Capítulo 06 - Mãe?

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— Tem certeza? Quer que eu a leve para um pronto-socorro? – Me preocupei.

— Não! Já estou melhorando, é coisa de velho – Falou.

— Mãe, a senhora está indo fazer seus exames? Se cuidado? – Perguntei.

— Sim, menino! Já disse que isso é coisa de velho – Disse levantando-se.

Ela parou no meio da sala e virou-se.

— Meu filho, tenha cuidado da próxima vez. Essas pessoas ricas podem te fazer mal.

Disse isso e saiu. O que será que ela quis dizer com isso?

...

> No dia seguinte...

— MENTIRA, VIADO? – Rosemary gargalhou alto.

— Quer um microfone para você falar mais alto? – Zombei.

— Menino, você tem a sorte de derrubar tudo em cima daquele homem?

— E desde quando você sabe quem é... Maxi... Maxi alguma coisa

— Maximiliano Albuquerque – Rosemary se gabou.

— Uia! Sabe até o nome do homem – Debochei.

— Claro meu amor, pessoas bonitas a gente não esquece – Falou.

Com certeza!

— Além do mais, já vi ele em várias entrevistas. O homem é bonito, rico e... Já falei que ele é lindo? – Falou revirando os olhos.

— Só você mesmo para...

Fui interrompido com Rose apertando meu braço fortemente, no momento não entendi o porquê, mas quando eu olhei para o lado, estavam Hugo e o seu chefe, ou melhor, o "chefe" do morro malhando numa academia não tão luxuosa numa casa. Se eu pudesse descrever em uma só palavra como o Hugo estava, diria TENTAÇÃO. O bonitão estava sem camisa, deitado e levantando uma espécie de barra, onde suas veias espalhadas pelo corpo estavam todas puladas, era algo tentador de se ver, Paulão não ficava atrás, com seu corpo coberto por tatuagem, ele fazia o mesmo exercício que o Hugo, o homem ainda era mais musculoso que o primo de Rose.

Quando eu iria seguir em frente, Hugo grita soltando sua barra, vindo em minha direção, acompanhado pelo seu chefe.

— E aí, Lucas? Está indo fazer mais uma vítima lá no bar? – Zombou

Hugo se aproximava cada vez mais com aquele corpo pingando de suor, parecendo que seus músculos estavam maiores.

— Bom dia! – Paulão nos cumprimentou.

— Bom dia! Oxe, como você sabe? – Estranhei até olhar para Rose.

— Foi você, não é? Vai contar para o Morro da Conceição todo, não? – Debochei.

— Ai Lucas, porque foi muito engraçado – Riu.

— Só você mesmo, Lucas! – Hugo gargalhava junto com Paulão – Vai "timbora" que não quero te atrasar.

— Só cuidado para não matar ninguém, hein? – Paulão falou fazendo todos rirem.

...

— VIADO...

— Lá vem... – Falei.

— Você vai ter que comprar um caixão rosa para mim, vai me pegar no colo e me deitar linda, dentro do caixão, enfeitar meu corpo com flores, velar e depois me enterrar a sete palmos da terra, por que EU ESTOU MORTA e ENTERRADA.

— O que foi dessa vez? – Perguntei.

— Como assim "o que foi?" Você não viu? O PAULÃO FICOU ME ENCARANDO.

Suspirei.

— Roose...

— Não vem com essa de dizer que isso é coisa da minha cabeça, que é isso, que é aquilo...

— Não é isso, eu acho que o Paulão não é um par perfeito para você...

— Como assim "Não é o par perfeito"? Mas é claro que é monamu! Imagina um bofe daquele em cima de mim, todo lindo, todo ogro, todo mandão, todo gostosão e todo grandão? Só de pensar, minha perereca que ainda não tenho fica acesa – Disse me fazendo gargalhar.

— Só você mesmo, Rose! – Ri mais ainda.

— Com cert... PIU PIU PIU PIU PIIIIU!

No primeiro momento não tinha entendido o que diabos ela estava fazendo, até ver que a Leila boca de veludo, como todos a chamam, estava vindo em nossa direção. Lá vinha baixaria!

— O que é seu traveco imbecil? Pega esse teu recalque e enfie no...

— Recalque de que, meu amor? Recalque de gente feia não existe! – Rose Falou.

— Se eu sou feia, você é a própria Gretchen – Leila devolveu.

— Olha aqui sua p...

— Bom, enquanto vocês discutem, eu vou pegar o ônibus que já deve estar passando daqui a pouco – Andei apressadamente até a parada de ônibus.

...

> Alguns dias depois...

Estava descendo do ônibus que parou próximo a rua que subia até a minha casa, mesmo cansado, eu estava realizado e agradeci mentalmente por mais um dia de trabalho. Comparados aos outros dias, esse dia foi bem tranquilo, claro que sempre tem clientes chatos, ignorantes e até mesmo clientes malas, mas eu estou aprendendo a atura-los.

— Boa noite, dona Genoveva! – Cumprimentei.

— Boa noite, meu filho! – Respondeu.

Eu estou orgulhoso de mim mesmo, hoje foi o dia que não troquei os pedidos uma vez sequer, parece ser até uma besteira, mas para mim foi algo que fez elevar mais um nível no meu trabalho, meu supervisor até me elogiou. Ah, para meu alívio, o tal do Maximiliano não deu as caras por lá nos dias que se passaram, ainda bem, não tenho coragem de olhar na cara dele depois daquele incidente.

— Lá vem o filho dela! – Gritou uma mulher me fazendo estranhar.

Quando eu dobrei a esquina, vi um carro do SAMU parado em frente a minha casa. Meu coração parecia que iria sair pela boca, alguma coisa aconteceu com a minha mãe. Então eu corri desesperado como nunca até a ambulância sendo recebido por um paramédico e Juninho se aproximou me olhando assustado.

— O que aconteceu com a minha mãe? – Perguntei quase gritando.

— Calma...

— FALA! – Gritei.

Continua...

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Hoje o capítulo foi curto pessoal, mas acho que ainda vale HAHAHA.

Amo vocês! Continuem votando e comentando, tá?

Beijos!

Por Amor (Livro 1)Where stories live. Discover now