Capítulo 56

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Meus olhos se arregalaram, como já era de se esperar. Ele, parecendo meio nervoso, se ajoelhou, em frente à onde eu estava sentada.

-Cathrina Bastos. Durante todos estes meses, eu consegui conhecê-la, melhor do que eu mesmo. E acho que você também. Sabe que eu não sou muito bom em termos de... demonstrar meu amor. Eu sou um pouco atrapalhado, às vezes tento ser romântico, mas tudo fica meloso demais para mim. Afinal, eu não sou assim. E, na maioria das vezes, as palavras parecem fugir de mim. Mas, nesse momento, eu gostaria que isso não acontecesse. Então... não custa tentar, não é?- sorri- Tudo bem. Lá vai.- respirou fundo, como se estivesse em uma competição que lhe custasse a vida- Cathrina Bastos. Amor da minha vida. Razão do meu viver.- ri com seu discurso- Você... - abriu a caixinha branca, revelando um anel, parecendo feito de ouro, com uma simples, mas não menos bonita, pedra verde, parecendo uma esmeralda cintilante- ... aceitaria um pedido de casamento, vindo de mim?

Não hesitei em responder o óbvio.

-Claro que sim! Ah, Loki! Nem sei o que dizer!

-Não precisa dizer nada.- falou em um sussurro.

Ele retira com cuidado o anel, que realçava sua cor no pano branco, e segurou minha mão, pondo-o em meu dedo anelar.

-É tão lindo!

-Ele foi feito com ouro, das minas dos anões de Nidavellir. Pedi pessoalmente para que eles o fabricassem. Nem me pergunte como, porque nem eu sei. Foi um tanto difícil persuadi-los, mas consegui, afinal. E esta pedra, eu à encontrei, à beira do lago. Aquele em que fomos no dia de seu aniversário. Um com uma cachoeira.

-Me lembro.

-Eu vi que era uma esmeralda, difícil de se encontrar nesse local. E raríssima por essas bandas. Então, resolvi guardá-la, para uma ocasião especial. Nunca se sabe quando você precisará de uma esmeralda rara.

Nós rimos.

-Eu nem sei o que dizer de tudo isso. Você se esforçou para conseguir fazer só um anel... pra mim.

-Ah, e ter coragem para lhe pedir em casamento, também.- sorriu, brincalhão- Mas essa parte do anel é verdade. Os anões são muito teimosos!

-Eu sei. E aprendi isso com alguns filmes aí...

Ele riu.

-Mas agora, vamos parar de falar. Sobre os anões, sobre o anel... sobre tudo. - disse, se aproximando.

Seus olhos pareciam pedir por algo. Sua boca entreaberta não deixava meus olhos escaparem de vista. Seus cabelos negros refletiam a luz da lua pálida daquela noite, e pareciam dançar com o vento, que cantava sua música estrondosa, ecoando em meus ouvidos.

Seus lábios encostam nos meus, fazendo com que tudo à nossa volta desaparecesse, só deixando restar eu, ele, e nosso amor infinito.

Suas mãos velozes percorriam minha cintura, enquanto nossos beijos começavam a se tornarem mais urgentes. Senti seus dedos subirem pelo meu vestido, e o abrirem, vagarosamente.

-O que... está fazendo..?- perguntei, quase sem fôlego, enquanto recebia carícias e beijos desejosos em meu pescoço e ombros.

Sem responder minha pergunta, suas mãos começaram a se tornar mais ligeiras, e se ouve um rasgo alto e claro. E depois, um frio em minhas costas. O resto que havia sobrado de meu vestido foi jogada no chão.

-Eu gostava deste vestido... - falei, me fingindo brava.

-Eu sou um príncipe, meu amor. Eu posso lhe dar quinhentos desses. Posso lhe dar o que você quiser.- dizia, ao mesmo tempo que beijava meu ombro direito.

Ele voltou a me beijar ferozmente, e eu retribui. Logo, suas roupas estavam no chão, assim como as minhas, e nos estregamos ao amor e o desespero.

A Viagem do Destino- A história vira realOnde histórias criam vida. Descubra agora