37. Faria-me, um favor?

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Gaillard retornou de Dallas no início da tarde, cheio de energia para a reunião agendada com os funcionários da Holman. Embora Holman não pudesse comparecer pessoalmente, optou por enviar sua sócia como representante. A atmosfera no escritório estava carregada de expectativa e antecipação, pois todos estavam cientes da importância da reunião e das decisões que seriam tomadas.

Foram três longas horas discutindo as novas normas a serem seguidas, com a presença dos dois advogados que debateram as questões legais da constituição para a elaboração do contrato. Enquanto isso, Evelyn registrava todas as sugestões atentamente em um livro ata de capa preta.

Evelyn permanecia sentada em sua mesa, com os olhos fixos em cada parágrafo do novo contrato na tela do computador, enquanto Liam brincava jogando sua bolinha para o alto. O ponteiro maior do relógio se aproximava do número seis, sinalizando que o crepúsculo estava prestes a dominar completamente o céu de Manhattan.

A jovem ainda sentia os efeitos de uma noite mal dormida e da tediosa reunião de três horas. A brisa suave entrava no escritório pelas cortinas brancas, trazendo um ar de renovação e inspiração para os próximos desafios que viriam pela frente.

Evelyn, com sua mente criativa e perspicaz, sabia que precisava encontrar soluções inovadoras para impulsionar a empresa e superar as expectativas de Holman. Ela estava determinada a colocar em prática todas as ideias que havia registrado durante a reunião, pois sabia que o sucesso da empresa dependia do seu empenho e criatividade.

Com sua caneta em mãos, ela começou a rabiscar algumas anotações e esboços, dando forma às estratégias que planejava implementar. A partir daquele momento, Evelyn estava pronta para enfrentar qualquer desafio e mostrar ao mundo o seu talento e capacidade de inovação.

— Será que você pode parar de jogar essa maldita bolinha? — resmungou, erguendo os olhos castanhos para ele.

— Nossa, que mau-humor. — Respondeu Liam, obedecendo.

— Fique em uma sala com Gaillard por mais de três longas horas e você vai entender o que estou passando, além de não ter dormido essa noite, não deveria ter ido àquela boate.

— Não é trabalho do departamento jurídico redigir esse contrato? Por que você está fazendo isso? — Questionou, olhando para ela.

— Durante a reunião, ele solicitou que eu o redigisse. Neste momento, estou transferindo para o arquivo do Word, corrigindo algumas falhas e, em seguida, enviarei para o departamento jurídico. — Respondeu, lançando-lhe um olhar de soslaio. — Esqueceu que agora ocupo o cargo de gerente na empresa? Uma posição almejada, porém desgastante.

Após suas palavras, ela recostou-se no confortável encosto da cadeira e esfregou os olhos cansados, sentindo seu corpo estremecer. Precisava de um banho quente e relaxante antes de qualquer coisa, porém, o som do celular de Liam interrompeu o silêncio. Ele o tirou do bolso da calça e desbloqueou a tela com o dedo indicador. Liam pareceu surpreso ao ver que a ligação era de fora. Levantou-se, deixando-a curiosa, mas ela não o questionou, apenas o seguiu com os olhos.

Liam dirigiu-se ao corredor e fechou a porta atrás de si antes de atender a ligação.

— Alô! — Ele disse, aproximando-se da janela no final do corredor.

— Liam Miller? — A voz masculina grave do outro lado da linha perguntou.

O loiro franziu a testa, inclinando-se ligeiramente para a frente e apoiando-se no aparador com uma expressão de perplexidade e curiosidade.

— Sou eu mesmo, mas quem está falando? — Quis saber.

— Talvez você nunca tenha ouvido falar de mim, mas permita-me apresentar-me adequadamente. Sou Charles Bradbury.

Amor  Por AcasoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora