Vida Normal! ... Quase

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Cheguei no prédio depois de caminhar por muito tempo até ele, estava do mesmo jeito, enxugando as lagrimas, eu entrei. O porteiro já me conhecia e me deixou passar sem fazer perguntas. Se as coisas não estivessem tão estranhas eu teria dado um Olá, ele deve ter ficado curioso, e como era um ser de fofoca, talvez iria espalhar para todo mundo que levei um pé na bunda da faculdade.
Sem muito o que dizer da vida, subo pelo elevador. Ao chegar no corredor, suspiro antes de abrir a porta.
-Boa noite. -Olho para meus pais adotivos sentados no sofá.
Laura, minha mãe, parecia estar comendo algo e deixa a colher cair de sua mão. Uma reação de "meu deus, que saudade" misturada com "menina, o que você faz aqui? Nem nos avisou de sua chegada". Falar que eu conheci um mundo pararelo  e descobrir que o mundo ia se acabar daqui a 7 dias não era algo muito produtivo. Eles não iam me levar a um psicólogo, sim a um psiquiatra.
Entrei. Sem bolsas ou nada. Eles ficaram com uma reação de " eu vi um fantasma ".
-Tudo bem mãe, eu peguei uma semana de folga e resolvi fazer uma supresa. -Sorri mais do que forçadamente. -Supresa.
Não saiu do jeito que eu esperava, mas foi o bastante para conseguir um Respiro de alívio de ambos.
-Querida! -Mamãe grita. (Já esperava por isto).
-Mãe, pai, estava com saudades.
Aqueles cabelos longos e castanhos de Laura eram lindos com alguns fios Brancos, pelo menos comparados a careca de Bily, meu pai, que agradeceria se tivesse um fio espetado no meio da cabeça.
Eles me abraçaram, um de cada vez, eu tive que falar cada detalhe da minha viagem e de como as coisas foram, tudo retirando a parte de Thomas. Disse que estava com sono logo após de ter comido a deliciosa comida da minha mãe. Meu quarto estava exatamente do jeito que deixei. Rosa para todos os lados, uma galáxia pintada no teto, um computador de mesa, um ventilador e uma grande janela que dava acesso a vista do terceiro andar.
Ao me jogar na cama, sentada, depois que meus pais saíram, coloquei as mãos no rosto. Tudo parecia tão impossível que eu poderia escrever um livro. Meu coração estava muito apertado e eu tive uma sede em saber o que Thomas fazia neste exato momento, pensava sobre minha partida? Tinha raiva de mim? Ele nem me seguiu. Ai cara, como eu fui egoísta. Logo para este ser a quem sempre me considerava a criatura mais gentil. Ao deixar ele eu pensei em mim mesma. Se realmente a fada fez um bom trabalho naquele pó, ele iria sofrer. Mas ser injusta e viver quando todos estão morrendo? Ele nem me ama de verdade. Talvez eu tomei a decisão certa, mas porque isto me incomoda tanto? Eu vi gnomos! Mas só sou capaz de pensar em Thomas. Cara, até em Harvard estive, mas só sou capaz de pensar em Thomas. Se puxasse uma lua com a corda, só seria capaz de pensar nele.
Deitei.
-Droga, eu estou ficando louca. -Sussurro para mim mesma antes de pegar no sono, com a luz da lua apontada em mim.

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Feb 17, 2016 ⏰

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