Capítulo 7

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•Cathrina•

Loki me levou em seus braços com urgência para a Sala de Cura.

Quando chegou, ele me deitou em um dos sofás e disse:

-Eu já volto. Fique aqui e se aqueça.

Eu fiz que sim com a cabeça, o vendo sair da sala como se fosse caso de vida ou morte. E era, porque parecia que meu coração estava congelado e esse frio estava sendo passado para todo o meu corpo. Eu parecia estar morrendo. Era uma sensação horrível. Eu não conseguia nem parar de tremer. Meus membros não conseguiam se mexer, e a única coisa que eu podia fazer agora era ficar deitada no sofá, parecendo um picolé coberto por um cobertor. Depois de um tempo, vi ele voltar com uma toalha na mão e alguma coisa quente para eu beber.

-Já está melhor?- ele perguntou, parando perto de mim.

-Estou com uma dorzinha de cabeça, mas tirando isso, e o fato de eu estar parecendo um picolé, eu estou bem.- tentei parecer convincente, fazendo uma cara de deboche.

-É muito bom rever seu senso de humor.- ele falou, levantando os cantos da fina boca, se sentando ao meu lado.

-O que trouxe para mim?

-Uma toalha e...acho que é um tal de chocolate quente. Kate que fez.

Foi isso mesmo que eu escutei?? Ele trouxe chocolate quente... pra mim??

-Isso não existe aqui em Asgard, mas parece ser saboroso.

-Eu deixo você provar. Vai. Toma.

Ele olhou pra mim, receoso. Mas depois bebeu um gole.

-Nossa! Isso é muito bom!- falou.

Eu não consegui. Tinha que rir.

-Loki... - tava difícil de falar rindo- você ficou... com um... bigode de chocolate... - era muito difícil pensar vendo uma cena daquelas. Sério.

Então, limpei o chocolate com a ponta do dedão.

-Sua mão está muito gelada! Tem certeza que você já está bem aquecida?

-Sim... mas ainda estou com um pouco de frio.

-Posso?- ele perguntou, abrindo os braços em minha direção.

Olhei pra ele, de um jeito não muito amigável. O que ele tava fazendo? Parecia o Cristo Redentor moreno querendo me abraçar...

-O que foi..?

E ele ainda pergunta...

-O que você tá fazendo?

-Tentando te aquecer?- fez uma pergunta, como se fosse óbvio pra ele. Mas não era pra mim não.

-E... o que eu faço agora?

-Me abraça, oras! Nunca abraçou alguém na sua vida?

-Claro, mas nunca abracei alguém sem camisa, que estava querendo me manter viva e descongelada.

Ele caiu na gargalhada. Porque eu sou uma palhaça, óbvio.

-Você só precisa abrir os braços e chegar perto de mim. Só isso.

E eu ai da me pergunto se existem pessoas normais nesse mundo...

Então, tentei fazer, com a maior calma que eu tinha o que ele disse, e abracei seu corpo ainda sem camisa, o que o deixou aconchegante e quentinho. E a situação melhorou mais ainda, porque ele ficou afagando meus cabelos, o que me fez adormecer alguns minutos depois. Até que não foi tão ruim...

A Viagem do Destino- A história vira realWhere stories live. Discover now