Capítulo 39

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Me joguei atrás de uma moita com o Vicente, na queda eu bati a perna no chão e as dores aumentaram. Eu já ia gritar mas o Vicente tapou a minha boca com a mão esquerda.

-Se você gritar eles iram te vê. - o Vicente percebeu que eu havia me escondido da polícia.

- Obrigado Vicente. - ele tirou a camisa e enrolou o ferimento da minha perna.

- Você tá fugindo da polícia?

- Não querido... A "polícia" nesse caso é o bandido. - me deitei no chão enquanto ele foi até lá observar.

O Vicente foi até a dona Tina e conversou com o Vitor, eu fique observando de longe mas não dava pra ouvir nada. Fiquei escondida atrás da moita até o Vitor ir embora, depois da saída dele a dona Tina e o Vicente veio me buscar.

- Dona Tina o que aquele homem queria? - perguntei aflita.

- Eu quis saber de você e até me mostrou uma foto sua.

- Ai meu Deus eles vão me achar e agora? - me levantei com dificuldades e eles me levaram pra dentro da casa.

- Calma Paula você conseguiu falar com sua família?

- Consegui sim. - ela foi limpar os ferimentos. - Ela vem me buscar ainda hoje.

- Toma cuidado com esse policial, algo me diz que esse homem ainda vai te trazer grandes problemas. - com essas palavras eu me arrepiei por inteira.

- A minha avó tem uma forte intuição. - o Vicente falou.

- Eu tenho medo que eles possam ir atrás da minha família.

- Me fala da sua família. - insistiu Vicente. - Adoro histórias reais.

- Minha vida é bem normal, eu moro com a minha mãe, meu irmão e meus dois filhos.

- Eu gostaria de ter irmãos e uma família muito grande. - eu sentia muita alegria em conversar com o Vicente, ele era um garoto muito maduro pra pouca idade que tem.

- Vocês podem me adotar como a sua família. - abracei eles.

Depois de duas horas...

Estávamos almoçando um delicioso cordeiro com batatas e um suco de limão siciliano quando ouvimos um barulho de carro se aproximando da casa.

- Paula se esconde e o Vicente vai ver se é o policial ou a família dela. - comentou dona Tina enquanto eu fui pro quarto.

O Vicente saiu pra fora da casa e eu fiquei escondida atrás da porta do quarto, passou angustiantes minutos esperando uma resposta até que o garotinho entrou com um sorriso no rosto.

- Paula tem uma mulher elegante aí te chamando e um rapaz boa pinta.

- É a minha mãe e o Jho?

- Acho que é sua mãe porque ela parece com você, mas o homem não parece com você.

Dona Tina me apoiou pelo braço e me levou pra porta e eu vi minha mãe já chorando e o Rafael num terno super alinhado e um sorriso enorme.

- Filha você tá bem? - ela correu e me abraçou com toda força. - Senti tanto medo de ter perdido você.

- Tô maravilhosamente bem, só a minha perna que tá ferida e doendo muito.

- Meu amor eu tava com tanta saudade de você. - disse Rafael me dando um abraço. - Aquela casa não é a mesma sem você.

- Eu também estava com saudades de você Rafael... E nossos filhos como estão?

- Tão bem e ficaram com a Clara. Agora já poderemos ir embora.

História de Amor e ÓdioWhere stories live. Discover now