Irmão

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Abro meus olhos, Thomas estava sentado em uma cadeira logo ao meu lado com um livro em mãos. Eu o olho curiosa, já estava na hora dele me falar a verdade.
-Então.. Eu dormi com você e .. - Thomas deixa seu livro em uma mesinha ao lado e encrusa as pernas com a sua perfeita postura. Coloca as mãos no queixo e me observa diretamente.
Eu olho para ele e dou um sorriso.
VOCÊ QUER ME DEIXAR LOUCA? NAO, VOCÊ QUER ME VER EM UMA CAMISA DE FORÇAS É ISSO?! O QUE EU TE FIZ! PARE DE BRINCAR DE SER O GAROTO QUE SAIU DE DENTRO DE UM LIVRO! EU NÃO ACREDITO QUE VOCE SE APROVEITOU DO POBRE STEELY E COLOCOU ELE NESSA PALHAÇADA, VOCÊ SABE QUE ELE ACEITA QUALQUER EMPREGO, ATÉ SER O RAIO DE ATOR DESSA BUDEGA. - Eu continuava gritando com ele quando ele suspira, levanta perfeitamente da cadeira e coloca um dedo em meus lábios a pedido de silêncio.
-Calma... Eu sabia que você iria reagir assim e..
Eu pego a mão dele enrolo por trás e dou uma chave de braço.
-O momento perfeito para lhe mostrar o Estilo de luta da Garça.
Eu Saio correndo dali o mais rápido possível sem olhar para trás, não sabia onde estava indo, só sabia que estava correndo, esse cara é maluco!
Quando chego em um grande, enorme salão de festas com uma cobertura dourada, rolo algumas vezes até avistar um enorme portão, só pode ser aquele.
Haviam alguns guardas que viraram seus rostos quando saí.
A vista era incrivel, era quase igual aos meu sonhos, mas, aquilo tudo tinha gosto de ser real, um homem com uma carroça passou e eu olhava para tudo aquilo como se fosse uma prisioneira que entrou em liberdade depois de anos de prisão.
Eu vou andando pelas ruas, as pessoas me olhavam assustadas, alguns idosos faziam cara de horror. É.. Isso não é teatro.
Vi a cortina verde de cipós.
Foi então que a ficha caiu. Nada daquilo era ou foi um sonho.
abro e passo para o outro lado. Tudo o que o meu Psicólogo chamaria de motivos para me mandar direto para um hospício.
Eu ando um pouco mais e acabo esbarrando em algo.
-Eeei, olha em que tropeça! -Algo fala, eu olho para todos os lados e não acho. - Aqui em baixo, que horror! Eu não sou tão baixinho! - Um ser de compridas orelhas falava. Dou alguns passos para trás. - Ah não me diga que tem medo de mim! Eu sou um guardião da floresta!
-Desculpe, não te conheço. - Ele ficou com o queixo caído, seus sapatos eram pontiagudos e quando ele cambaleou eu me segurei para não rir mesmo diante a tanta loucura.
- Não tenho tempo para discutir com você moça. Já que não me conhece então não deve saber que humanos são proibidos passar por aquela cortina. -Ele aponta e sai apressado. -Ja te dei o aviso! -Eu fiquei lá parada, não tinha nem reação.
-Alguém me beslique. -Sussurrei.
E então alguma coisa beliscou meu pescoço.
-Aí!
-Desejo concebido! -Uma coisinha minúscula de asas sorri para mim. Não vai me dizer que essa é a sininho! OK. Se for, eu me jogo do quinto andar de um prédio, mas se ela for, isso quer dizer que aqui não tem prédio.
- Eu sou a fada dos desejos. -Ela sorri. Mas logo fica seria. -Agora, meu presente.
-Que presente? '-'
-Eu só faço uma coisa em troca de outra.
Olho para os lados, o que eu ia dar para essa fada? Só estava com a roupa do corpo, nem calçado eu usava.
-Serve Cartão de Crédito? -Sorri. Mas ela continuava seria.
Então peguo um gravetinho de árvore e mostro para ela.
-O que você fez com Petusia? -Ela coloca as mãos nas bochechas em forma de espanto.
-Petusia? -olho para um lado e outro. Que Petusia?
E do outro lado vem uma tempestade de fadas vermelhas para cimade mim, o que faz eu sair correndo.
-Somos as guardiãs da Flora. O que você fez foi inaceitável. -Uma grita do outro lado.
Senhor, me ajuda, aonde foi que eu vim parar?
Do outro lado havia um grande riacho cheio de borboletas e flores de todas as coisas, um perfeito arco-Iris.
Eu tropeço na raiz de uma árvore e arremesso de cara na água. As fadinhas começam a sorrir de mim e vão embora.
Eu olho para os passarinhos que voam com minha chegada e jogo água da boca como uma fonte. Na minha cabeça havia uma alga, eu a retiro e me levanto. O vestido branco ficou colado em meu corpo e quase transparente.
Saio andando normalmente escorrendo água e resmungamdo quando uma flecha passa voando ao meu lado.
Aí senhor, só me diga que dessa vez nao é um gigante.
Ouço marchas, e um cavalo branco aparece saindo por detrás de uma árvore. Então do outro lado, sai com um arco e flecha um garoto de cabelos loiros batendo bem acima do ombro, seus olhos eram castanhos. Vestia roupa de cavalaria.
-Quem é você? -Ele pergunta dando alguns passos para frente com a flecha em minha direção.
Dou alguns passos para trás e acabo caindo ao tropeçar na mesma raiz de árvore, OK Petusia, me perdoa, eu não queria arracar seu galho! Agora para bem aí com essa brincadeira de me fazer cair, eu sei que era ridículo falar com uma árvore, mas pelo o que eu vejo, até duvido não ir mais tarde tomar um chocolate quente na casa do papai noel.
-Me diga quem é você primeiro. - gaguejo. Ele baixa o arco e me olha curioso.
- Como assim não sabe quem eu sou? Todos sabem! -Ele continuou se aproximando. -você realmente não.. Sabe?
-n-não.
-Sou o Príncipe Edward Gabryel Willian. -Talvez a queda deve ter afetado seu cérebro ou.. Você é Luanna.
Falou cérebro, falou louca, e por favor não pronuncie a palavra cérebro perto de mim... Espera, você me chamou de louca?
Ele dá uma olhada geral em mim e solta um sorriso indecifrável.
-Meu irmão tem um gosto e tanto, pode me dizer aonde fica essa fábrica de mulheres? -Ele coloca o arco no chão e me dá as mãos para que eu possa levantar.
- Cadê Thomas? Não devia ficar de olho em você? existe lobo mal na floresta chapeuzinho Vermelho.
-Sabe, eu achei que ele estava brincando comigo e dei uma chave de braço nele. -Sussurrei. -Mas pelo visto é tudo verdade ou eu estou ficando louca... -Sonho não é, por que depois daquele beliscão...
Ele começou a sorrir.
-Chave de Braço? No meu irmão? Não acredito. Ele é treinado em todo tipo de Ataque e defesa, não perderia para uma mulher.
Meu sangue subiu a cabeça, então isso foi um machismo?
-Consigo te derrubar fácil fácil. -Dou um sorriso.
Ele me empurra contra uma árvore, passa seu braço por minha cintura e levanta minha perna esquerda.
-Tente agora. "Princesa".

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