Capítulo 2

3.1K 257 80
                                    

Quando chegamos em Asgard, a primeira pessoa que eu conheci foi Heimdall, o guardião de uma grande cúpula de ouro, a chamada Bifrost, que dava na ponte do arco-íris, terminando em  um enorme e belíssimo palácio, também feito de ouro. Ao redor, dava para avistar lindas construções com desenhos celtas gravados em sua maioria.

Enquanto eu, minha amiga, e seu suposto namorado caminhávamos pela ponte, conseguia ver todo o reino. Certamente, não esperava nada disso. Era, de fato, uma vista rara de se ver. Realmente deslumbrante!
Ao chegarmos no palácio, fomos recebidos pelos amigos de Thor, que logo foram se apresentando: Lady Sif, que se intitula como a única princesa guerreira dos Nove Reinos, com seus lindos cachos negros de dar inveja, esvoaçando com o vento. Logo depois, Fandral, um loiro muito bonito, mas bem egocêntrico, junto a Volstagg, o ruivo mais fofinho que eu já vi. Sério, pense no Papai Noel ruivo e com roupas de guerreiro asgardiano. Este era Volstagg. E Hogun, que era um japa, muito amigo deles, que só estava de passagem. Ele não era de Asgard, e sim, de Vanaheim. Mais um reino aí. Mas faltava a cereja do bolo, que não estava presente. Loki.

Talvez esse nome seja familiar, mas ele não deve ser como a maioria pensa. O irmão de Thor não era exatamente o irmão de Thor. Loki era de Jotunheim, um reino que pessoas inteligentes não iriam. Ele era filho de Laufey, um Gigante de Gelo. E, quando era um bebê, ele estava quase caindo de uma rocha congelada até que Odin o achou e, com pena dele, o acolheu e o transformou para que ele não tivesse aparência de Gigantes de Gelo, que eram azuis com olhos vermelhos, e sim uma aparência de humano, com cabelos negros e olhos verdes. E a partir daí, ele sempre foi considerado da família. Histórias, histórias e mais histórias. Mas tinha um problema: ele era o único mestre da magia em Asgard e, como Thor tem um "apelido" (deus do trovão), Loki é o deus das travessuras...espero que você tenha entendido aonde eu quero chegar. Por causa das brincadeiras de Loki entre os Nove Reinos, ele quase sempre se metia em brigas.

Enquanto eu viajava na história dele, não percebi Thor entrando no palácio. Saí de penetra do grupinho asgardiano que nos recebeu e fui procurá-lo. Ao abrir os portões de ouro, vi uma coisa que nunca pensei que viria. Deu até vontade de chorar. O grande palácio de Odin, Valaskjálf. Nome esquisito, eu sei. Também achei isso da primeira vez.

E, bem no centro do salão principal, encontrei Thor, conversando com o próprio Odin, sentado em seu trono Hliðskjálf, que, pelo que as lendas contam, é como se fosse o mirante do rei, e lhe proporciona uma vista perfeita de todos os Nove Reinos. Mas é proibido para qualquer outro ser, a não ser ele. E, sobrevoando o grande Odin, jaziam os corvos do rei, Hugin e Munin.

Os deuses conversavam sérios, parecendo ser um assunto importante. Como eu não queria atrapalhar, fui para trás de uma pilastra, mas acabei escutando a conversa.

-Thor, sabes muito bem as regras de nosso reino. Humanos não podem se misturar com entidades como nós. Já basta sua humana, Kate, perambulando por Asgard, agora ela trás uma intrusa!

-Cathrina não é intrusa! É uma visitante...

-Ela não é bem vinda!

-Pai, qual é o problema?

-Esta é uma tradição de Asgard. Tu não podes vir trazendo midgardianos para cá como se tivesses esta liberdade!

-Ela está de passagem, pai! Deixe-a ficar, por favor!

Um minuto de silêncio se fez, deixando somente o barulho externo permanecer.

-Posso deixá-la ficar, com uma condição.

-Diga, meu pai.

-Tu não podes mais trazer a Asgard nenhum humano. Estás proibido de trazer livremente seres inferiores a nós.

A Viagem do Destino- A história vira realOnde histórias criam vida. Descubra agora