou seu celular e começou a pesquisar as melhores opções de drinks e petiscos para a festa. Sua mente estava fervilhando de ideias, e ela mal podia esperar para colocá-las em prática. Seria uma noite inesquecível.

A luz dourada do entardecer banhava o quarto, criando uma atmosfera acolhedora e convidativa. O silêncio era quebrado apenas pelo som suave das teclas do celular enquanto Evelyn navegava pelas opções de bebidas e aperitivos. Cada clique era um passo em direção à perfeição da festa que imaginava, e sua expressão iluminava-se com a excitação de antecipação.

As sombras dançavam nas paredes conforme o sol se movia lentamente em seu curso pelo céu. A cada minuto que passava, a ansiedade de Evelyn crescia, impulsionada pela antecipação do que estava por vir. Ela imaginava a reação de Anna ao ver todas as surpresas que havia planejado, e um sorriso travesso brincava em seus lábios enquanto visualizava o sucesso da noite que se aproximava.

No quarto tranquilo, o tempo parecia esticar-se, como se o universo estivesse conspirando para prolongar a espera. Mas para Evelyn, cada momento era uma oportunidade para aperfeiçoar os detalhes, para garantir que a festa fosse verdadeiramente memorável. E enquanto o sol começava a se pôr lá fora, ela sabia que o momento estava cada vez mais próximo.

— Pelo amor de Deus, Anna! Até que horas você acha que posso te esperar? O mundo não gira ao seu redor — resmungou Evelyn, rolando na cama.

Anna parou de escovar os cabelos curtos e virou sua cadeira na direção da irmã, que a encarava fixamente.

— Não vou sair parecendo uma maluca; preciso terminar de me arrumar em paz. Agora levanta daí e pega meu vestido preto — pediu Anna, voltando a ficar de frente para o espelho da penteadeira.

Evelyn levantou-se rapidamente e franziu a testa enquanto caminhava em direção ao imenso guarda-roupa de madeira. A morena abriu as portas e começou a procurar outro vestido, diferente do que sua irmã tinha pedido. Ao passar os dedos nas peças, parou em um vestido curto Chiffon, rodado, com decote em formato de "V" e estampa discreta de onça.

— Aqui está — disse, estendendo o vestido para Anna ver.

Anna parou de se maquiar e encarou a irmã pelo reflexo do espelho. Sua expressão ficou um pouco mais séria, e a loira girou a cadeira para encará-la.

— Não vou usar esse vestido curto.

Evelyn ergueu o vestido e verificou-o novamente.

— Não há nada de errado; está um calor infernal lá fora — respondeu com firmeza. — Por um dia, me escute. Não vou te levar para o mau caminho. Relaxe, prometo que te trago inteira e segura para o seu príncipe inglês. Agora, coloque este vestido.

Anna relutantemente se levantou e pegou o vestido que Evelyn segurava. Já era de se esperar que sua irmã fizesse um dos seus famosos shows, e a morena encostou no guarda-roupa, esperando que ela vestisse a peça. Elas haviam combinado de encontrar Hailey por volta das oito, e faltavam vinte minutos.